26 de dezembro de 2012

Balanço do Natal

Eu e meu marido não criamos muita expectativa em torno do Papai Noel. O que o Pietro vê e acredita são coisas que foram aparecendo naturalmente no mundinho dele através da televisão e das pessoas comentando.
Ele sabe quem é o Papai Noel, quer chegar perto quando está no shopping, mas não fica tão ansioso quanto eu ficava quando era criança. Acho que é pela idade, já que agora ele tem curtido mais o Natal do que qando era bebê e talvez com o tempo a expectativa aumente, não sei. Mas a expectativa maior é de ganhar brinquedo, não importa de quem rs.
Eu até comentei no facebook que, apesar das minhas postagens contra consumismo, o Pietro foi quem mais ganhou presentes. Mas também, ele é a única criança, primeiro neto do meu lado da família. Ou seja, querendo ou não por enquanto é o centro das atenções.
A gente passa a curtir mais essas datas por causa dele. Eu mesma não sou muito chegada não, apesar de ser meu aniversário. Mas o Pietro ficou tão empolgado em montar a árvore de Natal, colocar os enfeites, que não posso e nem devo reprimir essa fantasia dele.
Estava tudo bem até a gente ir à casa da minha sogra. O Pietro começou a fazer umas coisas que nem em casa faz. Jogou coisas no chão e nos outros, queria bater em todo mundo... Até meu marido cansar de chamar a atenção e dar uns tapas nele.
Fiquei tão chateada, porque não estava nem entendendo por que ele estava fazendo aquilo, e porque DETESTO bater!
Acho que ele estava com sono, porque quase dormiu no carro enquanto a gente ia pra lá. Mas sinceramente não sei se foi isso. Passei um nervoso!
O fato é que ele está assim ultimamente. Mais agressivo, chamando todo mundo de "chato" e eu não sei o que fazer. Tento conversar, chamar a atenção... Mas ele nem quer ouvir.
Na casa da minha avó ele ficou um pouco melhor, mas hoje aqui em casa tá nervosinho ainda.
Na semana passada ele teve febre alta, e está tossindo com bastante catarro. Talvez esteja com incômodo pela gripe, mas é difícil porque a gente tem que estabelecer limites e tem coisas que não dá pra tolerar.
Espero que seja uma fase :/

15 de dezembro de 2012

Controle do Crescimento

Até mesmo antes do Pietro nascer, dentro da barriga, eu já ficava preocupada com o tamanho e peso dele, querendo saber se estava se desenvolvendo bem. Vejo que muitas mães também têm essa dúvida (assim como eu) principalmente depois que a criança nasce.
Pietro nasceu de 36 semanas e 5 dias, pesando 3,060kg e 46cm. Aqui está a carteirinha dele que foi sendo utilizada até um pouco antes dos 2 anos. No momento ele está com 3 anos, e o último check-up foi em Agosto de 2012 mas já não estava sendo anotado nessa carteirinha.
Data, Idade, Peso, ?, Estatura, Perímetro da cabeçca.
Cada criança tem suas características e seu próprio ritmo de crescimento,e na dúvida é melhor se informar do que desesperar. Veja como ele cresceu no primeiro mês! Na saída da maternidade é comum perder um pouco de peso, mas que depois é recuperado com bastante leite materno em livre-demanda :)

7 de dezembro de 2012

Ultrapassamos 20.000 visitas!

Um blog criado em Janeiro de 2009, prestes a completar 4 anos de existência e com mais de 20.000 visitas.
Sem sorteios nem publicidade, simplesmente um diário sobre minha aventura de ser mãe de primeira viagem.
Obrigada!!!

PRDC recomenda à TV Globo que esclareça mães sobre período de amamentação



Quadro exibido no “Programa Mais Você” orientou o desmame a partir do momento em que a criança começa a andar; Ministério da Saúde recomenda amamentação “até dois anos ou mais”

A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) em São Paulo recomendou à TV Globo que faça um esclarecimento em rede nacional para informar que o Ministério da Saúde, a Organização Mundial de Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam o aleitamento materno até “dois anos ou mais”.
A veiculação servirá para corrigir um erro de informação transmitido no último dia 3 de dezembro pelo “Programa Mais Você”, da apresentadora Ana Maria Braga. Num dos quadros do programa, chamado “Game Hipoglós Amêndoas”, o educador Marcelo Bueno orientou as mães a promover o desmame de seus filhos a partir do momento em que começarem a andar.
A recomendação, endereçada ao diretor-geral da Rede Globo, Carlos Henrique Schroder, estabelece prazo de três dias para que a informação correta seja veiculada no programa “Mais Você” com o mesmo tempo de duração (nove minutos e 41 segundos) que durou o quadro.
O esclarecimento deve ser feito, de preferência, “com entrevista de profissional especializado em aleitamento materno ou com a retratação do educador Marcelo Bueno, que manifestou a informação prejudicial à saúde das crianças”.
O documento determina, também, que as mães participantes do reality show sejam informadas sobre o equívoco e que tal esclarecimento seja veiculado no programa de Ana Maria Braga.
Segundo a recomendação, assinada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, e pelas procuradoras da República Ana Previtalli e Luciana Costa Pinto, a publicação oficial do Ministério da Saúde “Dez passos para uma alimentação saudável – guia alimentar para crianças menores de dois anos” preconiza a amamentação “até dois anos ou mais”. A mesma recomendação é feita pela OMS e pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

“O programa fez recomendações contrariando todas essas diretrizes, em detrimento da saúde e bem estar das crianças participantes do programa e de todos os telespectadores que receberam a informação”, afirma o documento expedido nesta sexta-feira, 7 de dezembro.

Os procuradores lembraram que compete aos meios de comunicação, serviço público concedido pelo Estado, “esclarecer a população a respeito de assuntos de interesse público”, além de “não contribuir para a formação de uma cultura prejudicial e errônea”.
O documento reconhece a preocupação demonstrada pela TV Globo em promover “a difusão de conhecimento, a transmissão de mensagens socioeducativas e o incentivo ao debate e à mudança de comportamentos”, conforme informações extraídas de sua página na internet.

Para ler a íntegra da Recomendação, clique aqui.
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Estado de S. Paulo
Leia a postagem no link original

3 de dezembro de 2012

Interrupções e atenção

Ultimamente é o que mais tem acontecido: quando estou conversando com alguém por telefone, ou pessoalmente, o Pietro vem interromper. Me chama, grita, tenta me puxar pela mão, traz coisas pra eu ver... Se estou conversando com meu marido, então, ele faz de tudo: desde começar a rodar sem parar até pedir colo.
Visitando o site da Elizabeth Pantley encontrei essas dicas, e espero conseguir utilizá-las porque ser interrompida toda hora é algo bem chato, e não quero perder a paciência!

Interrupções
Se você está no telefone, ocupado em seu computador, ou falando com outro adulto, pode ser frustrante quando seus filhos constantemente o interrompem. O surpreendente é que eles fazem isso porque sempre obtêm uma resposta! Aprenderam que você está disposto a parar o que está fazendo para respondê-los. Tenha em mente que as crianças são tão focados em suas próprias necessidades que não percebem que você tem necessidades, também.Mas podem aprender a prestar mais atenção às necessidades das outras pessoas, bem como a sua própria, e irá ajudar a controlar essas interrupções infinitas .

Dê lições e exemplos
Ensine seus filhos a determinar se algo merece uma interrupção, já que eles podem ter dificuldades em entender quando as interrupções são justificadas. Discuta exemplos de quando está tudo bem interromper, como quando alguém está à porta, ou se um irmão está machucado.

Treine boas maneiras
Ensine o seu filho a esperar por uma pausa na conversa e dizer: "Com licença." Quando ele se lembra de fazer isso, responda positivamente. Se a interrupção é algo que deve esperar, educadamente informe-o.

Não responda a pergunta
Muitos pais repreendem as crianças por interromper, mas no mesmo fôlego respondem ao pedido de interrupção da criança, o que só reforça o hábito.

Cuidado com seus costumes
Os pais às vezes "saltam" tão rapidamente para corrigir a má educação de seus filhos que não percebem que estão sendo rudes na maneira de fazê-lo. Use suas próprias boas maneiras para modelar as habilidades de comunicação apropriados. Pare, olhe para o seu filho, e diga: "Eu vou estar com você em um minuto."

Ensine "O apertão"
Diga ao seu filho que, se ele quiser alguma coisa enquanto você está falando com outro adulto, deve apertar seu braço. Então você vai apertar sua mão para indicar que sabe que ele está lá e vai estar com ele em um minuto. Na primeira vez, responda rapidamente para que seu filho possa ver o sucesso deste método. Com o tempo, você pode esperar mais tempo, basta dar um aperto suave a cada poucos minutos para avisá-lo que você se lembra do pedido.

Crie uma "caixa de ocupado"
Coloque numa caixa, atividades ou jogos que só podem ser usados quando você está no telefone, trabalhando em sua mesa, ou falando com um adulto. Ocasionalmente recarregue-o com coisas novas ou mude o conteúdo. Seja firme em retirá-los quando você acabar o que estava fazendo. Seu filho vai esperar ansiosamente pela sua próxima conversa, que será sem interrupção!

Planeje com antecedência
Antes de fazer uma chamada de telefone ou receber uma visita, deixe seu filho saber o que esperar. "Eu vou fazer um telefonema. Eu vou demorar um pouco, então vamos pegar sua caixa de ocupado para usar enquanto eu estou no telefone. "

Elogie quando merecido
Ver seu filho fazer a coisa certa pode ser a melhor lição de todas. Elogie-o pelo uso de boas maneiras, por se lembrar de dizer "com licença", e por interromper apenas por um motivo válido.


Extraído com permissão da McGraw-Hill Publishing do livro The No-Cry Discipline Solution -(McGraw-Hill, 2007).
Artigo original em Inglês:  http://www.pantley.com/elizabeth/advice/0071471596.php?nid=406

A Astrologia revela seu jeito de ser mãe




Site interessante para quem gosta de horóscopo e dicas de autoconhecimento! Também dá pra fazer uma mini-análise do mapa numerológico da criança aqui.
Tem serviços mais completos que são pagos, mas tem amostras gratuitas. Ótimo pra quem (assim como eu) gosta de saber o que os astros revelam para nossa vida ;)

26 de novembro de 2012

Sobre porque sou contra bater


Quando saiu o Projeto de Lei 7672/10 (conhecido como Lei Anti-Palmada) em 2011, presenciei pessoas totalmente desinformadas sobre o assunto achando que estariam sendo privadas de "educarem" seus filhos. Um ano depois ainda vejo postagens sobre o assunto, com pessoas que dizem sentir "orgulho" por terem apanhado e então terem um bom caráter.
Fico pensando se o que permeia isso tudo é a hipocrisia, o sadismo ou a falta de bom-senso (ou tudo junto).
Primeiro, porque a tal lei não proíbe que os pais dêem uma palmada nos filhos. Não vai aparecer um policial na sua casa assim que você tascar um sopapo na criança. A lei tem a intenção de ser aplicada em casos de denúncia sobre abuso e violência infantil.
E então, o quê seria considerado como violência contra a criança?
É isso que mexe com certas pessoas. Definir a violência, ainda que moral ( e tão agressiva quanto) parece complicado para pessoas que cresceram acreditando que a palmatória educa. Ou ajoelhar no milho. Ou cintadas, chineladas, varas e palmadas.
"Graças à umas boas palmadas sempre fui educado e me tornei uma pessoa direita". Será que é isso mesmo? Ou você só está reproduzindo automáticamente um comportamento que te IMPUSERAM?
Pergunte para um adulto, quais as melhores lembranças que ele tem da infância. DUVIDO que ele dirá: "Sinto saudades de quando apanhava de cinta."
Por favor, não sejamos hipócritas, só porque agora somos nós quem estamos com a responsabilidade de educar!

Um levantamento compilando resultados de pesquisas sobre o assunto feitas nos últimos 20 anos, publicado em fevereiro no Canadian Medical Association Journal, mostrou de forma categórica que o castigo físico deve ser evitado.
“Praticamente sem exceção, esses estudos indicam que as punições físicas estão associadas a níveis mais altos de agressão contra os pais, irmãos, colegas e esposas”, escreveram os autores da revisão, os médicos Joan Durrant e Ron Ensom. O conjunto de pesquisas, que entrevistou no total 36 mil pessoas, demonstra ainda que o “bater para educar” está associado a problemas mentais como depressão, ansiedade, abuso de álcool e outras drogas. Fonte: Pais e Filhos. Além dessa pesquisa existem inúmeras outras comprovando que violência não educa.

E eu? Eu apanhei bastante, até mesmo depois de grande. Devo isso à incompatibilidade de personalidades (minha mãe e eu somos muito diferentes) e ao descontrole emocional do qual ela sofria. Não a culpo por ter agido instintivamente, mas também não tenho orgulho e não acredito que isso tenha feito de mim uma pessoa mehor.
Me recordo sim dos momentos em que meus pais conversavam com a gente (meu irmão mais novo também), das brincadeiras, dos passeios... E principalmente da postura deles em relação a vida.
Casaram-se cedo, minha mãe já estava grávida de mim e teve que enfrentar altas barras. Meu pai, com 20 anos na época, já trabalhava pra sustentar a gente. E eles nunca roubaram, nunca trapacearam... E o pouco que têm hoje (muito pouco mesmo) foi conseguido às custas de muito esforço e exemplo de bom caráter. É disso que me lembro e que quero me lembrar para ensinar ao Pietro.
Tanto meu marido quanto eu nos sentimos mal só de pensar em bater. Por isso que dia após dia nos esforçamos mais para sermos muito mais um exemplo para ele, do que para impor algum comportamento com violência.
Essa "tradição" da violência tem que acabar. Precisamos, como pais, nos esforçar para sermos gerações cada vez melhores de pais educadores.

Palmada não educa. O que verdadeiramente educa é o bom exemplo movido por amor.

25 de novembro de 2012

"Respostinha bem-humorada" - Cama compartilhada.


Casar e ter filhos não transforma as pessoas...

Se elas  não quiserem se transformar.
Estive pensando sobre essa coisa de como casamento e/ou filhos pode (ou não) alterar o comportamento, idéias e modo de viver das pessoas.
Já ouvi várias vezes a frase: "Depois que a gente vira mãe, vira outra pessoa" e pude observar que: a)isso não acontece com todas as mulheres que têm filhos, e b)nem com todos os homens que viram pai.
Conheço pessoas, homens e mulheres, que continuam em ritmo de baladas, festas, etc. mesmo depois de colocarem crianças no mundo. Como se aquilo fosse um mero detalhe e nada mudou.
Também conheço pessoas que, depois de terem filhos, passaram a abrir os olhos para as coisas que envolvem o assunto, e mergulharam de cabeça nessa "aventura louca" (porém responsável) de educar um novo ser-humano para esse mundo mais louco ainda rs.
Não estou querendo julgar ninguém porque não sou expert em nada, apenas gostaria de deixar registrada essa minha observação em torno do assunto.
Na verdade tudo depende de como a pessoa vê as mudanças na vida. E se ela realmente as vê como mudanças. (E que sejam pra melhor!)

5 de novembro de 2012

E finalmente: o desfralde!

Adeus fraldas, depois de 3 anos!
Não foi fácil mas não quis colocar pressão na cabeça do Pietro, que apesar de bem novo já entende muita coisa sim! Mais do que a gente imagina.
Mas convencer a criança de fazer suas necessidades em um penico ou no vaso sanitário pode ser um desafio. É algo novo, que sai da rotina e do "conforto" de quem já está acostumado desde que nasceu.
Ouvi várias mães relatando casos em que meninos demoraram mais tempo para deixarem de usar fraldas do que meninas(?).Confesso que não sei se é verdade, mas meu filho relutou bastante.
O que eu fiz foi conversar bastante com ele, e fui notando alguns sinais de que ele estava incomodado com a fralda suja. Peguei essa "deixa" e falei pra ele: "Vamos colocar cuequinha então, fralda é chato!"
Às vezes ele topava de boa, mas na maioria das vezes não queria. Comecei a só colocar fralda nele para dormir.
Acho que o tempo quente que tem feito últimamente também ajudou, assim ia mostrando pra ele como é chato ficar com fralda no calor.
No começo ele fez xixi e cocô várias vezes na cueca. Teve até um dia que ele foi com a minha mãe à um bazar e fez xixi no chão enquanto estava lá!
Agora ele não gosta muito de usar o penico, então tem usado um assento pra crianças que a gente coloca no próprio vaso sanitário. E tem feito muito menos xixi nas calças, já consegue avisar antes quando está com vontade e corre pro banheiro!
Minha maior preocupação sempre foi de não querer gerar muita ansiedade nele, de fazer as coisas de uma forma brusca (apesar de tantos pitacos dizendo o contrário). Por mais que falem que não existe problemas em aplicar certos métodos repentinos com crianças, ainda tenho minhas dúvidas, vendo tanto adulto ansioso e precisando tomar purgante pra usar o banheiro...

17 de outubro de 2012

Pietro e a mania dos "peitinhos" da mamãe :)

Meu filho foi amamentado até 2 anos e 3 meses, e interrompi a amamentação um tanto que bruscamente, no desespero, depois de ter sido informada que não poderia estar amamentando e tomando pílula combinada de hormônio. Já contei isso aqui no post Pietro desmamou.

O que eu fiz foi conversar e explicar pra ele que a mamãe estava tomando um remédio que não faria bem pra ele. Sempre falei a verdade, e até que ele entendeu bem pra quem só tem essa idade.
Porém, ele deve sentir falta desse contato, é claro! Então ele me pede pra pôr a mãozinha em cima do meu seio, do lado de fora da roupa mesmo. Ele só quer encostar a mão ali e se sentir protegido, sentir meu cheiro. Ele fala: "Eu sei que não tem mais leitinho mamãe, mas posso ficar um pouco com a mão aí? "
O que eu faço quando não estou em um momento de descanso, é tentar distraí-lo com alguma outra coisa. Mas imagino que toda criança tem uma mania, uma fase de segurar pano e chamar de " cheirinho" ou um brinquedo e até mesmo a chupeta ou chupar o dedo.
Como ele nunca usou chupeta nem mamadeira, vejo isso como uma forma que ele encontrou pra se sentir confortado, pois ele pede pra pôr a mãozinha bem naqueles momentos em que está pegando no sono ou quando acontece alguma coisa e ele chora.

Acontece que, como ele fica o dia todo com a minha mãe, ele começou a fazer isso com ela. E ha alguns dias atrás, ela veio me falar que não gosta e está se sentindo constrangida(!) com essa mania dele de pôr a mão no seio.

Sinceramente? Sou eu que piro em momentos como esse. Primeiro porque não tem nada de obsceno aí. Segundo, porque ele deve estar fazendo isso com ela pela ligação que eles têm, como se ela fosse uma segunda mãe pra ele! Afinal de contas enquanto estamos trabalhando fora é ela que fica com ele.
Mas ela veio me cobrar que eu repreenda o Pietro pra que ele não faça mais isso, nem comigo.
Me perdoem os pseudo-psico-pedago-experts, mas não CONSIGO ver o que essa mania dele traria de ruim pra personalidade futura dele.

Logo ele desencana disso, e não há motivo pra tanto estardalhaço, mas enfim... Conversei com ele e expliquei que a mamãe é a mamãe, e a vovó NÃO é a mamãe. Lamentável.
Fico com pena dele nessas situações, viu. E fico doida de ver como tem gente que não se atualiza nas coisas, não busca se informar direito nem abre o coração pra saber o que é certo e o que é errado.
E eu, que achava que meus peitinhos não serviriam pra nada de tão pequenininhos, serviram pra alimentar meu maior tesouro e também servem de consolo :)

Veja onde essa mãozinha está :)

28 de setembro de 2012

Estivil afirma que seu método NÃO é para bebês (método do choro no berço)

Estou tão chocada com a irresponsabilidade desse pediatra, o Eduardo Estivil que tinha que postar isso no blog. Pra quem ainda não ouviu falar do método Estivil, ele  se baseia em estipular um horário para que a criança vá para a cama (independente de estar dormindo ou não) e deixá-la chorando, se for o caso, até mesmo ocorrendo vômitos. Tudo para que ela, com o tempo, desenvolva a rotina do sono e durma a noite toda.
Pois eis que leio esse trecho adaptado e traduzido do blog mymos y teta:


"Me levanto, faço café, vou ver o que acontece no mundo virtual, abro o facebook e vejo um link com uma entrevista do Sr. Estivill onde, entre outras perguntas e respostas é esta que copio:

Eu li o livro "Nana nenê" e penso sobre que idade deve-se começar a aplicar o método proposto. Em um recém-nascido com a amamentação em livre- demanda, como pode-se conciliar com o método?
Recentemente, publiquei o livro 'dormir', que é a atualização de conhecimentos sobre o sono infantil. Nele, vamos explicar algumas regras para ensinar as crianças a dormir, amamentação adequada respeitando, na verdade, estudos científicos publicados na revista espanhola de pediatria que foram realizados em crianças com amamentação em livre demanda. No cérebro das crianças, há um grupo de células que é o nosso relógio biológico. É o que nos diz que temos que dormir à noite e ficar acordados durante o dia. Como outras estruturas do cérebro das crianças, este relógio biológico é imaturo no nascimento. Portanto as crianças dormem em períodos e não conseguem dormir durante todas as horas da noite até os seis meses de idade. As regras explicadas em "Nana nenê 'eram para crianças de três anos de idade que tiveram o chamado" mau da insônia na infância por hábitos ". Estes padrões não podem ser aplicados em menores pela imaturidade do seu relógio biológico. Há outras rotinas que, respeitando a livre demanda de amamentação, ensinm este relógio biológico a sincronizar com o meio ambiente e chegar a seis meses com um sono de boa noite em cerca de 11 horas e três sonecas durante o dia: um após o café da manhã, um depois do almoço e depois do chá. Em nosso livro 'dormir' explicamos este novo conhecimento científico e damos as orientações adequadas para a criança.

Eu ainda estou em choque. Talvez porque eu tenha crescido, cansada de ouvir esse cara dizer algo que agora retifica.

Não é que eu não estou feliz que finalmente reconheceu algo com sentido mínimo, ou seja, que seu método (entre muitas outras coisas) é totalmente incompatível com a amamentação na livre-demanda.

Então me dou conta de que não passa de outra estratégia para vender o seu mais recente livro ... em que ele diz, é atualizado com estudos realizados com os bebês que estão amamentando em livre-demanda ...
E eu acho, é que os pais estão cada vez mais usando o senso comum, e que este homem pôde notar que as vendas de seus livros estão em baixa.
Eu digo que o que vai acontecer agora com os milhares de bebês com menos de 3 anos, que não tinham insônia na infância, mas um ritmo de sono completamente normal e necessário para o seu desenvolvimento e cujos pais estavam convencidos de que não teriam sem lágrimas e acabaram aplicando esse método: acabaram como gnomos (por que não cresceram) ou viraram psicopatas.
E eu me pergunto quantas lactações foram interrompidas com a contribuição do Sr. Estivill, impactando sobre a saúde dessas criaturas e de suas mães, porque isso realmente não vai considera ninguém, mas cada lactação frustrada afeta a saúde do bebê, mãe, família, país e da sociedade humana como um todo. Sem mencionar o custo econômico e a sensação de fracasso de muitas famílias, quando, talvez anos mais tarde, descobriram (entre chocados e com raiva), que foram enganados." 


Leia e compare com o que o autor disse nessa entrevista acima. Dá pra confiar?

Relato "Eu sofri as consequências do método Nana Nenê", onde uma mulher conta 15 anos depois sobre os resultados do método aplicado nela mesma enquanto era criança. 
É pavoroso o número de pais que ainda hoje utilizam esses treinamentos FRIOS e calculistas para fazerem as crianças dormirem.
Mães e pais, atentem-se para todos os tipos de conselhos. Somos, na maioria, pais de primeira viagem que sofrem com muita insegurança principalmente no início dessa experiência "nova e louca" de ter um filho. Mas o mais importante é manter os instintos, e não lutar contra eles! Não existe verdade absoluta sobre como criar seu filho, e alguns métodos podem acarretar em sérios problemas no futuro!

25 de setembro de 2012

Desabafo da mãe que trabalha fora

Ando sentindo uma tristeza...
Depois de tanto tempo trabalhando fora e deixando meu filho com a minha mãe, ouvindo reclamações e cobranças o tempo todo... Não sei se estou entrando em depressão ou se essa angústia vai passar.
Ontem começaram as inscrições para vagas nas creches municipais de Campinas, e vamos fazer a inscrição do Pietro novamente.
Fico me perguntando se sou uma péssima mãe por ficar fora trabalhando o dia todo, sabe?
Acontece que não tenho saída. Preciso trabalhar, ajudar meu marido com as despesas... E gosto de trabalhar.
Antes eu trabalhava meio-período, mas surgiu essa oportunidade de trabalhar em uma multinacional, ganhar um pouco mais (ainda que nào tanto) porém tenho que ficar durante o horário comercial longe do meu filho.
As pessoas me perguntam se penso em ter outro filho. Até penso, mas logo desanimo, porque sei que não vai poder ser como é com o Pietro.
O jeito é colocar na escola.
Já cansei de ter essas coisas jogadas na minha cara, do tipo: "tem que pensar antes de colocar filho no mundo". Meu filho é a minha VIDA!
Faria tudo de novo, meu filho foi planejado. O que a gente não contava era com a má vontade das pessoas, e com essa tristeza de ter que sacrificar um bom tempo longe da pessoa que mais ama, pra poder pagar as contas.
Será que sou só eu?

Será que sou a única mãe no mundo nessa situação?

Será que não dá pra conciliar trabalho com maternidade, mesmo?

Sinceramente, não sei. Só me resta tentar uma vaga pra ele na creche e ver no que vai dar.

E essa tristeza que não passa...

14 de setembro de 2012

Pietro e a tal "Roséola"

Alguns dias depois do aniversário de 3 anos, o Pietro começou a apresentar um quadro de febre.
Brincou normalmente durante o dia na casa da vovó (com o vovô de folga) e chegou em casa um pouco quentinho. Só que durante a noite a febre foi aumentando até chegar nos 39 graus!
Ficamos desesperados, e meu marido saiu pra comprar o Alivium (Ibuprofeno) que ele toma pra febre desde quando era bebê e começaram a nascer os dentes.
Enquanto ele foi buscar o remédio, molhei uma toalha de rosto e coloquei na testinha do Pietro. Demos o Alivium e a febre baixou.
No dia seguinte, não fui trabalhar e o levamos ao pronto-socorro. Estava preocupadíssima com essa onda de viroses, catapora, caxumba e dengue propagadas pelo tempo seco.
O pediatra que o examinou disse que não seria nada grave, e que aparentemente a garganta dele estava inflamada. Falou para continuarmos com o Ibuprofeno de 6 em 6 horas e que observássemos. Disse que provavelmente a febre passaria em no máximo três dias, e caso contrário a gente teria que voltar lá.
Também falou que talvez saíssem umas manchinhas como se fosse um "sarampinho", mas que não era nada grave e que passaria logo. Até falou o nome disso, mas na correria eu esqueci!
A febre passou 2 dias depois, e o Pietro estava ótimo até começar a se coçar.
No início achei que eram picadas de pernilongo, mas durante o dia a coceira foi aumentando até que de noite ele estava  cheio de manchinhas vermelhas pelo corpo, se coçando.
Fiquei desesperada de novo (como sempre rs) e saí perguntando para minhas amigas no Facebook, que são mães, o que aquilo poderia ser.
Me disseram que poderia ser Catapora, Dengue... e Roséola.
Confesso que só cheguei a esse nome porque uma amiga, a Erika, que tem dois filhos citou a tal Roséola. E eu acho que foi isso que o pediatra tinha falado. Mas pesquisando melhor, parece ser uma coisa muito comum em crianças pequenas!
Passamos amido de milho (maisena) pra aliviar a coceira, e em questão de horas as manchinhas sumiram.
Enquanto eu estava lendo pro meu marido as respostas das minhas amigas no facebook, o Pietro ouviu e falou: "É isso que eu tenho, mamãe! É Roséola!"

Caímos na risada apesar da tensão, mas em poucas horas ele sarou. Passei a noite observando, e caso ele piorasse teríamos que levá-lo ao hospital, mas ainda bem que passou!

No dia seguinte já não tinha mais nada.
Na dúvida, é bom consultar um pediatra... Mas dicas de outras mães também ajudam bastante!

Para saber mais:
http://dicasdepediatria.blogspot.com.br/2009/07/roseola-infantil-exantema-subito.html

http://brasil.babycenter.com/baby/saude/roseola/

http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/roseola-exantema-subito/

Obrigada às mamães que sempre me socorrem com as dicas :)

4 de setembro de 2012

O caso das MAMADEIRAS: Cultura industrial x alianças globais (Tese de Doutorado)


Este artigo resume a tese de doutorado "O desdesign da mamadeira: por uma avaliação periódica da produção industrial", defendida em março de 2010, na PUC-Rio.

Foi escrito em 2009, originalmente para o congresso ISA-ABRI, de Relações Internacionais, provocando imensa surpresa na assistência quando de sua apresentação, pelo impacto do conteúdo e também pelo inusitado do tema no citado fórum.

Reações semelhantes ocorrem nas diversas oportunidades em que o trabalho vem sendo exposto para áreas diversas da Saúde, como a Educação e o Design, além das Relações Internacionais. O fato é que, para grande parcela da população, questionar a eficácia e adequação da mamadeira persiste sendo uma idéia impensável.
A tarefa maior da autora foi a de reconhecer falhas na formação e na atuação profissional dos designers, profissionais voltados à concepção de produtos industriais, pelo fato de a atividade estar alheia ao problema, tendendo a considerar o produto como "acima de qualquer suspeita" e projetando versões pretensamente mais e mais seguras do objeto em todo o mundo.

O artigo (em pdf) que abaixo mostramos pequenos trechos você pode baixar no http://www.aleitamento.com/amamentacao/conteudo.asp?cod=1477
Há mais de trinta anos o consenso científico atesta a superioridade do leite humano para a alimentação de recém-nascidos e comprova a grande influência da administração de leites artificiais no aumento das taxas de morbidade e mortalidade infantil. No entanto, ainda hoje tal conhecimento tende a permanecer restrito à esfera da saúde pública nos países signatários das alianças internacionais em prol da causa, escapando ao domínio da sociedade como um todo.

O artigo busca traçar um paralelo entre o saber científico produzido com relação à alimentação artificial de bebês, os avanços industriais alcançados pela produção de mamadeiras e o esforço empenhado por alianças globais no sentido de difundir e defender esse conhecimento.
...
Considerações finais

Uma intensa movimentação da sociedade civil atua juntamente a instâncias estatais, num trabalho que já completa 35 anos. À revelia desses esforços, porém, a cultura da alimentação artificial e do uso da mamadeira persiste a ponto de os problemas causados por esses produtos serem ignorados por grande parte da sociedade.
Temos como princípio confiar no produto industrial. Até que se prove o contrário. Para se provar o contrário, vítimas e notícias sobre essas vítimas são indispensáveis, seguidas de iniciativas de reação que iniciem uma luta em prol da alteração do produto ou de sua retirada de circulação pela força das leis.
Mas em relatório de maio deste ano, a IBFAN noticiou que todos os países europeus, com exceção de Noruega e Luxemburgo, desceram de categoria na escala que mede o nível de esforços governamentais para proteger a amamentação, falhando em cumprir as exigências mínimas estabelecidas pelo Código Internacional para Comercialização de Substitutos do Leite (www.waba.org.my).
O poder do mercado demonstra estar conseguindo driblar tantos esforços.
Sublinha-se, pois, a relevância do tema em pesquisas, estudos e ações nas áreas de Relações Internacionais, Direito e Design, para além da área da Saúde. Interseções do assunto com o âmbito dos direitos humanos revelam violações, com o tolhimento de muitas populações ao acesso à saúde, ao desenvolvimento e à conseqüente paz social.
Vem ocorrendo também um grande e perigoso equívoco com relação à ajuda humanitária arregimentada pelos meios de comunicação, pelas ONGs e agências doadoras: a idéia de que a administração indiscriminada de leites artificiais por mamadeiras a populações vitimadas por emergências ou concentradas em campos de refugiados contribuirá para salvar vidas. A declaração do Ministro da Saúde do Sri Lanka — país com altas taxas de aleitamento exclusivo —após o tsunami de 2004, fornece eloqüente argumento para a campanha da WABA de 2009, “Amamentação: uma resposta vital à emergência”:

Um grande problema foi a distribuição de fórmulas infantis às mães que amamentavam sem o controle adequado por parte dos doadores e ONGs que atuaram emocionalmente, sem base científica, não contemplando os perigos da alimentação artificial em situações de desastre. Ademais, os meios de comunicação pediram ao público ajuda com doações de leites artificiais e mamadeiras. O Ministério da Saúde teve que superar muitos obstáculos para assegurar que as mães continuassem amamentando e não aplicou a insustentável e potencialmente perigosa prática de usar fórmulas infantis (folder da campanha).

Com relação às atuais diretrizes ambientais e de responsabilidade social, o tema desvela uma alta concentração de irregularidades que abafam o fato de a amamentação ser uma resposta pré-existente e eficaz ao desperdício de recursos naturais e um instrumento promissor para a busca política de condições sociais menos excludentes.
Da parte do Design, trabalha-se pelo reconhecimento de que não pode continuar pesando sobre os ombros dos Estados, dos órgãos de controle, das próprias indústrias e setores de comercialização de produtos ou dos meios de comunicação, a responsabilidade integral pelo acesso da sociedade a produtos que prejudicam a integridade humana e a sustentabilidade ambiental. Todo profissional que concebe produtos é participante da rede que os edifica e dissemina no seio da sociedade, e ele não pode permanecer acriticamente isento de responsabilização pelos efeitos de seu trabalho.
Nossa tarefa deve concentrar-se em auxiliar o trabalho de resgate da prática da amamentação e o projeto de meios mais adequados para alimentar bebês nas ocasiões em que o aleitamento não for possível (como o copinho, que permite que a sucção se realize de maneira natural).
Pois, como afirma Paola Antonelli, curadora da exposição “Safe: design takes on risk”, ocorrida em 2005 no MOMA, o desafio que sempre se apresenta à profissão é o de contribuir para tornar as mudanças viáveis, compreensíveis e acessíveis às pessoas, provendo proteção e segurança sem sacrificar a necessidade de inovação e invenção.

Referências bibliográficas:
ANTONELLI, P. Grace under pressure. In Safe: Design takes on risk. New York: MOMA, 2005.
ALMEIDA, J. A. G. de. Amamentação, um híbrido natureza-cultura. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1999.
ARIÈS, P. História Social da Criança e da Família, Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1981.
BARBERO, J. M. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia, Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1987.
GOLDEMBERG, P. “Consumo e reprodução social: O desmame precoce na perspectiva do marketing do leite em pó num país subdesenvolvido”. In Repensando a desnutrição como questão social, São Paulo: Cortez Editora/UNICAMP, 1989.
HERZ, M. e HOFFMANN, A. R. Organizações Internacionais: História e práticas, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
MÜLLER, M. O matador de bebês, Recife: IMIP, 1995.
RADFORD, A. O impacto ecológico da alimentação por mamadeira, Breastfeeding Review 2(5): 204-208 – May, 1992.
SIQUEIRA, S. R. de. e TOMA, T. S. “As Semanas Mundiais de Aleitamento Materno”. In Aleitamento Materno (org. José Dias Rego), São Paulo: Editora Atheneu, 2002.

Autora: Cristine Nogueira Nunes (Design - PUC-Rio)
Orientação: Luiz Antônio Luzio Coelho (Design - PUC-Rio)
Co-orientação: Myrian Sepúlveda dos Santos (Ciências Sociais - UERJ).
Fonte: http://www.aleitamento.com/amamentacao/conteudo.asp?cod=1477

31 de agosto de 2012

O Mito do "Leite Fraco" - Texto do Dr. Carlos González

Depois de um certo tempo de amamentação nossos seios não ficam tão cheios quanto antes, mas não significa que nosso leite esteja acabando, porque quanto mais o bebê suga, mais leite nosso organismo produzirá. Consequentemente, se o bebê deixa de sugar, o leite seca.
Leia o texto do Dr. Carlos González:


O que posso fazer para aumentar o leite?

“Por que você quer ter mais leite? Pensando em abrir uma fábrica de laticínios?
A preocupação que as mães apresentam sobre produção suficiente de leite é antiga: séculos atrás, quando todas amamentavam, preces eram direcionadas aos santos e às virgens “especialistas” em leite bom e abundante e as mães usavam ervas e poções com reputação sólida.
Talvez o medo venha da ignorância. As pessoas acreditavam que a quantidade de leite dependia da mãe – havia mães que produziam muito leite e outras que tinham pouco; mães que secretavam leite bom e outras que faziam leite fraco.
Na maioria dos casos, a quantidade de leite não depende da mãe, mas do bebê. Há bebês que mamam muito e outros que mamam pouco e a quantidade de leite será sempre exatamente o que o bebê retira.
Exatamente? Sim. A produção de leite é regulada minuto a minuto pela quantidade de leite que seu bebê tomou na mamada anterior. Se o bebê estava faminto e rapidamente esvaziou o seio, o leite será produzido com grande velocidade. Se, contudo, o bebê não estava muito interessado e deixou o seio meio cheio, a produção de leite será de forma mais lenta. Isso já foi demonstrado através de cuidadosos cálculos medindo o aumento no volume disponível no seio entre mamadas.
Para a mãe que tem leite insuficiente, ou seja, menos que o bebê dela necessita, uma das seguintes condições TEM que estar presente:

1. Um bebê que não mama o suficiente (por exemplo, se o bebê está doente, cheio de água com açúcar ou chazinho ou tomou mamadeira);

2. Um bebê que mama, mas incorretamente (por exemplo, se o bebê posiciona a língua incorretamente porque acostumou-se com chupetas ou mamadeiras, ou está fraco porque tem perdido muito peso ou devido a um problema neurológico).

3. Um bebê que não é permitido mamar em livre demanda , porque as pessoas querem alimentá-lo em horários rígidos ou entretê-lo com uma chupeta quando ele mostra sinais de fome.

Além dessas três circunstâncias (ou algumas poucas outras que podem ocorrer muito raramente), praticamente todas as mães tesrão exatamente a quantidade de leite de que o bebê delas necessita.
Alguns dos “sintomas” de pouco leite são: (IRONIA DO AUTOR)
• o bebê chora
• o bebê não chora
• o bebê quer mamar com freqüência inferior a 3 horas
• já se passaram 3 horas e o bebê não está pedindo pra mamar
• o bebê leva mais de 10 minutos para mamar
• o bebê mama e em 5 minutos não quer mais
• o bebê mama de noite
• o bebê não mama de noite
• minha mãe também não teve leite
• minha mãe tinha muito mais leite que eu
• meus seios estão cheios demais
• meus seios estão vazios e murchos
• meus seios são imensos
• meus seios são pequenos demais
• eu não tenho bico
• eu tenho 3 mamilos (você ri? Muitas mães dizem seriamente “eu não tenho bico”. Eu garanto que é muito mais comum ter 3 mamilos que não ter nenhum).

Quando preocupada com estes sintomas, a mãe decide fazer alguma coisa para aumentar sua produção de leite. Se ela decide fazer algumas coisa inútil, mas inofensiva, como comer amêndoas ou acender uma vila para Santo Antônio, provavelmente nada de ruim acontecerá e é possível que sua fé faça com que ela credite que seu leite aumentou e todos ficam felizes. Mas algumas vezes a mãe tenta alguma coisa que funciona, ou pelo menos tem o potencial para funcionar. Nestes casos, os conselhos das pessoas que sabem alguma coisa sobre lactação humana pode fazer mais mal que bem, especialmente nos casos em que a mãe não tinha problemas de produção suficiente de leite.

O caso desta mãe retrata a profundidade da angústia que pode ser provocada quando se juntam a regra dos 10 minutos, o ganho de peso e alguns conselhos que parecem razoáveis, ainda que irrelevantes, já que não havia problema a ser solucionado:

Meu filho tem 3 meses e 10 dias. Ele pesa somente 4,640g. Nasceu com 3,120g e perdeu peso nos primeiros dias, chegando a 2,760g. O maior problema é que ele nunca quer mamar. Primeiro, eu o amamentava a cada 3 horas, mas ele sempre mamou só um pouquinho. O pediatra sugeriu que eu amamentasse a cada 2 horas, mas as coisas não melhoraram e me sugeriram que eu o colocasse no peito o tempo todo. As coisas pioraram. O bebê só mama bem à noite e durante o dia quando ele está sonolento. Eu já tentei tudo o que me aconselharam: tirei leite com a bomba antes de dar o peito, assim ele pode mamar o leite mais calórico e até eliminei tudo de laticínio da minha dieta. Nada adiantou e ele está me deixando louca. Já tentei dar mamadeira e ele não quer. O pediatra disse que ele é saudável (fez vários exames de laboratório) e normal, mas estou muito estressada. Vivo em constante desespero, preocupada se ele vai mamar direito na próxima mamada ou não, sempre observando para colocá-lo no peito quando ele vai dormir e ver se ele engole. Eu não posso sair de casa, porque ele pode querer mamar. Estou preocupada porque o peso dele está abaixo da média.

O peso deste bebê está no percentil 7 da curva, ou seja, 7 de cada 100 bebês saudáveis desta idade pesam menos que ele. Isso dá 280.000 dos 4 milhões de bebês nascidos todo ano nos Estados Unidos. Como será que as mães dos outros 280.000 bebês estão sobrevivendo? Esse peso é absolutamente normal.
Contudo, o problema não era o peso, mas o fato que o “bebê mama muito pouco”. O que isso significa aqui é que (uma vez que o bebê é amamentado e a gente não tem como saber o quanto ele mama) o bebê mama muito rápido. Quanta dor teria sido evitada se esta mãe soubesse que alguns bebês mamam super rápido e outros bem lentamente e que não é necessário olhar o relógio. Teria sido tão melhor se da primeira vez que a mãe dissesse “meu bebê mama pouco”, alguém tivesse dito “claro! Ele é tão esperto que já descobriu como mamar com eficiência e rápido”. Ao invés disso, ela foi informada de que havia um problema, o bebê não estava mamando o suficiente... e receber conselho para amamentar mais vezes. Conselho destinado ao fracasso, já que o bebê não precisava mamar mais e não conseguia.
Em 4 meses, a situação deteriorou ao ponto de que o bebê só mama dormindo. Um psicólogo poderia ter falado sobre o assunto, mas não precisamos procurar razões psicólogicas abstratas para perceber que, se o bebê mamou dormindo já tomou tudo o que precisava (o que é evidente já que ele cresce normalmente) e é impossível adicionar mais mamadas depois que ele acorda. Ele comeria o dobro do que precisa.
O bebê não será capaz de mamar acordado se a mãe continua a amamentá-lo enquanto ele está dormindo. Ele só tem 4 meses, ainda vai experimentar sólidos e passar pela perda normal de apetite com 1 ano de idade. Se algo não mudar, a situação familiar ficará desesperadora.

Como o bebê vê esta situação? Claro, ele não entende o que está acontecendo. Ele não sabe que precisa mamar 10 minutos, nem que seu peso está no percentil 7. Ele estava bem, mamando quando queria, quando de repente coisas estranhas começaram a acontecer. Ele estava sendo acordado para mamar com muita freqüência e o melhor que ele podia fazer era ser flexível, fazendo as mamadas mais curtas, claro. Algumas vezes alguém tirava o leite desnatado do início da mamada e já no primeiro gole ele recebia creme de leite, cheio de gordura e caloria. Como era de se esperar, fazia as mamadas ainda mais curtas. Naturalmente, ele não aceitava a mamadeira (“mas eu já mamei 8 vezes hoje!” ). A cada mudança, ele respondia de maneira lógica, incapaz de compreender a sua mãe e os conselhos que ela recebia. Algumas semanas atrás ele começou a ter “pesadelos” estranhos. Ele sonha que um peito é introduzido na sua boca e que seu estômago enche-se de leite. A coisa mais estranha de todas é que o sonho é tão real, que ele até acorda com a barriga cheia e incapaz de mamar durante o dia.

Sua mãe parece mais preocupada a cada dia que passa; ele a vê chorando e isso o assusta. Se ele pudesse falar, diria a mesma coisa que sua mãe diz à gente “ela está me deixando louco”. E se ele fosse capaz de entender o que se passa, ele certamente faria um esforço para mamar bem lentamente e ficar 10 minutos no seio (mamando a mesma quantidade, claro, não há motivo para procurar uma indigestão). E isso faria todos felizes. Mas ele não entende o que acontece e não pode fazer um gesto de boa vontade. Somente sua mãe pode mudar; senão o problema permanecerá por muitos meses ou anos.”


Do livro My Child Won’t Eat, do pediatra Carlos González.



http://www.e-familynet.com/phpbb/viewtopic.php?t=286052

23 de agosto de 2012

3 anos e o check-up no pediatra.

Hoje levamos o Pietro para uma consulta no pediatra, pois o aniversário de 3 aninhos já está chegando, e eu tinha umas dúvidas para esclarecer com o médico.
O Pietro está com 99,5cm de altura e 14,200kg de peso. Segundo o pediatra ele está com o peso normal, e com altura de uma criança de 4 anos... Está tudo bem, graças a Deus!
Minha primeira dúvida era quanto ao desfralde que ainda está complicado. Ele me disse que a gente não precisa deixá-lo sem fralda o dia todo, só em alguns momentos e levá-lo ao penico, incentivando que ele faça as necessidades lá. Caso ele fizer na cueca, não devemos falar NADA, só limpar, sem fazer nenhum comentário sobre o assunto. Disse ainda que não é bom as pessoas ficarem falando sobre isso pra ele, pois gera uma expectativa muito grande sobre o assunto e ele acaba se reprimindo. Melhor não comentar sobre o desfralde, só elogiar quando ele fizer no penico e não dizer nada quando não fizer.
A outra dúvida era sobre a fimose. O pediatra deu a receita de uma pomada pra passar no pipi e ir puxando devagarinho a pele. Segundo ele, a pomada serve para tirar a aderência, descolar a pelinha mesmo rs. A pomada se chama Postec e segundo ele, ela evita a cirurgia de fimose em boa parte dos casos (leia a reportagem publicada em 2003 no site Ciência Hoje, clicando aqui.
Enfim, daqui pra frente vai ser pomadinha e massagem no pipi durante 2 meses, depois uma pausa e no começo do ano mais 2 meses.
Não pediu nenhum exame, disse que está tudo certo e que a gente pode fazer o treinamento do desfralde traquilamente, sem pressão. Também falou pra colocá-lo na escolinha ano que vem, pro Pietro se relacionar com outras crianças pois vai ser bom.
É isso, bastante coisa pra quem só tem 3 anos de vida nesse mundo, não é? :)

4 de agosto de 2012

2 anos, 11 meses e o desfralde. Agora vai!

Comecei a conversar com o Pietro sobre desfralde desde que ele estava pra completar dois anos. Já me falaram um monte que era pra eu arrancar logo a fralda dele, etc. mas detesto esses métodos de abordagem radical quando se trata de hábitos e coisas que influenciam na criança, então preferi fazer tudo sem pressão. 
No começo até me preocupei se ele estaria "atrasado" com o desfralde, mas depois de saber que várias mães estavam na mesma situação que eu, fiquei um pouco mais tranquila.
O fato é que a própria criança vai ficando cada vez mais incomodada com as fezes e a urina, e o desfralde vai sendo um processo natural. Cada um com seu tempo certo. Mudanças bruscas podem até interferir no psicológico da criança, fazendo com que ela prenda o intestino, se retraia, e assim por diante.
Atualmente, as orientações para a primeiríssima infância baseiam-se, em sua maioria, em sinais emitidos pelos principais interessados. É o caso da fralda. Podem estar certos, de que em algum momento, até os 4 anos de idade, eles começarão a dar sinais de que não precisam mais de um bumbum tão forradinho.
Hoje o Pietro acordou, e ao trocar a fralda, eu disse que ia colocar a cuequinha nele. Ao contrário de todas as vezes anteriores, ele não insistiu pra ficar de fralda.
Passou o dia todo de cueca, mas se sujou de xixi e cocô duas vezes, apesar da gente insistir de tempo em tempo para levá-lo ao penico ou ao vaso sanitário. Mas acredito que todo início seja assim, uma questão de treino. Enquanto isso, serão várias trocas de cuequinhas e muito xixi pela casa :)


3 de agosto de 2012

Semana Mundial do Aleitamento Materno 2012


A Semana Mundial do Aleitamento Materno começou no dia 1º de Agosto e vai até a próxima terça-feira (7) em mais de 170 países.
O objetivo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é estimular a amamentação e melhorar a saúde de crianças menores de 5 anos em todo o mundo.

A data comemora a assinatura da Declaração de Innoceti, em agosto de 1990, por diversos países – incluindo o Brasil. Entre os objetivos apresentados pelo documento estão estabelecer um comitê nacional de coordenação da amamentação e adotar uma legislação que proteja a mulher que amamenta no trabalho.

A OMS defende que o aleitamento materno é a melhor forma de fornecer ao recém-nascido os nutrientes necessários. A orientação é que o bebê receba exclusivamente o leite materno até os 6 meses e, depois disso, ele seja associado a outros alimentos até que a criança complete 2 anos ou mais.

No caso do colostro (tipo de leite mais grosso e de cor amarelada produzido ao final da gestação), a recomendação é que ele seja fornecido ao recém-nascido até uma hora após o parto.
Dados da organização indicam que a malnutrição responde, direta ou indiretamente, por praticamente uma em cada três mortes entre crianças menores de 5 anos, sendo que mais de dois terços delas são associadas a práticas inapropriadas de alimentação e ocorrem no primeiro ano de vida da criança.
“Nutrição e carinho nos primeiros anos de vida são cruciais para uma boa saúde e para o bem-estar ao longo da vida. Na infância, nenhum presente é mais precioso do que o aleitamento materno. Ainda assim, menos de um em cada três bebês é exclusivamente amamentado durante os [primeiros] seis meses de vida”, informou a OMS.

Confira os dez passos definidos pela Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano para o sucesso da amamentação:
- Ter uma política de aleitamento materno escrita, que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde;
- Capacitar toda a equipe de cuidados da saúde nas práticas necessárias para implementar essa política;
- Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do leite materno;
- Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento do bebê;
- Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas dos filhos;
- Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica;
- Praticar o alojamento conjunto, permitindo que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas;
- Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda;
- Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas;
- Promover grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade.


Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=137&pagina=dspDetalheCampanha&co_seq_campanha=4924  cenariomt

3 anos que passaram tão rápido!

Em menos de um mês meu filho Pietro completará 3 anos.
Quando ouvia pessoas dizendo quer ser mãe é padecer no paraíso, não entendia nada e nem me preocupava com isso. Mas agora entendo o significado de tal frase. É um padecer, um "sofrimento" que vale a pena arriscar com a vida. É uma felicidade em um grau tão alto que se mistura com a culpa e o medo.
Medo de estar fazendo tudo errado, de prejudicar um ser-humano pro resto da vida dele por não estar criando-o direito, dando todo o suporte necessário.
E a culpa? Culpa por ter que se ausentar. Por não poder oferecer tudo que a gente quer como mãe.
Culpa por não estar lá quando ele disse ou fez alguma coisa. Por não poder dar toda a atenção do mundo...
Mas a vida é assim. Mamãe não pode e nem consegue ficar sem trabalhar. Preciso me sentir útil e ao mesmo tempo lidar com essa culpa de quem ainda não entende que filhos são para o mundo, não propriedade da gente.
Tenho tanto a aprender, ainda...
E tanto pra agradecer por um filho tão maravilhoso e saudável!
Sou uma mãe cheia de defeitos, mas grata eternamente.
Se eu soubesse que depois de tantas decepções na vida, seria presenteada com meu filho, teria sofrido sorrindo. Valeu a pena! E tem valido a cada segundo.
Não existe amor maior.

12 de julho de 2012

Reencarnação em família

Como uma pessoa que acredita na continuidade da vida e em reencarnação, meu aprendizado é constante sobre esses assuntos que envolvem a espiritualidade. Já que tenho esse blog como um diário voltado para a maternidade e desenvolvimento do meu filho, não poderia ocultar algo que faz parte de tudo isso na minha vida.
Um dia, meu filho Pietro vai ler esse blog, pois o criei justamente para manter registradas todas as etapas desde que soube que seria mãe. Preciso deixar algumas coisas bem claras primeiramente, para entendimento posterior:
Conheci meu marido em meados de 2008 e nessa época meu sogro, Sr. Luis, já tinha desencarnado em 1999, se não me engano. Portanto nunca o conheci pessoalmente.
Quando resolvemos ter nosso primeiro filho, precisei fazer uma espécie de tratamento por causa da síndrome dos ovários policísticos, como já mencionei em outros posts. Depois de dois meses de tentativa de engravidar em vão, eu já estava desanimando com a idéia e achando que provavelmente não poderia ser mãe devido a essa síndrome.
Foi então que numa noite sonhei com meu sogro.
Uma pessoa me levou até uma sala e disse que meu sogro, Sr. Luis viria falar comigo. Não vi o rosto dessa pessoa, mas para minha surpresa vi meu sogro adentrando a porta dessa sala.
Estava de terno, bem arrumado e falou pra gente se sentar à mesa que estava próxima. Conversamos a noite toda, e apesar do tom sério na voz dele, só me recordei dele ter dito para que eu ficasse tranquila pois algo iria acontecer. Juro que fiquei tentando durante dias lembrar da conversa, ou pelo menos de partes dela mas não me lembro de nada! Só me lembro da feição séria no rosto dele, e da aparência física, que descrevi ao meu marido e ele me confirmou que o pai era assim.
Depois de alguns dias ou semanas, o quê acontece? Resultado de gravidez positivo!!!
Estou contando isso aqui no blog porque, como disse, pra mim é importante. É um fato que envolve minha gestação e minha espiritualidade. E também porque sonhei novamente, anteontem.
Mas dessa vez aquela pessoa que eu não tinha visto o rosto anteriormente, contou pra mim sobre a vida do Sr. Luis a noite toda.
Aliás, não só contou como também mostrou fotos. Vi meu sogro em várias cenas, mas me lembro pouquíssimo de tudo.
Para os céticos, foram apenas sonhos. Para aqueles que não acreditam na existência de outros planos da vida, foram sonhos gerados pelo meu subconsciente. Para mim, foi e tem sido a preparação necessária para que eu crie e eduque meu filho de forma que ele seja uma pessoa ainda melhor do que nas existências anteriores.

Mas ser mãe é muito mais especial do que colocar uma vida no mundo terreno. É uma experiência única e divina!
Você que tem, ou vai ter um(a) filho(a) já pensou na possibilidade dele ser um parentesco reencarnando na mesma família? ;-)

9 de junho de 2012

Como livrar meu filho das cólicas?

As mamães ficam desesperadas quando seus bebês choram compulsivamente e não há nada que os faça acalmar. Não é fome, pois ele mamou quase agora e não aceita o peito, nem fralda suja, já que acabou de tomar banho. Mamãe, isso pode ser cólica, algo normal e esperado.
As cólicas são comuns em bebês desde o nascimento, principalmente depois dos 15 dias, seguindo até os três meses de vida, normalmente ocorrem no mesmo horário. Raramente acontece em bebês com mais de seis meses de idade.
É uma sensação nova para o bebê e dói muito. O choro de cólica é estridente. Observe as seguintes características: o bebê fica inquieto, com rosto vermelho, fazendo caretas, se contorce e encolhe as perninhas até a barriguinha.
A cólica acontece por imaturidade do sistema digestivo do bebê. Essa imaturidade faz com que as paredes intestinais se contraiam e relaxem sem controle e isso pode resultar em gases e levar à cólica.
Causas - Outro motivo seria que agora o intestino está recebendo alimento e a digestão acelera seu funcionamento, provocando as cólicas. O movimento do intestino também precisa de um tempo para amadurecer e se coordenar.
O intestino do bebê é preparado para receber só o leite materno até os seis meses de vida. Esse leite pode acarretar em cólicas porque faz o intestino do bebê funcionar para digeri-lo.
Se o bebê receber outro tipo de alimentação nesse período, as cólicas podem ser piores, pois a digestão é mais difícil e requer maior trabalho do intestino. A fermentação do leite e de outros alimentos causa gases e é outro fator de cólicas.
A tensão ou o estresse do ambiente pode deixar o bebê tenso e agitado, acentuando a cólica. Pode verificar que as cólicas geralmente ocorrem ao fim do dia quando todos estão mais cansados. Se a mamãe fica nervosa, o bebê sente essa ansiedade e insegurança, por isso a mamãe tem que tentar ficar o mais tranqüila possível e passar segurança para o seu bebê com muito amor e carinho.

Recadinhos importantes - O bebê pode engolir ar quando amamenta ou se alimenta. Engolir ar aumenta as dores por gases. Uma dor por gases pode ser a pior dor que seu pequeno já sentiu, por isso o choro que não cessa por nada. É importante colocar o bebê bem inclinado para se alimentar, arrotar após as mamadas e colocá-lo para dormir de lado.
Além da posição para alimentação e colocar o bebê para arrotar, há outras maneiras de prevenir a cólica. Fazer compressas mornas na barriga do bebê como colocar uma fralda aquecida ou bolsa com água morna (verifique a temperatura para não causar queimaduras), fazer ginástica com as perninhas do bebê como se ele estivesse "pedalando" e massagear a barriga do bebê com as mãos aquecidas com movimentos circulares durante 2 minutos, todos de 4 a 5 vezes por dia ajudam o bebê a não ter cólicas ou aliviar a dor na hora das crises.
Para evitar o estresse, procure manter o ambiente calmo e quieto enquanto alimenta o bebê ou nos horários mais freqüentes da cólica e descubra formas de confortá-lo, cada bebê se sente seguro e amado do seu jeito.
Não é cientificamente provado que a alimentação da mamãe pode dar cólica no bebê que amamenta. Mas há muitos relatos de mães sobre isso. Fique atenta se perceber que quando come algum tipo de alimento seu bebê tem cólica. Evite esse alimento pelo menos até os três meses de vida do seu bebê. Os agressores mais comuns são laticínios, chocolate, cafeína, melão, pepino, pimentão, frutas e sucos cítricos e alimentos condimentados.
Na hora da crise o calor ajuda na liberação dos gases que provocam a cólica. Colocar o bebê barriga com barriga com você com as perninhas encolhidas, de barriga no seu antebraço, uma bolsa térmica com água morna na barriga do pequeno ou massagear a barriguinha ajudam na eliminação da dor.
Como os homens têm a temperatura do corpo um pouco mais elevada que as mulheres pode ser que as cólicas se resolvam mais rápido quando o bebê é colocado na barriga ou no antebraço do papai ou quando é o papai que faz as massagens.

Nada de chá - Não faça uso de chás para resolver o problema. O chá pode provocar ainda mais cólica já que o intestino do bebê ainda está imaturo. Ou o chá simplesmente por ter um efeito calmante faz seu bebê dormir, mas não resolve a cólica. Só use remédios com prescrição médica.

Bruno Rodrigues - Guia do Bebê

Anvisa proibiu o uso da Funchicórea



A Agência Nacional da Vigilância Sanitária cancelou o registro do remédio Funchicórea no Brasil. O medicamento, indicado para tratar cólicas e prisão de ventre de bebês, estava no mercado há 72 anos.
A decisão saiu depois de sete anos de disputa, já que o processo para cancelamento do registro começou em 2005, segundo a Folha de S. Paulo. Para a ANVISA, o fabricante da Funchicórea não conseguiu comprovar a eficácia e segurança do remédio.
Para aliviar as cólicas dos bebês, as mães costumavam utilizar o pó nas chupetas ou mamadeiras. Ele era feito de extrato de chicória, ruibarbo, essência de funcho (erva-doce) e sacarina, um adoçante artificial.
O efeito analgésico que a Funchicória prometia nunca foi clinicamente comprovado. O que talvez fizesse com que os bebês se acalmassem com o medicamento era o gosto extremamente doce da sacarina, segundo o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, pai de Iuri, Bruna e Giovana.
O uso do adoçante artificial não é indicado para bebês e crianças, já que os pediatras desconhecem quais efeitos o uso da substância provoca nos pequenos.
O pózinho parece ser "mágico", mas: o açúcar exacerbado de sua fórmula 'queima' as papilas gustativas sensíveis dos bebês e pode prejudicar a amamentação, pois o leite materno não é tão doce assim. A funchicórea contém a sacarina (ainda mais deletéria do que a sacarose, visto que é um produto 100% ARTIFICIAL, sintético) extraído do petróleo e que deixa resíduo amargo ao paladar, chega a ser 550 vezes mais doce que o açúcar! Imagine isso na boca do bebê e depois como ele pode estranhar ao mamar porque o leite materno não é tão doce assim? Além disso, geralmente é oferecido na chupeta. Isso pode prejudicar o sucesso da amamentação se for oferecido no início do aleitamento materno. Outro fator angustiante é que ele NÃO É eliminado do organismo em associação ao ciclamato e existem evidências científicas de serem cancerígenos em ratos. A sacarina está proibida em mais de 70 países, inclusive os EUA.


Fonte: MãeJapa / Folha de SP.-Fev 2012

Chupeta e os riscos à saúde


Na tentativa de acalmar seus filhos e controlar o choro das crianças, muitas mães fazem do uso da chupeta um hábito. Mas o que elas não sabem é que isso pode causar sérios danos à saúde dos pequenos. Problemas ortodônticos, respiratórios e deformidades faciais estão associados à sucção diária da chupeta.
Os males causados por este hábito não param por aí. A respiração é outra função que também pode ser afetada, já que a sucção, neste caso, estimula a respiração via oral. Isso faz com que a criança tenha o sono alterado, fique cansada com facilidade e até ronque.
O uso da chupeta desperta reações pouco racionais. Alguns pais e médicos são radicalmente contra. Na prática, alguns bebês não aceitam a chupeta mesmo quando os pais insistem. Em contrapartida, pais que queriam evitá-la rendem-se às necessidades de sucção do bebê.
A chupeta não é necessária, e geralmente os bebês que mamam adequadamente no seio nos primeiros dias a recusam. Nessa fase inicial, o estímulo à chupeta pode até atrapalhar o aprendizado dos movimentos de sucção do seio. Alguns trabalhos mostram incidência maior de desmame nas crianças que utilizam chupeta. No entanto, à medida que o bebê cresce, suas necessidades de sucção podem ir além das necessidades nutricionais. A chupeta, nesse caso, pode ser confortável para o bebê e, se corretamente utilizada e retirada na idade adequada, não causa danos físicos ou emocionais.
A finalidade da chupeta é suprir as necessidades de sucção da criança, e não confortar a família. Pode ser utilizada em intervalos de mamadas, quando a criança estiver agitada e procurando sugar (mas sem fome). Mas o melhor é usá-la sempre pelo menor tempo possível. Alguns bebês gostam de chupeta na hora de dormir. Isso não deve ser encorajado, pois este fator externo no hábito de sono fará com que, ao acordar à noite, a criança seja incapaz de voltar a dormir sem que a chupeta seja colocada em sua boca. O ideal é por o bebê no berço já sem a chupeta e reduzir ao mínimo possível seu uso durante o dia.
Qual é o melhor tipo de chupeta? As mais difundidas são as ortodônticas. Elas trariam danos menores à formação do palato, pois apresentam a base mais achatada, e permitiriam melhor oclusão dos lábios. No entanto, a literatura médica não confirma essa observação, e a ocorrência de deformidades craniofaciais (mordida cruzada, por exemplo) depende mais do tempo de utilização do que do tipo de chupeta.
Fonte: InsiderSaude

O Pietro nunca gostou de chupeta, muito menos de mamadeira, mas acredito que seja mais pelo fato dele ter sido amamentado no peito. Assim, as "chupetadas" dele eram todas em mim rs.
Tudo com a intenção de oferecer o melhor pro meu filho, já que chupei chupeta e mamadeira até os 7 anos e os resultados não foram nada agradáveis e têm durado até hoje (dentes tortos, mordida cruzada, desvio de sépto, rinite alérgica...). Tem gente que fala que isso não tem nada a ver, pois pessoas que nunca usaram chupeta também tiveram problemas mas prefiro não arriscar quando o assunto é a saúde do meu filho...

8 de junho de 2012

Sono dos bebês e Rotina

Dicas retiradas de trecho do livro "Pediatria Radical", da Dra. Thelma B. Oliveira.

1. Nos primeiros meses, a cama compartilhada é uma ‘mão na roda’. Banho ou massagem ajudam bastante, bem como musiquinhas, cueiro apertadinho, barulho de secador, embalo, sh sh sh...

2. Os pitaqueiros de sempre recomendarão que deixe o bebê chorando até dormir; isso é sadismo e desconhecimento das necessidades de um bebê! Ele/ela não se ‘acostuma’, simplesmente desiste de ser atendido, refugiando-se em sua concha de solidão. Melhor dizendo, ele abdica de sua atenção.


3. Os bebês precisam de uma a duas sonecas diurnas.


4. Não dê chupeta ao bebê que está sendo amamentado com leite materno exclusivo, pois ela causa a confusão de bicos, fazendo o bebê desaprender de mamar ao seio. A necessidade de sucção que o bebê tem deve ser saciada pela amamentação em livre demanda.


5. Não alimente o bebê dormindo, aproveite para ‘conversar’ com ele: a voz da mamãe o reconforta.


6. Bebês de até 2 a 3 meses devem ser manipulados a cada 3 horas. Nessa fase, o sono prolongado pode ser devido a hipoglicemia, que é nociva ao cérebro. Se ficar muito sonolento, leve-o ao seio a cada 2 ou 3 horas; o bebê hipoglicêmico fica "hibernando", embora pareça apenas dormir.

Livro "Pediatria Radical - Pediatria para as Mães

Esse livro foi idealizado e organizado pela “Dra. Relva”, nickname virtual da pediatra Thelma B. Oliveira, criadora da comunidade Pediatria Radical no Orkut.
Nele estão dicas sobre vários assuntos envolvendo a maternidade e que foram retirados da própria comunidade do Orkut. Pela descrição da comunidade você já pode ter uma idéia do que vai encontrar no livro:
A comunidade é RADICALMENTE A FAVOR: do LEITE MATERNO, do colo, do embalo, do acalanto; da permanência do bebê junto à mãe desde o instante do nascimento; da brincadeira com água, areia e bola; da praia, da água de coco, da banana e de todos os frutos da terra. Do respeito aos processos da natureza para o crescimento e desenvolvimento da criança. Da autonomia da mãe em relação a seu filho. Da amizade e solidariedade entre as participantes, em suas alegrias e perplexidades do “tornar-se mãe”.
E RADICALMENTE CONTRA: a humilhação, o castigo corporal pela palmada, o cinto, a vara, o bullying, o abuso sexual da criança, a exploração do trabalho infantil, o abandono, o choro sem consolo, a internação solitária, o consumismo e a sedução do imaginário infantil pela mídia. 

Achei a idéia incrível, pois já sou participante dessa comunidade desde a gravidez, e ver tudo virando um livro é muito interessante!
Já encomendei o meu pela internet e depois coloco minha opinião pessoal sobre ele, mas já dá pra ter uma idéia pois quem está na comunidade já sabe o que rola por lá.
Confira alguns trechos que podem ser encontrados no site: http://pediatriaradical.com.br/
Link para a proposta do livro.

Leitura interessante e de conteúdo para as mamães :-)

5 de junho de 2012

Maternidade do Hospital Samaritano de Campinas


Pra quem não sabe ou não leu aqui, tive meu filho Pietro na maternidade do Hospital Samaritano de Campinas, em 2009, e as impressões que ficaram sobre o lugar até hoje são boas.

Minha cesareana foi feita pela minha própria ginecologista e o marido dela que também é médico obstetra.
Não me lembro do nome do anestesista (vou procurar na papelada em casa), mas também gostei dele pois parecia ser simpático. Enquanto ele estava aplicando a anestesia na minha coluna, já comecei a sentir as pernas formigarem (ai que aflição lembrar disso agora) e não senti nadinha dali pra frente, só a emoção de ver e ouvir meu filhote chorando. Na verdade senti uma "fisgada" na hora em que uma das enfermeiras estava colocando a sonda na minha bexiga. Até hoje não sei o que foi aquilo, já que estava anestesiada e não deveria ter sentido nada...
As enfermeiras foram muito prestativas, me ensinaram a limpar o Pietro, etc. Não tive muito problema quanto à pega na hora de mamar, já que ele mamou meu colostro logo na salinha de pós-cirúrgico, assim que comecei a sentir minhas pernas.
Assim que ele nasceu, o levaram para fazer os procedimentos normais e o colocaram do meu lado, numa espécie de bercinho com rodinhas. Fiquei o tempo todo com ele do meu lado, o que é muito melhor do que se ele ficasse em um berçário.
Não senti dor nos pontos, mas precisei ficar deitada/inclinada na cama do hospital e então puxava o berço-carrinho pra perto de mim e pegava o Pietro no colo pra amamentar.
Só que muito se engana quem pensa que vai dormir na maternidade!
Fiquei 72 horas acordada! E ainda por cima tiveram as visitas (tanto nossas como as da moça que ficou comigo no quarto), então eu não dormi mesmo. Devo ter cochilado em alguns momentos que o Pietro dormiu de madrugada, mas foram poucos cochilos. No último dia eu tive uma crise de nervos e comecei a chorar desesperada quando a enfermeira veio me dar um comprimido!
Estava tão cansada, tão estressada, que qualquer coisa foi motivo para desencadear um choro incontrolável, e ainda bem que a minha mãe estava lá na hora, daí fui me acalmando.
Gostei da comida do hospital. Tinha café da manhã bem cedinho, depois almoço, café da tarde e janta.
Assim que pude, depois do parto, tomei um bom banho. Uma das enfermeiras me ajudou, até secou minhas pernas por eu não poder me abaixar. O detalhe é que ainda hoje tem gente que acha que não pode lavar a cabeça no pós-parto! E eu lavei até a alma!
A enfermeira-chefe veio no quarto e passou um monte de informações sobre higinene dos bebês, cuidados, etc.
O Pietro estava com a glicemia baixa toda vez que as enfermeiras vinham medir. Pra isso, elas dão uma picada de agulha no pézinho do bebê, e me disseram que se a glicemia dele não subisse, a gente não poderia deixar o hospital. Fiquei desesperada, e seguindo o conselho de umas das enfermeiras, só deixava medirem a glicemia dele quando ele tivesse acabado de mamar. E deu certo! A glicemia foi subindo até chegar no nível que eles acham recomendado.
Não me lembro certinho dos horários de visita, mas como fiquei em quarto coletivo, não pude ter nenhum acompanhante durante a noite. Ficamos o Pietro e eu, e a moça do meu lado com o bebê dela. Essas foram as 48 horas mais difíceis da minha vida, pois não podia me levantar muito da cama e estava com meu filho recém-nascido, só contando com a ajuda das enfermeiras e das visitas durante o dia.
Nada é melhor do que nosso lar, nosso cantinho...
E o tempo, que vai fazendo com que a gente amadureça melhor as idéias e aprenda a lidar com os desafios dessa aventura maravilhosa que é ser mãe.