4 de maio de 2015

Filhotinho de gato, e a primeira vez em que vi o Pietro ficar realmente triste

Na noite do feriado de 1 de Maio (sexta), estávamos chegando em casa e quando saímos do carro vimos que havia um filhotinho de gato, todo cinza, na garagem.
Não sabíamos como ele tinha aparecido ali, então fui logo avisando ao Pietro que provavelmente ele teria dono, e que deveriam estar procurando pelo gatinho.
Mas o Pietro, como a maioria das crianças, AMA animais e logo foi se apegando ao bichano.
Demos comida, água, limpamos o pêlo dele e ele passou a noite quietinho.

No sábado, o gatinho brincou um pouco na janela de casa, que é telada. Então, acho que algum dos meninos daqui da rua o viu, e contou pra vizinha que ele estava com a gente.
Primeiro veio a senhora, avó do menino que adotou o gato, dizendo que ele estava desesperado procurando pelo gato que tinha sumido. Fiquei com dó do menino, mas também me preocupei com o gatinho que estava solto na rua, e poderia ter sido atropelado.
Falei pra ela que quando meu marido chegasse a gente iria devolvê-lo, mas falei pra eles cuidarem melhor.
Depois de uns 10 minutos, a filha dessa senhora bateu em casa e já veio gritando, dizendo que tinha feito denúncia contra a gente porque estávamos ROUBANDO o gato!

Foi o maior bate-boca, eu da janela e ela gritando no meu portão.
Quem me conhece, sabe que ODEIO barraco, nunca faço isso e fico super mal depois...
Mas fiquei com um aperto no coração de ver o Pietro correndo pra se esconder e não ter que devolver o gatinho... Mesmo assim, tive que ir atrás dele, peguei o gato e devolvi pra vizinha barraqueira.
Ele chorou tanto, brigou comigo porque devolvi o gatinho. Meu coração se partiu em milhares de cacos, naquela hora.
Fui explicando pra ele que tive que fazer aquilo, senão deus sabe o que aquela doida poderia fazer contra nós. Não tive medo da tal denúncia, porque abandono sim é crime e ela não teria como provar que eu roubei o gato.
Mas gente que tem cara de pau de vir gritar e fazer escândalo na porta dos outros, pode fazer muito mais.
Bem, nosso sábado acabou por aí. Estragou.
Pietro dormiu comigo na cama, e não conseguíamos descansar de jeito nenhum.
Acordamos várias vezes durante a madrugada, foi péssimo.
No domingo de manhã (ontem) ele acordou pálido, dizendo que estava com calafrios. Medi a temperatura e estava um pouquinho quente, mas não chegava a ser uma febre mesmo.

Falei pro meu marido que precisávamos distraí-lo, então fomos passear.
Usei um "recurso de consumismo" para alegrá-lo, que pode não ser o ideal mas acho que foi o melhor que pude fazer naquele momento; o levei em várias lojas de brinquedos no shopping e o deixei escolher um brinquedo com uma faixa de preço que estipulei.
Passeamos, comemos, vimos pessoas, nos distraímos... E assim foi nosso domingo.
Tive que ouvir que eu deveria ter entregue o gato sem discutir...
Também disseram que eu não deveria ter entegue, e que a mulher chamasse a polícia...
Mas fiz o que achei que tinha que fazer, pensando no meu filho e no gatinho, que nada tinham a ver com todo o descaso e confusão.
Passamos por momentos estressantes, mas a vida é assim mesmo. E cada dia novo, é uma nova oportunidade pra gente se recuperar.
O importante é ele saber que nós sempre estaremos aqui, para apoiá-lo.

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