31 de maio de 2015

Decisão por não batizar e o respeito à individualidade

Quando o Pietro nasceu, houve interesse de nossos parentes (tantos meus quantos do meu marido) em saber se o batizaríamos, como a tradição católica manda.
Já contei no post O encontro com o Sagrado e a Maternidade que fui batizada na igreja católica e fiz primeira-comunhão.
Me lembro de que os ensinamentos que recebi lá não condiziam com quase nada do que realmente sempre acreditei e senti. Um deles, é essa visão que a religião tem de que o batismo serviria para "purificar" uma criança que nasce do "pecado original".
Não consigo aceitar a idéia de que sexo seja pecado, já que a natureza (ou Deus, seja qual for o nome) fez tudo tão perfeito. Apesar disso, respeito quem acredita e segue o catolicismo ou qualquer outra religião, assim como quem não tem crença alguma.
Conforme fui crescendo e pude começar a fazer escolhas sobre a minha própria espiritualidade, foi ficando cada vez mais evidente que aquele não era o caminho espiritual que queria traçar.
E então conheci o Espiritismo através de livros, depois o Paganismo e essa busca por conhecimentos diversificados é o que realmente me faz bem.
Não acho que seria justo batizar meu filho nem na igreja católica e em nenhuma outra religião que ele não tenha escolhido. Não acho que seria justo com ele, porque acredito que deve haver respeito pela individualidade do ser humano que ele é.
E, se um dia ele decidir que quer ser católico, evangélico, espírita (como o pai dele), umbandista, ateu, etc, que seja escolha dele.
Não acredito que somente através de alguma religião é que podemos ensinar "o bem", e o que é certo. Mas como aqui em casa não somos ateus, sempre mencionamos uma força superior que pode ser chamada de Deus, Deusa, espíritos de luz, o universo...
E sempre procuramos mostrá-lo a importância do respeito à Natureza. Porque ela é nossa casa, e é através dela que recebemos tudo que é necessário para viver em harmonia.
Muitas coisas em que eu e meu marido acreditamos acabam sendo transmitidas à ele, mas sem imposição.
Acho que a palavra é essa mesmo, imposição. E eu tenho aversão à tudo que é imposto, custe o que custar, acima de qualquer respeito.

P.S.: O Pietro acredita em Deus, só que pelo menos no momento, se refere à ele como Krishna.
Nunca fomos adeptos da espiritualidade Hindu, nem nada relacionado. Mas desde que fizemos a viagem àquela fazenda Hare Krishna, ele tem falado muito sobre Krishna e tem pedido para voltar lá.
Já chegou a dizer que qiando crescer vai querer morar lá, mas quem sabe, tudo pode mudar.
Independentemente, estaremos aqui para respeitá-lo e apoiá-lo :-)
Imagem da animação Little Krishna

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