27 de março de 2015

Estabelecer limites x Impôr limites, culpa e afins.

Ontem tive um dia meio estranho, com muitos conflitos com o Pietro.
De quebra, minhas férias estão acabando e não consegui fazer algumas coisas que queria ter feito.
Também fiquei triste em saber que nossa sobrinha está doente. Juntei tudo isso com meus hormônios doidos e fiquei pra baixo, me sentindo #menasmain total.
Daí fiquei pensando em tudo que tenho lido sobre disciplina, tantas técnicas e teorias... E na hora em que vou aplicá-las, me sinto frustrada.
Teoria é muito, mas muito diferente de prática, simplesmente porque o que funciona pra um, pode não funcionar pra outros.
Mas acho importante ter idéias, trocar experiências, já que antigamente parecia que só havia uma maneira de educar filhos: impondo medo.
Criança não tinha vontades próprias, não tinha identidade, gostos e nem podia manifestar nada disso.
Senão apanhava de vara, de palmatória, de cinta, etc.
Funcionava? Claro.
Quem ia ser tonto suficiente para desafiar tudo isso e levar uma tremenda surra?
Daí hoje em dia esses mesmos adultos que tinham MEDO de apanhar dos pais, dizem que sentem orgulho porque assim se tornaram pessoas "de bem".
Mas o que quero comentar nesse post é que não podemos ser extremos. Nem oito e nem 80.
Só fazer o que se fazia há anos atrás também não é nada legal, porque muitas vezes são coisas que passam por cima de nossos instintos de pais, de seres humanos.
Também ficar só na teoria não dá.
Conheço pessoas que estudaram bastante, leram muito e achavam que estavam preparados para serem pais/ mães, só que no dia a dia a coisa é diferente.
Daí vem o sentimento de frustração, de culpa.
Eu nunca tinha planejado ser mãe, assim de verdade.
Achava que seria "a louca dos gatos", mas a vontade de ser mãe veio forte de uma hora pra outra, e embarcamos (eu e meu marido) nessa experiência.

Mas nunca tinha lido nem me preparado pra isso. Só sabia o que eu não queria fazer igual aos meus pais fizeram.
Sempre soube que não queria repetir aquilo que achava errado e ruim.
É lógico que eles não fizeram e nem me ensinaram só coisas ruins e nem foi culpa deles que as informações não eram assim tão acessíveis como são hoje.
Mas tudo que eu tinha quando me tornei mãe - e ainda tenho - é o meu próprio histórico de vida, de infância.
Então eu sempre soube que não queria criar meu filho com agressões físicas; nada de palmadas ou beliscões, ou qualquer coisa parecida.
Mas confesso que já perdi a paciência algumas vezes, e depois me senti um lixo. Tudo aquilo que eu não queria ser.
Também já me peguei dando uns gritos, reclamando de bagunça, de mau comportamento.
E agora o Pietro está entrando numa fase bastante questionadora, precisando de orientação em relação a limites e MUITA paciência!!!
Agora sim eu vejo que ele tenta me testar, não quando ele era apenas um bebê.
Mas daí penso que é bem mais difícil criar filhos hoje em dia. Sabe por quê?
Como falei, antes os pais impunham uma disciplina acima de qualquer coisa. Hoje, a gente procura ouvir mais os filhos e os encaramos como seres de direito. Isso faz toda uma diferença!
Temos que determinar limites sem sermos inquisidores. Conversar, dialogar sem sermos ditadores.
Hoje temos informações a respeito de tudo que uma educação com base na agressão pode causar a longo prazo, ou seja, não podemos dizer que não sabíamos.
Fazer tudo isso e ainda ter que lidar com críticas é o desafio dos pais do século XXI. Porque para pitaqueiros de plantão, NUNCA está bom.
Mesmo que seu filho seja uma criança esperta, amável, sociável e apenas faça criancices, ainda não está perfeito. E nunca vai estar, porque perfeição não existe!
E a gente se cobra demais. Eu, pelo menos, me cobro bastante.
Só espero que lá no futuro meu filho seja uma pessoa "DO bem", e não essas que se dizem "de bem" e são cheias de traumas e rancores...

26 de março de 2015

Ovários Policísticos - O retorno.

Quando eu tinha uns 15 anos, descobri que tinha Síndrome dos Ovários Policíticos (SOP).
Minha mãe me levou ao ginecologista dela, e eu fazia acompanhamento de rotina quando o meu ciclo menstrual deu uma atrapalhada geral.
Fiquei menstruada aos 14 anos e não foi nada demais. Já sabia que hora ou outra isso ia acontecer.
Peguei um absorvente da minha mãe e coloquei na calcinha, depois contei pra ela.
Sempre achei super brega fazer "festa", comemorar o que costumavam chamar de "virar mocinha" haha....
Enfim, achei que era assim mesmo, tudo desregulado e era a época das espinhas (que não terminou até hoje rs) mas depois de fazer um ultrassom o médico me falou sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos, que até hoje não sei de onde veio. Se é hereditária eu não tenho idéia de quem tem, na minha família...
10 Coisas Que Você Precisa Saber Sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos
  • A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP ou PCOS, sigla em inglês) é uma doença endocrinológica caracterizada pelo aumento da produção de hormônios masculinos.
  • Para ser diagnosticada é preciso que a paciente apresente dois ou três sintomas combinados, e que seja excluída outra patologia. Além disso, o médico deve avaliar sua história clínica e realizar o exame físico. Os sintomas da SOP são: aumento do volume ovariano, ausência ou irregularidade da menstruação, ausência de ovulação, aumento de peso, aparecimento de acne, hirsutismo (crescimento de pelos no rosto e outros locais em que a mulher normalmente não tem pelos), queda de cabelo, resistência insulínica (RI) e problemas com a fertilidade;
  • Segundo o Dr. Alexandre Hohl, 1 em cada 15 mulheres em idade reprodutiva tem SOP e a RI atinge de 50 a 70% das mulheres com a Síndrome. E, esta resistência independe do peso corporal da mulher. A literatura mostra a prevalência em torno de 5% a 10% da população feminina em idade fértil;
  • Apesar da SOP ser causa da irregularidade menstrual em 85% das jovens, é um distúrbio que pode se manifestar de diversas formas. Além disso, a SOP está associada com o maior risco para o desenvolvimento de outras doenças como câncer de endométrio (tumor localizado na parede interna do útero), ataque cardíaco e diabetes;
  • O tratamento da SOP deve estar acoplado ao incentivo a uma dieta alimentar e a prática de atividade física, pois, segundo o Dr. Alexandre, “Para se tratar SOP e RI, é fundamental a mudança no estilo de vida. Isso melhora a resistência insulínica, a fertilidade, regula a ovulação e aumenta a sensibilidade à insulina”;
  • Dentre as opções medicamentosas, os anticoncepcionais orais têm sido muito utilizados e são seguros e eficazes em pacientes sem maiores comorbidades metabólicas. Por ser uma síndrome, com vários sintomas, o tratamento deve englobar diversos medicamentos como hipoglicemiantes orais (nos casos de resistência à insulina); estimulantes da menstruação, medicamento para reverter o quadro de infertilidade, cosméticos conta a acne e terapias para o controle do estresse e da ansiedade;
  • Mulheres com SOP apresentam, em geral, valores mais elevados de percentual de gordura, adiposidade central (barriga), testosterona, glicose pós-prandial, insulina basal e pós-prandial, triglicerídeos, colesterol total e LDL colesterol. Além disso, apresentam fatores de risco cardiovasculares mais precocemente do que comparadas as mulheres sem SOP, com mesmo IMC;
  • De acordo com a Diretriz Brasileira sobre a SOP, dieta e exercícios físicos representam o tratamento de primeira linha, melhorando a resistência à insulina e retorno dos ciclos ovulatórios, mesmo na ausência de perda de peso. Com o tratamento medicamentoso adequado, cerca de 50% a 80% das pacientes apresentam ovulação e 40% a 50% engravidam. A fertilização in vitro (FIV) também é indicada nos casos em que a estimulação ovariana foi exagerada, com o objetivo de evitar o cancelamento do ciclo;
  • A perda de peso resultante das mudanças no estilo de vida “favorecerá a queda dos androgênios circulantes, melhorando o perfil lipídico e diminuindo a resistência periférica à insulina; dessa forma, contribuirá para o decréscimo no risco de aterosclerose, diabetes e regularização da função ovulatória. A prescrição de contraceptivos hormonais orais de baixa dose, por sua vez, propiciarão o controle da irregularidade menstrual e redução do risco de câncer endometrial” (Projeto Diretrizes AMB);
  • Apesar de ser comum, a Síndrome dos Ovários Policísticos manifesta-se de diferentes formas nas mulheres e por este motivo seu tratamento deve ser individualizado. Até o momento não foi descoberta a cura para a SOP, entretanto com o controle dos sintomas é possível prevenir os problemas associados. Em casos de suspeita de SOP, procure o seu endocrinologista.
Fomte: http://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-sindrome-dos-ovarios-policisticos/
Aqui tem todos os posts que escrevi até hoje com o tema SOP, e depois de fazer o tratamento com a Metformina pra baixar a glicose e conseguir engravidar do Pietro, os cistos tinham sumido.
Fiz exames depois do Pietro ter nascido e tava tudo OK, limpinho.
Mas recentemente minha pele voltou a ficar oleosa, meu cabelo começou a cair... E tá tudo bagunçado de novo.
Fiz o ultrassom, aquele bem legal de fazer - transvaginal maldito kkk! - e voilá: um dos ovários tá cheio de cistos. O outro tá menos pior :/

Vou marcar retorno na gineco pra levar o exame, mas já me vejo até a menopausa tendo que lidar com isso, já que a SOP não tem cura, só tratamento.
Não quero voltar a tomar o Diane 35 porque parei de ter enxaquecas depois que a Dra. Sandra me falou para tomar o Cerazette e o Metformina, então até receitas de chás e coisas naturais eu tenho procurado.
E a saga continua...


*Lembrando que ninguém deve se auto-medicar nem seguir o mesmo tratamento que tenho feito sem consultar um médico.

20 de março de 2015

Publicidade infantil e a relação com as famílias

A publicidade pode ser muito "do mal" às vezes né? Principalmente com as mães/ pais.
Existem comerciais de produtos alimentícios voltados pra crianças que tentam te fazer se sentir totalmente ‪#‎menasmain‬ se você não der aquilo pro seu filho. E é desse tipo de publicidade que quero falar.
Eles colocam tantas qualidades numa porcaria, que se você não pára pra raciocinar, até acredita.
Frases como: "dê o melhor ao seu filho, compre x" deveriam ser proibidas, até porque são porcarias que NUNCA conseguirão superar a qualidade do que é natural.
O pior é que existem muito mais propagandas para coisas assim, "do mal" (porcarebas industrializadas que causam uma série de doenças a longo prazo), do que para divulgação de coisas realmente boas e importantes na TV.
Um exemplo: fórmulas lácteasxcampanha de aleitamento materno.
Eu nem sei quem o Ministério da Saúde escolheu para fazer o comercial sobre Amamentação desse ano, não devo ter visto nenhuma campanha ainda...


Em compensação, os intervalos são bombardeados de propagandas de fórmulas lácteas que prometem maravilhas.

As fórmulas são importantes? Claro que sim. Porque se a mãe não pôde amamentar por alguma razão, é a fórmula que vai auxiliar na nutrição da criança.
Mas ela não é melhor que o leite materno e nem nunca vai ser, por mais que queiram vender essa idéia.

Então, quem é a menasmain, que é desmerecida o tempo todo em rede nacional e muitas vezes até pelo proprio pediatra? A "fracota" que amamenta, lógico.
E esse é só um exemplo, já que a publicidade explora várias outros "temas" dentro do próprio ramo alimentício mesmo e vai até roupas, calçados, brinquedos, sempre tentando impôr um estilo de vida, um ideal que nem sempre faz parte mesmo da vida das pessoas.

Os documentários Muito Além do Peso e Criança - A alma do negócio mostram bem como age a publicidade voltada ao público infantil.
Recomendo assistí-los e as convido à reflexão!
Afinal de contas podemos ser consumidores sim, mas conscientes e com bom-senso.
Encerro aqui com esse trecho do documentário Muito Além do Peso:

18 de março de 2015

Férias, discussões, Reiki e desabafo.

Tenho compartilhado informações e interagido mais na página do Facebook, já que estou de férias.
O problema é que estávamos em estado de alerta aqui no Estado de SP quanto à seca, e agora que saí de férias não pára de chover. Parece piada!
Tinha planejado levar o Pietro pra conhecer a praia, coisa que ele ainda não fez... Mas chove todos os dias!!
Não consegui nem ir passear no centro da cidade ainda, passar pelas sêbos, devorar os livros...
Mas enfim, ao menos tenho dormido até mais tarde, ficado descabelada pela casa assistindo documentários, palestras, lendo enquanto o Pietro está na escola, e limpando a casa como nunca rs.
Ah, tenho ido à consultas também, inclusive fomos ao dentista e levamos o Pietro pra primeira consulta e limpeza. O coitado vai ter que usar futuramente um aparelho para corrigir a tal "mordida profunda" que no caso dele é hereditário (já que não usou chupeta nem mamadeira) e eu também tenho. Mais informações aqui.
Também fiz um curso e me iniciei em Reiki, foi uma experiência transformadora e muito interessante.

Como iniciada no grau I posso me auto-aplicar a energia do Reiki e também aplicar em plantas e animais. Como temos quatro gatos e duas cachorras em casa, acredito que será muito útil!
Além do mais, essa primeira sintonização trabalha principalmente a auto-cura e isso é excelente pra todo mundo.

No mesmo dia em que me inscrevi no curso de Reiki, tive uma discussão terrível com a minha mãe e o meu irmão. Tudo porque MAIS UMA VEZ ela me pediu dinheiro e jogou na minha cara que cuida do Pietro pra mim.
Eu não deixo minha mãe desamparada, não é isso. Mas contribuo com o que posso.
Meu irmão também contribui com o que ele pode, e como não paga aluguel e nem tem filhos, consegue contribuir mais do que eu. E o que me magoa não é pelo dinheiro, e sim o fato dela me jogar na cara que cuida do meu filho - o único neto.
Ainda não entendi o por que disso tudo ter "explodido" no mesmo período em que voltei de Las Vegas e fui fazer o curso de Reiki. Mas talvez estejam achando que fiquei rica, que estou esbanjando dinheiro, sendo que a viagem foi toda paga pela empresa e eu paguei o curso com meu adiantamento de férias.
Continuo morando em casa alugada, pagando as contas com meu marido e tendo que trabalhar fora como sempre fiz. Passo parte do dia sem ter tempo de qualidade com meu filho, ainda pequeno, para poder trabalhar.
Fico magoada demais com esse tipo de coisa, e já desisti de entender certas atitudes dos meus parentes.
Acreditava que meu irmão fosse meu amigo, mas talvez pela falta de experiência, e por tudo que minha mãe falou na cabeça dele, ele "comprou a briga" dela. Me jogou coisas na cara que nunca tinha jogado antes, como quando a pessoa fica guardando tudo até um dia te cobrar por coisas que aconteceram lá no passado.
O meu pai? Nunca foi muito presente, e agora que mora com a minha avó está mais ausente ainda, com a namorada dele.
Achei que um dia as diferenças entre minha mãe e eu seriam superadas pelas experiências da vida.
Achei que ela me apoiasse por amor a mim e ao neto.
Achei tanta coisa e acabei me iludindo. A verdade é que somos muito diferentes.
Eu sou mãe hoje, mas passei os 24 anos anteriores sendo filha, e um tipo de filha que não corresponde às expectativas que ela tinha.
Enfim... Procuro poupar o Pietro ao máximo dessas discussões, mas tem horas que fica impossível e ele acaba ouvindo uma coisa ou outra :(
Só não quero que ele pense que é a causa dessas discussões, porque não é, nunca foi e nunca será.
Quem me conhece sabe que nunca me dei bem com minha mãe, e não é questão de ser isso ou aquilo. Simplesmente mães/pais são seres humanos normais e às vezes muito diferentes dos filhos, e vice-versa.
A vida não é um comercial de margarina, gente.
Não é porque sou filha e ela é minha mãe, que vamos viver ao som de violinos.

Preciso descansar a mente (afinal de contas estou de férias!), o Reiki mexeu comigo e preciso me concentrar nas energias que vão curar todas essas feridas.
Isso não é falsidade nem demagogia, mas existem momentos em que mais palavras só vão fazer sangrar ainda mais essas feridas.
E o tempo é o melhor remédio, ainda que soe clichê.
Fiquei pensando se deveria expor isso aqui, mas como não tenho nada a esconder e esse blog me serve como um meio de desabafo mesmo, resolvi contar.
As pessoas encontram maneiras de fazer maldade em qualquer situação, independente do que você escreve ou deixa de escrever num blog. Desse tipo de gente eu sinto pena e desejo uma cura profunda, assim como desejo curar feridas da minha alma.
Afinal de contas, quem não as tem?

8 de março de 2015

Dor na alma e o luto pelas crianças que sofrem

Existem dois tipos de covardias nesse nosso mundo terráqueo, que eu tenho verdadeira repugnância: violência (de qualquer tipo) contra crianças e contra animais.
Procuro fazer o máximo que posso para me posicionar contra e mostrar isso às outras pessoas ao meu redor.
Sobre a violência contra animais, por exemplo, adotamos o Vegetarianismo aqui em casa, e eu mais recentemente me tornei adepta ao Veganismo como forma de boicote à indústria da morte de animais. Ou seja, procuramos evitar ao máximo o consumo de qualquer produto feito a partir de sofrimento dos animais. Não vemos somente cachorros e gatos como animais sencientes e dignos de respeito, mas todos os outros também.
Durante esses anos já tivemos que lidar com chacotas e desdém de várias pessoas, perdemos alguns falsos amigos e ganhamos vários outros que têm a mesma visão de respeito, compaixão e responsabilidade para com o ambiente em que vivemos e que viverão nossos descendentes.
Em relação à violência contra crianças, procuramos educar nosso filho de forma que ele seja uma pessoa que respeite as outras, que não recorra à nenhuma atitude violenta pra conseguir alcançar seus objetivos. E tenho esse blog como meio de comunicação e compartilhamento de idéias com outras mães, famílias e afins, assim como a página no Facebook.
E posso dizer que também já tive que enfrentar críticas quando assumi meu interesse por uma educação mais positiva, sem qualquer tipo de violência.
Muita gente AINDA acredita que dar um tapa ou um beliscão na criança não traz nenhuma consequência negativa. Pelo contrário, muitos afirmam que é melhor bater na criança hoje do que ter que "buscá-la na delegacia amanhã".
Já escrevi aqui sobre a lei Menino Bernardo, e inclusive reproduzí estudos atuais no post Sobreviver não é viver sem traumas sobre o que chamo de hipocrisia de muitos adultos que afirmam serem agradecidos por terem apanhado de seus pais. Mas muita gente vai morrer assim, acreditando que tem o direito de agredir uma criança simplesmente porque é responsável pela educação dela e não se esforça para encontrar outras formas não-agressivas de educação.
Porque cresceram na porrada, literalmente!


Então eu acho que em certos momentos, a violência contra animais chamados "pets"(cachorros e gatos), é muito mais combatida do que a violência contra crianças.

Basta comparar a reação das pessoas perante notícias como essas:

Essa segunda notícia é bem recente e acabou com o meu dia quando acidentalmente me deparei com ela, na timeline do Facebook.
Me lembrei do caso Nardoni, e pensei em como a justiça brasileira trata os casos de acordo com a classe econômica das pessoas. Esse menino vai ser esquecido muito mais rapidamente que a menina Isabela, mas ambas as vidas foram brutalmente tiradas por suas próprias famílias.
Daí entramos em questões que, pra mim, são até existenciais: COMO e POR QUÊ uma mãe ou um pai são capazes de fazer esse tipo de coisa. Se existe um deus, como ele permite isso?
Espancar um filho por horas, vê-lo definhar até a morte... Não consigo entender e aceitar isso.
O que resta é tentar espalhar o máximo de informação que puder, pra que os famosos "tapinhas", as "palmadas educativas" deixem de existir  - porque hoje em dia é comprovado que essas medidas são a porta de entrada para um comportamento cada vez mais agressivo.
E logicamente, procurar aplicar a não-violência ao máximo, dentro de casa.
Repetir modelos de criação que já falharam de alguma forma apenas por comodismo, é crueldade e imbecilidade.
Não é fácil procurar educar de outras maneiras. Mas também, ninguém nunca disse que seria fácil, não é mesmo?
E se nós optamos por trazer esses novos seres humanos ao mundo, consequentemente temos a obrigação de fazermos tudo que pudermos pra que eles sejam seres humanos melhores do que nós mesmos.

Estou em luto pelo menino espancado até a morte pela própria mãe, e por todos inocentes que sofrem violência diariamente, sejam eles crianças ou animais de qualquer espécie.
O ser humano PRECISA buscar alternativas não-violentas para viver...

5 de março de 2015

A primeira vez longe de casa - Viagem à Las Vegas

Nunca tinha passado tanto tempo longe do Pietro, do meu marido e da minha casa...
Mas fui chamada para participar de uma conferência do trabalho por uma semana, nos Estados Unidos. Nunca tinha saído do país, e com certeza seria uma oportunidade ótima para desenvolvimento profissional e até pessoal. E foi mesmo!

Fui com um grupo de colegas e minha gerente, e durante o dia ficávamos em conferência e à noite íamos confraternizar com outros membros do projeto de diferentes partes do mundo.
Não tive muito tempo para passear, explorar mais a cidade, mas Las Vegas com certeza é a cidade do entretenimento.
O vôo de São Paulo à Miami é de 8 horas, e depois fizemos escala de Miami para Las Vegas, que são mais 4 ou 5 horas.

Acordávamos cedo e íamos tomar café no hotel da conferência, e depois passávamos o dia vendo palestras, interagindo com as pessoas e participando das exposições e atividades.
À noite íamos para algum restaurante com o pessoal do projeto, e essa parte de networking pra mim foi a mais importante.
Assim, os dias passaram rápido, e houve até um show do Aerosmith para os funcionários da IBM que estavam na conferência.
Quem me conhece há bastante tempo, sabe que sou fã de Steven Tyler e cia. desde novinha. Esse foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida!


Agradeço muito à minha gerente e meus colegas de trabalho por essa oportunidade incrível!

E quanto ao Pietro, aparentemente ficou super bem com meu marido e minha mãe.
Procuramos manter a rotina dele, não fazer muitas coisas diferentes pra que ele não sentisse tanto minha falta.
Porém, um dia depois que cheguei de volta, senti que ele estava bem agressivo.
Não entendi muito bem na hora, mas acredito que tenha sido uma forma dele expressar alguma reação depois dessa experiência de termos ficado longe por uma semana...
Alguns dias se passaram e ele está ficando mais calmo. Espero que logo as coisas voltem ao normal.
Resumidamente essa foi minha experiência incrível em Las Vegas, e a primeira vez que passo um tempo longe de casa.