3 de outubro de 2013

Maternagem ativa - parto e amamentação

Como mãe, tenho me envolvido (lógicamente) com assuntos ligados à maternidade e que são discutidos em grupos nas redes sociais. Através disso, tenho tido contato com mulheres de várias partes do Brasil e algumas informações são alarmantes.
A primeira delas é sobre a questão das vias de parto. Eu, por uma escolha mal-informada, decidi que faria uma cesariana, não encontrando restrições da parte da minha obstetra. Além do mais, como o Brasil é recordista em cesareanas no mundo, não haveria de encontrar mesmo.
Ao mesmo tempo, vejo um número muito grande de mulheres que desejam o parto normal e têm suas expectativas destruídas pelos motivos mais supérfluos possíveis. Ou então chegam a parir, mas sofrem inúmeras intervenções que podem ser consideradas como violência obstétrica!
Onde está nosso direito de ter um acompanhamento saudável e também um parto assim?

Então, para sermos respeitadas e recebermos um atendimento humanizado precisamos pagar, sendo que já estamos pagando nossos impostos (ou vocês acham que o SUS é realmente "de graça")?
Não vou me aprofundar mais nessa questão agora porque primeiramente não me considero (ainda) uma ativista pela humanização do parto. Sou apenas uma mulher que "se tocou" do perigo a que expus meu filho e que tem procurado estar mais informada. Por isso vou colocar aqui um link com as REAIS indicações para se fazer uma cesareana, além da vontade da mulher, sempre consciente dos riscos também para o bebê - riscos de uma cirurgia de grande porte!
 Outra questão alarmante - e nessa me considero uma ativista sim - é a amamentação.
O aleitamento materno é natural (como o parto normal deveria ser), é de graça, é a melhor fonte nutricional e de anticorpos para o desenvolvimento saudável da criança, MAS... Novamente a falta de informação ATÉ dos profissionais de pediatria acaba com o sonho de muitas mulheres. Por isso precisa de divulgação e incentivo.
A medicina moderna a cada dia divulga pesquisas comprovando a eficácia do aleitamento materno, mas mesmo assim tem gente que ainda acha que colostro, rachaduras nos seios, choro do bebê, estética, e mais um monte de coisas sem comprovação científica são motivos para o desmame precoce.
Em nosso país, 40% dos bebês mamam exclusivamente até os 6 meses. A Organização Mundial de Saúde recomenda amamentação exclusiva até os 6 meses, e continuada até os 2 anos ou mais. Porém, a média de amamentação no Brasil é de 51 dias.
Procuro sempre compartilhar aqui e no meu perfil do Facebook as informações acerca dos benefícios da amamentação, então não vou me extender muito nesse post mas vou deixar aqui alguns links importantes:

Contra-indicações do Aleitamento Materno - Manual Unicef
Contra-indicações temporárias:
Existem certas situações em que as mães não devem amamentar os seus bebés, até essas mesmas situações estarem resolvidas; por exemplo, mães com algumas doenças infecciosas como a varicela,
herpes com lesões mamárias, tuberculose não tratada ou ainda quando tenham de efectuar uma medicação imprescindível. Durante este período de tempo, os bebés devem ser alimentados com leite artificial por copo ou colher, e a produção de leite materno deverá ser estimulada.

Contra-indicações definitivas:
As contra-indicações definitivas do aleitamento materno não são muito frequentes, mas existem.
Trata-se de mães com doenças graves, crónicas ou debilitantes, mães infectadas pelo vírus da
imunodeficiência humana (VIH), mães que precisem de tomar medicamentos que são nocivos para os bebés e, ainda, bebés com doenças metabólicas raras como a fenilcetonúria e a galactosemia.



Empoderar-se significa munir-se de informação suficiente para exigir nossos direitos e lutar por melhores condições.

Só assim poderemos fazer a diferença na vida de nossos filhos, e na de outras famílias também.
Ser mãe/ pai ativos é atuar para que hajam melhoras em todos os aspectos.
Agir para criarmos seres humanos mais conscientes e responsáveis, mais amorosos e solidários.