20 de outubro de 2014

Herrar é umano - Pedir ajuda não te enfraquece, te fortalece!

Quando comecei a participar de grupos sobre maternidade no Orkut, pude conhecer pessoas muito interessantes que fazem parte da minha vida ainda hoje.
Aprendi muitas coisas, e recebi muitas orientações que me ajudaram (e ainda ajudam bastante) a entender melhor essa aventura doida de ser mãe.
Porque o fato é que SIM, precisamos de ajuda! No momento em que você se vê com um ser humano pequeno e frágil no colo, todo indefeso, é que a gente sente um baita peso da responsabilidade nos dois ombros.
Tem horas que a gente se sente completamente perdida em meio a palpites de familiares, vizinhos, colegas de trabalho, os cachorros na rua, etc. E ainda por cima tem a pressão da sociedade para que você faça tudo perfeitamente.
Existe isso? Alguém que seja perfeit@? Não, né.
Além de toda pressão que as mulheres sofrem da sociedade, a maioria ainda sofre com a ausência do pai do bebê. (Mas isso é assunto para outro post, hoje vou falar específicamente sobre nós, mães.)

O problema desses grupos online de mães hoje em dia, é que tudo que você posta tem a tendência de ser interpretado como ofensa/julgamento.
Alguém vai lá, faz uma pergunta, e se você responde algo diferente do que ela esperava, pronto: tá sendo radical.
Eu não ligo, mas gostaria realmente que isso parasse! Já falei aqui sobre como é importante o compartilhamento de informações, a união entre as mulheres, o acolhimento... Mas não tem como acolher quem não quer ser acolhida. É contraditório demais pra mim rs.
E acolhimento não significa concordar com tudo. Não é assim que aprendemos, que nos empoderamos de informações, que nos fortalecemos.
Ser conivente com tudo é abandonar @ outr@ à sombra da ignorância e da dúvida. 
Virar as costas e deixar "que se lasque". É mais fácil "lavar as mãos", do que comprar briga...
Sabe aquela coisa do "cada um sabe o que é melhor pro próprio filho"? E como vamos saber o que é melhor, se não formos apresentadas a outras opções, outras alternativas?
Como vamos nos sentir mais confiantes de que estamos fazendo o melhor?

Tive a oportunidade de observar um exemplo recente, onde uma mãe comentou que tinha feito introdução alimentar com a bebê dela de 4 meses oferecendo petit suisse, o famoso danoninho.
Ela foi orientada então, a ler esse artigo importantíssimo e atual sobre os petit suisse Tudo que você queria saber (ou não) sobre os Petit suisse e também que a introdução alimentar deveria ter sido iniciada aos 6 meses, como a Organização Mundial de Saúde recomenda... Adivinha qual foi a reação dessa pessoa?
Sejamos honestas: ninguém curte ser julgada por qualquer coisa, mas essa síndrome de julgamento tem que acabar! E não, não havia sequer um tom de julgamento no que estava sendo dito.
Com essa discussão me lembrei de algo que aconteceu com o Pietro, quando ele tinha 1 ano e 9 meses e eu ainda não era Vegana.
Como sempre achei "normal" ver outras crianças consumindo esses petit suisse, assim como eu mesma e meu irmão comemos bastante, resolvi dar pro Pietro.
Eis o resultado: Pietro e o episódio do danoninho 
Até então eu não sabia que eles são recomendados pra consumo a partir dos 4 anos, segundo o próprio fabricante (é só olhar no site da Danone). Depois disso, nunca mais ofereci, pois concluí que os malefícios seriam muito maiores que os benefícios na saúde dele.
Então, acredito que seria MUITO mais positivo se ao invés de nos sentirmos "julgadas", fôssemos atrás de informações.
Que houvesse muito mais interesse e união, do que briguinhas e mania de perseguição.
Sabe, não consigo ser omissa em nada na vida. Não conseguiria ver algo e não fazer nada a respeito, nem que seja dar um toque educadamente pra pessoa.
Acho que todxs temos direito à fazer escolhas, e se mesmo assim a pessoa insistir em seguir por um caminho "diferente", ao menos ela teve a chance de conhecer outras alternativas.
Informar é compartilhar alternativas.
Mas o "buraco" é mais embaixo, e enquanto algumas pessoas conseguem entender o que está sendo dito, outras colocam o ego em primeiro lugar.
Talvez seja mesmo devido essa pressão da sociedade pra que tudo saia perfeito, pra que a mãe não erre. Algumas acabam pirando com isso, literalmente...
Herrar é umano!!!
E eu erro pra cacete. Só assim é que eu aprendo.
(e "No more" danoninho).

Um comentário:

  1. Sabe carol, um dos motivos que "desmotivou" a continuar o blog foi o julgamento das pessoas, gente(tipo gente da mesma família) que nem comentava, mas qdo me encontrava pessoalmente dava pitacos....
    As mães deveriam se unir, pois ser mãe requer muita força, não é fácil e nem nunca vai ser, mas como diz o velho ditado: a união faz a força!
    bjss Lindo seu Pietro! Bjss

    Bárbara Pata
    Família Pata
    babidorafa.blogspot.com

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