26 de janeiro de 2015

Não diga que meu filho "vai dar trabalho com a mulherada"!

Vira e mexe, desde que meu filho nasceu e abriu os olhinhos azuis me deparo com alguém dizendo, com ar malicioso:
"Seu filho vai dar trabalho com a mulherada, hein! 
Lindo desse jeito, ele vai ter várias namoradas."

Tenho que confessar que esse tipo de comentário me revira o estômago pelo grau de machismo embutido nele. Sério mesmo.

Primeiro, porque demonstra o quanto a sociedade ainda é presa à um padrão de beleza.
Loiro, de olhos azuis é bonito. Moreno, de cabelo cacheado não pode ser bonito também?
Negro? Pardo? Oriental?
Ouço mães comentando que o cabelo do(a) filho(a) é "ruim" porque é encaracolado.
Já vi até criancinha com chapinha no cabelo!
A criança vai crescer, e a aparência pode mudar: meu marido também era loiro com cabelo liso, e hoje tem cabelo enrolado e castanho. O meu era enrolado, e hoje é liso, tingido de preto. E assim por diante.
Todos mudamos muito com o tempo, físicamente.

Me incomoda imaginar que julgando pela aparência, estão "prevendo" um comportamento cafajeste nele.
Perguntam se ele tem namoradinha na escola... Hello! Ele só tem 5 anos!!!
E sabe o quê é pior? Quando ouço esse tipo de comentário vindo de mulheres... Daí é que sinto o quanto repetimos idéias machistas sem nem perceber.
Podem falar: "Ah, mas ele é criança, ainda não entende esse tipo de coisa!"
Hello (de novo)! Criança não é porta! Eles entendem as coisas muito melhor que adultos.
E mesmo que aquela informação não seja processada na hora, sabe-se lá o quê fica no subconsciente do ser humano.
Criança é criança.
Tem que se vestir como criança, tem que ter o direito de se comportar como criança.
Pra todo o resto eles terão uma vida inteira!
E os adultos, tentam envenenar essa inocência a todo custo com seus comentários maliciosos.
São um bando de invejosos e frustrados, isso sim! #ProntoFalei.

22 de janeiro de 2015

Primeira viagem em família(SP) / Angústia da Separação em bebês.


Há alguns finais de semana atrás, tivemos que ir para São Paulo resolver algumas coisas, então decidimos levar o Pietro junto ao invés de deixá-lo com parentes.
Foi a primeira vez que ele viajou com a gente e de ônibus, aos 5 anos.
Antes de sairmos daqui da cidade, expliquei como seria a viagem toda e que ficaríamos em um hotel, para voltarmos para casa no dia seguinte.
Ele ficou tão empolgado por ficar no hotel que só falava nisso rs.
Arrumou a mochila, colocou roupas dentro (que eu tinha separado), uns brinquedos e algumas coisas de comer.
Durante a viagem até SP que é rápida, ele e meu marido deram um cochilo no ônibus.
No hotel ele ficou eufórico querendo brincar o tempo todo. Até que foi vencido pelo cansaço e dormiu.
Não tivemos muito tempo para passear, então só demos uma volta no dia seguinte.
Resolvi o que tinha que resolver e voltamos pra casa, antes de um temporal atingir SP.

Me sinto bem mais tranquila hoje em dia pra encarar uma viagem com ele, do que quando ele era bebê.
É lógico que não precisaria esperar tantos anos assim pra viajarmos juntos, mas nunca pensei em ficar muito tempo afastada dele. Ele mamava bastante e ficava no meu colo quase que tempo integral, então se tivesse que viajar eu o levaria junto com certeza.
Essa experiência me fez lembrar dos textos que li sobre "Angústia da separação", apesar do Pietro não ser mais um bebê.

"Quando o bebê chega aos seis-oito meses de idade, começa a operar a angústia da separação que, geralmente, continua a se manifestar de uma forma ou outra até os cinco anos. Em breve o bebê começa a sentir pânico quando não vê sua mãe. É preciso levar a sério a intensidade dos seus sentimentos. A mãe é o seu mundo, é tudo para o bebê, representa sua segurança."
Leia mais aqui.


Enfim, deu tudo certo e achei bacana registrar essa experiência aqui...
Foi uma experiência nova tanto pra ele, quanto pra gente e planejamos viajar muito mais :-)