Assisti esse comercial e apesar de achar interessante, fiquei com uma sensação de que tinha algo me incomodando sobre ele, apesar dos milhares de comentários parabenizando a marca de fórmulas infantis pela peça publicitária.
Depois de ler esse texto no site Mama is comic, resolvi traduzi-lo, já que a autora conseguiu expressar exatamente o que eu senti mas não conseguia definir muito bem.
Já abordei esse tema do acolhimento, empatia x disputa e busca pelo status de perfeição algumas vezes aqui no blog. Então, compartilho com vocês essa opinião traduzida e gostaria de saber o que vocês acham :-)
"A Similac produziu um novo vídeo sobre os perigos das "guerras de mães" e sobre como devemos nos unir e parar com as nossas disputas.
Eu postei o vídeo na minha página mama.is.comic porque, ironicamente, no dia em que o anúncio foi filmado, eu estava no parque, sentada em uma toalha de piquenique. Havia outra mãe / autora que escreveu um livro sobre Attachment Parenting (Criação com Apego) lá também.
A ironia colocou este anúncio no meu radar, Que coincidência, não?
Quando eu estava começando, grávida, 18 anos atrás, eu aprendi tudo o que eu precisava saber através de conselhos não solicitados de estranhos. Comprei livros sobre gravidez e parto e eles eram péssimos, me ditavam regras a seguir. Foi então que uma mãe que trabalhava comigo sugeriu que eu contratasse uma parteira; eu nunca tinha ouvido falar de tal coisa, só historicamente.
Foi em um grupo de mães que me contaram que tinham tido partos domiciliares. Foi um grupo de mães que me disse que a minha idéia sobre "amamentar por três meses", era um ótimo ponto de partida, mas que talvez eu deveria dar-me o direito de continuar.
E, finalmente, foi em uma reunião da La Leche League que eu encontrei soluções para as milhares de coisas que não pareciam estar funcionando sobre o aleitamento materno.
Eu encontrei estas novas informações através de uma ideia arcaica, o "apoio de mãe para mãe", e foi incrível.
O conselho dado não tinha a intenção de soar como julgamento, e talvez o fundamento mais importante era de usar a minha percepção.
O "apoio de mãe para mãe" criou uma dinâmica que construiu todo o crescimento da amamentação de que todas nos benefíciamos atualmente. Ele é extremamente poderoso.As chamadas "guerras de mães" não existiam. E muito provavelmente a primeira linha de batalha foi elaborada por uma mãe mais crítica, ou por uma mãe que erroneamente se sentiu julgada.
As corporações lucram por atiçar o fogo. Elas fazem até o impossível, desde voltarem-se para "ajudar" as mulheres com suas informações forjadas sobre amamentação, e um pesar hipócrita se você tiver dificuldade de amamentar.
O apoio-mãe-à-mãe não existe mais, a não ser quando uma mãe pede, e você percebe que ela realmente quer saber algo, e então responde cuidadosamente, e pede desculpas profundamente por quaisquer enganos.
Mas por quê ela perguntaria, quando acredita que haverá um julgamento?Agora Similac quer nos dizer que as guerras de mães são tolas e que devemos apenas pensar nas crianças e parar. Melhor ainda, concordar em discordar.
Esta solução é ainda mais do mesmo, divisionista e controladora. Faz-lhes ganhar dinheiro se todas ficarem brigando e não ajudarem umas às outras.
Essas grandes empresas lucram, se nós concordamos que somos todas igualmente bobas e não temos qualquer ajuda a dar.Ainda assim não é o apoio-mãe-à-mãe em toda a sua glória. Não devemos concordar em discordar, como se todas as coisas fossem iguais. Todas as ações não são iguais. E cada um de nós ainda tem coisas para aprender.Nós mães somos pessoas incríveis que cuidam. Nós damos à luz e amamentamos os nossos pequenos, e na maioria das vezes aprendemos com o processo.
É um processo difícil, mas o apoio de mãe para mãe pode ser transformador.Então, por favor, não comprem a idéia de que as guerras de mães existem, não julguem ou sintam-se julgadas e voila! tudo isso se acaba.
E pelo contrário, por favor, não concordem em discordar, ou não ajudar, ou não passar sua sabedoria adiante. Essa não é a nossa forma de crescer e aprender.
Em vez disso, peça ajuda, procure aconselhamento, ofereça apoio e talvez apenas talvez nós podemos começar a ter nosso poder de volta.
Fonte original, em Inglês no site Mama is comic
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