25 de maio de 2012

Pais Vegetarianos = Filho...?


Desde o final do ano passado (Dez-2011) decidi adotar de vez uma dieta Ovo-lacto-vegetariana (que não consome nenhum tipo de carne, mas inclui ovos e leite e derivados, como queijo, iogurte etc).

Pra quem não sabe, existem tipos diferentes de Vegetarianismo, e a que eu sigo elimina somente o consumo de carnes de qualquer tipo. Sim, carne branca também é carne, portanto não como.
E posso dizer que é muito gostoso explorar outros sabores. Não sinto falta nenhuma de carnes, até mesmo de peixe, que eliminei por último.
As pessoas têm mania de reparar só no que você está deixando de comer, e não em tudo que você pode experimentar, criar. Parece que só existe carne no mundo, pra comer.
Mas enfim. Estou escrevendo esse post porque como o blog é sobre meu filho e algumas pessoas me perguntam muito se parei de dar carne para ele, eu respondo: o Pietro NÃO parou de comer carne.
O Pietro sempre comeu uma variedade imensa de alimentos. Adora tudo, come de tudo, até mais do que eu. E sinceramente, acho que nem ele notou a ausência da carne em casa, porque ele também come na vovó, quando sai, etc.
Algumas pessoas me perguntam, até com um certo pavor, se estou "privando meu filho de comer carnes", pois de acordo com elas, a proteína da carne é essencial pro crescimento dele, etc.

Minha amigona e xará Carolina Bello, com sua família, são um exemplo de que dá pra viver sem carne sim, e bem. A filha dela, Marina, tem a mesma idade que o Pietro e é uma menina linda e cheia de saúde!

Outra pessoa querida que conheci recentemente e que também é vegetariana, é a Gabriella.
Gabriella é vegetariana desde que nasceu. Segundo ela, quando a mãe era criança viu alguém matando um porco e desde então nunca mais comeu carne. Ela cresceu em uma família vegetariana e acha um absurdo as pessoas dizerem que quem não come carne vive menos ou tem algum tipo de deficiência.
Essas são só algumas, das várias pessoas que conheço e que são vegetarianas.

Não parei de dar carne pro Pietro, porque eu não quis. Não achei necessário, considerando que minha decisão foi pessoal. Vai caber a ele decidir, mas enquanto isso, vai saboreando os pratos que o papai (também vegetariano por escolha própria) faz em casa ;)
 
Links sobre o assunto: Sociedade Brasileira Vegetariana 
 
                                   Vista-se
                                  
                                  Restaurante Vegetalle em Campinas

 

22 de maio de 2012

Revista Veja e a matéria sobre o 1º guia da Sociedade Brasileira de Pediatria- Out2009


Como perdi a revista, resolvi reproduzir abaixo a matéria da Veja de Outubro de 2009, retirada do próprio site. Fui presenteada com essa edição logo após o nascimento do Pietro e o conteúdo dessa matéria é muito interessante. Vale a pena ler! :)
Bebês  - O novo manual de instruções
Papais e mamães, agradeçam aos avanços da pediatria: nunca foi tão simples cuidar das crianças pequenas. Basta estar atento aos sinais que elas nos dão, como mostra o primeiro guia da Sociedade Brasileira de Pediatria
Por Adriana Dias Lopes

Não faz tanto tempo assim, os manuais para pais de bebês tinham uma rigidez que lembrava a das regras disciplinares do Exército: "Dê de mamar de três em três horas", "Se a criança não quer ficar no berço, feche a porta e deixe-a chorar", "Evite ficar com o bebê muito tempo no colo para não mimá-lo demais". Era um tal de faça isso, não faça aquilo, isso pode, aquilo não, que muitos pais se sentiam impotentes para cumprir tantas normas. Para não falar da ansiedade criada com prazos aparentemente inexplicáveis. Um deles: se o meninão ou a princesinha não tirassem a fralda até os 2 anos, podia ser sinal de que alguma coisa estava errada em seu desenvolvimento. Dois anos! Mas, em meio a tantas revoluções, há uma em curso também na pediatria. Não se via nada igual desde o século XIX, quando a saúde da criança foi transformada em especialidade médica. Os avanços nos conhecimentos sobre a fisiologia e a psicologia infantil e os progressos nos exames de imagem permitiram desvendar boa parte do funcionamento do organismo dos pequenos. E as notícias trazidas pela ciência do bebê são animadoras. "Na verdade, cuidar deles é bem mais simples do que se imaginava", diz o pediatra Marcelo Reibscheid, médico do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. Atualmente, as orientações para a primeiríssima infância baseiam-se, em sua maioria, em sinais emitidos pelos principais interessados. É o caso da fralda. Podem estar certos, mamãe e papai, de que em algum momento, até os 4 anos de idade, o fofinho ou a fofinha começarão a dar sinais de que não precisam mais de um bumbum tão forradinho.


Essa nova e mais serena visão sobre a vida não tão complicada (mas nem por isso muito tranquila) dos bebês está esmiuçada no primeiro guia elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, o mais completo já lançado no Brasil. Publicado pela editora Manole, Filhos, da Gravidez aos 2 anos de Idade tem 376 páginas de pura autoajuda. Está tudo ali: como lidar com o choro, regular o uso da chupeta e aliviar as cólicas do seu queridinho, entre outras recomendações. Um dos capítulos mais interessantes refere-se à amamentação. O guia reforça a importância do aleitamento materno, mas vai além, ao não estabelecer horários pétreos. Seus autores concluíram que, como o leite materno é digerido muito rapidamente e como dois bebês não costumam mamar no mesmo ritmo ou com a mesma intensidade, é impossível fixar um intervalo regular entre as mamadas. O que vale agora é a chamada "mamada guiada" - o bebê determina quando e quanto se alimentar, o que o ajuda também a controlar os mecanismos da saciedade. Quer ter uma ideia da mudança que isso significa? Dê uma folheada em A Vida do Bebê, de autoria do pediatra carioca Rinaldo De Lamare, considerado ainda por muitos a bíblia dos cuidados com os filhos pequenos. Lançado pela primeira vez em 1941, o manual está em sua 42ª edição e já ultrapassou 7 milhões de cópias. Sobre amamentação, a cartilha de De Lamare preconiza que o tempo entre uma mamada e outra deveria ficar entre duas e quatro horas. "Mamada guiada": sim, você aí, pingando leite, terá de ficar à disposição, na base do "venha a mim a criancinha".

A partir do momento em que foi possível flagrar o cérebro dos bebês em atividade e acompanhar seu desenvolvimento, os rumos da pediatria mudaram drasticamente. Até o início da década de 80, as orientações dos pediatras aos pais eram feitas, sobretudo, por meio da observação pura e simples do comportamento infantil. As recomendações atuais são mais precisas porque são baseadas em informações comprovadas cientificamente. Cólicas, por exemplo: durante muito tempo, acreditou-se que as cólicas que castigam alguns bebês (e seus pais) nos primeiros três meses de vida eram consequência da má digestão. Disso resultavam receitas de remédios antigases. Pois não é nada disso. As dores abdominais são decorrentes da imaturidade do sistema nervoso central, que ainda não consegue coordenar os movimentos peristálticos do intestino. Ou seja, as cólicas são fruto das contrações irregulares da parede intestinal do bebê. Aos 31 anos, a nutricionista Andréa Santa Rosa tem três filhos - Felipe, de 10 meses; Nina, de 4 anos, e Pedro, de 6. As três crianças tiveram cólicas. Apesar da aflição pelo sofrimento que as dores acarretavam nos coitadinhos, Andréa nunca se desesperou. "O fato de eu saber que meus filhos tinham esse desconforto porque o sistema digestivo deles ainda não funcionava adequadamente me deixava menos ansiosa", diz ela.

A alimentação dos bebês é outro capítulo em que ocorreram mudanças extraordinárias. Foi constatado que, como o sistema imunológico dos pequenos só amadurece por volta dos 2 anos, crianças com até essa idade são mais suscetíveis a alergias. Por isso, ao contrário do que se pregava antes, o leite de vaca deve ser evitado a todo custo, ao menos durante o primeiro ano de vida. E não adianta diluí-lo em água, de forma a torná-lo mais palatável ao bebê. Tal hábito está formalmente condenado pela Academia Americana de Pediatria desde o início dos anos 2000. Explica-se: o leite de vaca (diluído ou não) é riquíssimo em proteínas que o organismo dos bebês não está preparado para processar em quantidades elevadas. Quando as moléculas dessas proteínas caem na corrente sanguínea sem que tenham sido digeridas adequadamente, as células de defesa ainda imaturas do bebê podem identificá-las como agentes agressores e partir para o ataque. Resultado: pode aparecer um quadro de alergia alimentar. A descoberta de como o organismo reage ao leite em seus primeiros anos de vida propiciou o aperfeiçoamento das fórmulas infantis. Além das proteínas modificadas do leite de vaca, as versões mais modernas, lançadas no início dos anos 2000, contêm probióticos, as bactérias do bem que ajudam a regularizar o ritmo dos intestinos e reforçam o sistema imunológico.

Ao assoprar as velinhas de seu segundo aniversário, a criança terá somado cerca de 130 bilhões de neurônios. É a etapa em que o ser humano mais desenvolve células nervosas. Sem as experiências dos primeiros anos de vida, no entanto, eles são um livro praticamente em branco. "Os neurônios precisam de estímulos para que formem conexões fortes e amplas", diz o pediatra Fernando Fernandes, da Universidade Federal de São Paulo. De acordo com os estudos do economista americano James Heckman, ganhador do Prêmio Nobel de 2000, quanto antes uma criança for estimulada, maior será a chance de ela se tornar um adulto bem-sucedido - com mais recursos cognitivos e emocionais para enfrentar a vida. Por estímulos, entenda-se desde o hábito de contar histórias até ouvir música e brincar com ela. Numa de suas pesquisas, Heckman demonstrou que uma criança de 8 anos que tenha tido sua memória estimulada aos 3, por meio de jogos, domina cerca de 12.000 palavras - o triplo de uma criança da mesma idade que não tenha recebido o mesmo incentivo. Um trabalho conduzido na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, revelou que os bebês que passam a maior parte de seu primeiro ano de vida no berço, sem muito contato físico com seus familiares, não se desenvolvem normalmente. Eles demoram a sentar e a andar. Ou seja, agrados e carinhos ajudam a fortalecer as conexões entre os neurônios, sobretudo aqueles responsáveis pelo equilíbrio e pela locomoção.

Estímulos em excesso, no entanto, podem fazer mal. Uma criança que é forçada a começar a escrever antes dos 5 anos tende a apresentar problemas de aprendizado. Um dos mais comuns é a troca do "p" pelo "b". Até que ponto se deve exercitar um bebê? Voltemos aos preceitos da novíssima pediatria moderna: é ele que dará os sinais se papai e mamãe estão exagerando. "O interesse da criança é o melhor indicador da qualidade e da quantidade do estímulo oferecido", diz o neuropediatra José Salomão Schwartzman. Se o garotinho de 3 anos demonstra interesse em aprender a escrever o próprio nome, mas se recusa a se aventurar em outras palavras, os pais não devem forçá-lo. Ele está simplesmente dando a entender que não está maduro o suficiente para ir além. Em meados do século passado, o pediatra e psicanalista inglês Donald Winnicott (1896-1971), um dos pioneiros em ressaltar a importância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento emocional do ser humano, costumava dizer que "a maternidade se configura pela capacidade inata de segurar um bebê". Ao que os especialistas de hoje acrescentariam: e de observá-lo. E de respeitá-lo. Não se sinta excluído: isso também vale para você, papai.

A escolha do Pediatra

Ao longo desses 3 anos, até mesmo antes do Pietro nascer, tenho ouvido inúmeros conselhos e sugestões de como cuidar do meu filho. Inclusive na hora de escolher o(a) pediatra.
Uma coisa é fato: você que vai ser mãe pela primeira vez, vai ouvir MUITA coisa.
Na maioria das vezes são sugestões e conselhos de pessoas com boas intenções e vontade de ajudar. Mas também tem aqueles que amam palpitar sobre a vida alheia. Assistem Supernanny ou lêem algum livro do Içami Tiba e pronto: já se acham altamente qualificados para educar crianças - no caso, os filhos dos outros.
A verdade é que a gente precisa saber "filtrar" essas informações mesmo que venham de pessoas muito bem intencionadas. Veja bem, não estou dizendo que não se deve ouvir conselho nenhum. Ao contrário, a gente precisa de uma "luz" afinal sentimos a responsabilidade de pôr um ser humano no mundo e ficamos sem saber o que fazer, como agir, o que é certo ou errado, faz mal, etc.

Filtrar as informações é pesquisar a respeito e agir de acordo com o que seu instinto de mãe diz. Sim, essa coisa do instinto é real. Ás vezes estamos à beira de fazer alguma coisa levada por uma idéia de outra pessoa, aí vem aquela "vozinha" lá no fundo que diz: "é melhor não!" e a gente muda de idéia. Essa tal voz é o instinto, sexto sentido de mãe ou seja lá como for classificado, mas existe.
Portanto, na hora de escolher um pediatra ou de ouvir conselhos sobre a criação de seu filho, aprendi que temos que analisar.
Muitas pessoas dizem: "Ah, mas tal pediatra é super experiente!" ou então: "se ele falou, quem sou eu pra discordar?!"
Ora, você é a mãe!
Tirando a parte mais técnica que envolve o diagnóstico e tratamento de doenças, por exemplo (afinal anos de estudos em Medicina também não são à toa e respeito muito todos os profissionais), cada criança é de um jeito e nas questões comportamentais podem até existir padrões pré-estabelecidos por estudiosos mas somos todos passíveis de variações.
Li uma reportagem na revista Veja, em Outubro de 2009, sobre o lançamento do Manual da Sociedade Brasileira de Pediatria e novas constatações dos médicos. Para se ter uma idéia, há anos atrás os estudos tinham sido baseados por meio da observação pura e simples do comportamento infantil. Só então quando foi possível flagrar o cérebro dos bebês em atividade e acompanhar seu desenvolvimento, é que os rumos da pediatria mudaram drasticamente.
O que eu quero dizer é: confie no profissional de sua escolha, mas também é bom se informar, abrir a mente para as informações e principalmente, seguir o instinto materno.
P.S.: Muitos pais também desenvolvem esse instinto ;)

21 de maio de 2012

Quem é o Dr.Sears?

Hoje saiu a edição da revista TIME, que comentei no post "Qual a idade certa para parar de amamentar?" . Essa edição marca o vigésimo aniversário de uma teoria, propagada pelo Dr.Sears (ou Bill Sears como é conhecido), chamada de “attachment parenting” ou "criação com apego". Segundo essa teoria, crianças precisam formar laços emocionais fortes com as mães, e esses laços terão consequências positivas no futuro. O “attachment parenting” encoraja as mães a amamentar as crianças por anos, a dividir a mesma cama com os filhos na hora de dormir e diminuir o máximo de tempo que a mãe passa longe do filho. "Qual a idade certa para parar de amamentar?" . Essa edição marca o vigésimo aniversário de uma teoria, propagada pelo Dr. Sears (ou Bill Sears como é conhecido), chamada de "attachment parenting" ou "criação com apego". Segundo essa teoria, crianças precisam formar laços emocionais fortes com as mães, e esses laços terão consequências positivas no futuro. O "attachment parenting" encoraja as mães a amamentar as crianças por anos, a dividir a mesma cama com os filhos na hora de dormir e diminuir o máximo de tempo que a mãe passa longe do filho.



William Sears Penton (nascido em 09 dezembro de 1939) é um pediatra americano e autor ou co-autor de mais de 30 livros sobre filhos. É um convidado freqüente em talkshows de televisão. Ele e sua esposa Martha Sears estão entre os principais defensores da filosofia "attachment parenting".
Sears e sua esposa Martha têm oito filhos, um dos quais (Stephen) tem Síndrome de Down. Três das crianças também se tornaram médicos, Jim (o mais velho), Bob (segundo mais velho), e Peter. Um quarto filho, Matt, está atualmente a estudar medicina na UC Irvine.
Sears fez residência no Hospital Infantil de Boston no Hospital for Sick Children, em Toronto. Ele é Professor Associado da Clínica de Pediatria da Universidade da Califórnia, Irvine, School of Medicine.
De acordo com seu site, em 1997, Sears passou por uma cirurgia importante para câncer de cólon, seguida de radioterapia e quimioterapia.
Desde 2009 ele vive com sua família em San Clemente, Califórnia, e trabalhando com atendimentos particulares (Sears Famíliy Pediatrics), em Capistrano Beach, Califórnia, com seus filhos. (Traduzido e adaptado de Wikipedia - em Inglês)


O quê é Attachment Parenting?
 


O "attachment parenting" (criação com apego), é uma expressão usada pelo pediatra americano William Sears, uma filosofia baseada nos princípios da teoria do apego em psicologia do desenvolvimento. De acordo com a teoria do apego, uma forte ligação emocional com os pais durante a infância, também conhecida como apego seguro, é um precursor de relacionamentos seguros e empáticos na idade adulta.
A Teoria do Apego, originalmente proposta por John Bowlby, afirma que a criança tem uma tendência a buscar proximidade com uma pessoa e se sentir segura quando essa pessoa está presente. Em comparação, Sigmund Freud propôs que o apego era uma conseqüência da necessidade de satisfazer desejos ocultos. Na Teoria do Apego, o apego é considerado um sistema biológico e as crianças são naturalmente ligadas aos seus pais porque eles são seres sociais, não apenas porque eles precisam de outras pessoas para satisfazer seus desejos. O apego é uma parte normal e saudável do desenvolvimento infantil.

Oito princípios da Criação com Apego:O Attachment Parenting International (API), partidária da Criação com Apego do Dr. Sears, tenta promover um vínculo seguro com os filhos através de oito princípios que são identificados como metas a serem cumpridas pelos pais. Estes oito princípios são:
1- Preparação para a gravidez, o nascimento e a mater-paternagem.
2- Alimentação com amor e respeito.
3- Responder sempre com sensibilidade.
4- Praticar a Criaçao baseada no Apego.
5- Incluir esa criação também durante as noites.
6- Fornecer carinho constante.
7- Praticar a disciplina positiva.
8- Esforçar-se para o equilíbrio na vida pessoal e familiar.

Esses valores são interpretados de várias formas ao longo do movimento. Alguns pais relacionados com a Criação com Apego também optam por viver uma vida familiar natural, como o parto natural, nascimento domiciliar, criação em casa, homeschooling, movimento anti-circuncisão, liberdade de vacinação, saúde natural, movimentos cooperativos e consumo de alimentos orgânicos, etc.
No entanto, Dr. Sears não requer que os pais sigam estritamente regras definidas, mas encoraja os pais a serem criativos na resposta às necessidades dos seus filhos. A Criação com Apego, fora do modelo do Dr. Sears, centra-se nas respostas que respaldam vínculos seguros.

Disciplina:
A Criação com Apego procura entender as necessidades biológicas e psicológicas das crianças e evitar expectativas não realistas sobre o comportamento da criança. Ao estabelecer limites que sejam apropriados para a idade da criança, a Criação com Apego leva em conta todas as etapas físicas e psicológicas do desenvolvimento que a criança está experimentando. Desta forma, os pais podem tentar evitar a frustração que ocorre quando eles esperam coisas que as crianças não podem fazer ainda.
Dr. Sears adverte que enquanto a criança é pequena, é mentalmente incapaz de qualquer manipulação. Sears diz que durante o primeiro ano de vida, as necessidades e desejos de uma criança são uma mesma coisa.

Domingo sem graça e sem palhaço

Há algumas semanas atrás, anunciaram que haveria um evento para as crianças da região, com brincadeiras e a atração principal seria um show com a dupla Patati e Patatá.
Você pode pensar: mas é lógico que isso não era verdade, até parece que os caras originais iriam pra um bairro de pobre. Ok. Mas o que eu estava esperando era uma dupla falseta se passando por eles. Porém, estamos falando de crianças. Sonhos de crianças (coisa que muito adulto já deixou de ter).
Chegamos lá por volta das 14h30- eu, meu marido, minha mãe e o Pietro, ansiosíssimo pra ver o tal show, assim como todas as outras crianças que estavam lá desde as 14h.
Haviam muitas crianças e entre elas, crianças de cadeiras de rodas, crianças de colo, maiores, etc.
Eu já estava estressada de ficar no meio da multidão e disse para o Pietro para irmos à casa da minha mãe, esperar lá o show, pois dava pra ouvir da casa dela tudo que se anunciava ao microfone. Inclusive o homem lá falava toda hora que a dupla Patati Patatá estava chegando, aumentando ainda mais a ansiedade das crianças.
Enfim, fomos à casa da minha mãe e ficamos por lá, tentando ouvir o que era anunciado no show. Tomamos café da tarde e o Pietro ficou brincando com o vovô.
De repente ouvimos alguém gritando no microfone. Era por volta das 18h e alguém estava xingando. Até que anunciaram que a dupla não viria mais.
Inventaram uma desculpa, e simplesmente não teve nem um showzinho "falseta" pras crianças.
Deu pra ouvir a revolta de lá, e aos poucos foram todos embora.
O Pietro, sem entender nada ficou pedindo pra eu levá-lo lá pra ver o show. Daí tive que explicar para ele que não se tratava da dupla original, e que eles tinham cancelado o show.
A minha sorte é que ele logo se distraiu, apesar da expressão de desapontamento no rostinho dele. Mas fiquei pensando em todas aquelas crianças, que esperaram debaixo de sol por horas e não viram nada.
Mandei um e-mail no site original do Patati e Patatá do Sbt contando o ocorrido. Não sei se vão ler mas para mim isso só serviu pra ver do que o ser humano é capaz. Iludir e enganar crianças para conseguir dinheiro (tudo que tinha lá de comer e beber era caro) e ganhar votos (a festa tinha o apoio de um vereador da cidade de Campinas). Enquanto a humanidade agir assim, ficaremos vivendo nesse mundo podre e materialista em que já estamos.

19 de maio de 2012

Qual a idade "certa" para parar de amamentar?

Na semana passada saiu uma matéria muito interessante sobre a nova edição da revista TIME, publicada no site IG, sobre qual seria a idade certa para o desmame. Veja a matéria no link  Revista americana causa polêmica ao retratar mãe amamentando filho de 3 anos.
Acredito que a melhor hora pro desmame seja aquela em que mãe e filho já não fazem mais questão, quando a criança já não se alimenta exclusivamente do leite materno, e o mais importante: QUANDO SE TRATA DE UMA DECISÃO MATERNA CONSCIENTE, em acordo com a criança, e não imposta pela sociedade ( muitos ainda dizem que "criança grande mamando é feio").

DESMAME – DECISÃO MATERNA CONSCIENTE OU INFLUÊNCIA DA SOCIEDADE?

E sobre isso recomendo outra matéria interessantíssima do site Aleitamento.com escrito pela Dra. Soraia Drago Menconi - Pediatra e Neonatologista, que alerta para vários pontos da questão do desmame. Vale a pena conferir!

11 de maio de 2012

Emprego novo, rotina nova.

Depois de vários anos trabalhando em um ritmo louco de aulas de Inglês à noite e aos sábados de manhã, finalmente estou trabalhando no tal chamado "horário comercial".
Não foi fácil durante a minha gravidez e mesmo depois dela, chegar em casa tarde da noite depois de um dia inteiro dando aulas.
Tinha só a parte da manhã pra ficar com o Pietro, e os fins de semana eram curtos, já que também trabalhava de sábado.
Sei muito bem que não vou ter condições de ficar muito tempo com meu filho durante a semana, mas pelo menos vou poder jantar mais cedo com ele, ir pra cama mais cedo com ele também (quando não tiver que estudar pra faculdade)e nossos finais de semana vão ser Sábado + Domingo.
Nos dias de hoje, o fato é que poucas mulheres conseguem ficar em casa, sem trabalhar ou estudar. Poucas mesmo!
Não só pela necessidade de ter recursos financeiros para assegurar uma qualidade de vida razoável para os filhos, mas também pela satisfação pessoal de ter uma carreira boa e estruturada.
Eu poderia ter continuado como professora de Inglês, mas não é novidade pra ninguém que os professores em nosso país são muito mal-remunerados.
E se já é assim com os professores, imagine com os músicos, como meu marido, que geralmente são vistos como vagabundos, etc.
Meu marido é músico e trabalha MUITO. Mas preciso ajudá-lo nas despesas (aluguel, carro, contas, compras...). Por isso me vi em uma situação onde ficaria estagnada na mesma posição, ganhando sempre a mesma coisa e sem nenhuma perspectiva de crescimento.
Não encontrei a solução para todos os meus problemas financeiros nesse novo emprego. Nem vou ganhar rios de dinheiro.
Mas se for pra eu ficar longe do meu filho por algumas horas, que seja por um bom motivo.
Agora só nos resta acostumar com a nova rotina e torcer pra que dê tudo certo.

Pelo menos o que puder fazer, eu farei. Sempre pensando na minha maior inspiração: minha família, pois eles precisam de mim.