8 de dezembro de 2015

Louca dos gatos e a maternidade

Eu deveria estar dormindo, afinal de contas passa da meia-noite e sou a única da casa (fora as cachorras, que vez em quando latem ao perceberem algum movimento na rua) que está acordada aqui em casa.
Mas tenho tido um pouco de insônia, junto à azia que me queima a garganta... A natureza é tão perfeita, que no fundo acho que essa é uma maneira dela assegurar que a mãe, prenhe, vai defender seu ninho no meio da madrugada. Sem falar nas várias vezes que preciso ir ao banheiro para fazer xixi... Ainda bem que não tenho medo de me encontrar com uma assombração no corredor rs.

Meu aniversário está chegando, e esse vai ser meu primeiro ano com dois filhos. Um fora da barriga e uma dentro. Doido isso.
Fico pensando em como a maternidade me fez evoluir como ser humano, e em quanto ainda tenho para evoluir...
Aproveitei bastante meus momentos de idas à shows de rock, festas góticas, dormi em cemitério, bebi bastante vinho barato e destilados... Beijei muito, conheci todo tipo de gente, praticamente. E nunca desejei estar casada com filhos. Isso sim é doido!
Sempre via outras garotas sonhando em casarem na igreja, serem mães...
Eu já me imaginava morando com uns 50 gatos (o animalzinho felino mesmo), a "louca dos gatos".
Achava que casar era bobagem e que jamais lavaria cuecas de marido ( nem cogitei o uso da tecnologia e a máquina de lavar né. Brincadeira, é ele quem lava :p)
Mas eu aproveitei a solteirice, até que chegou em um ponto em que a coisa ficou sem graça. Ainda mais depois de superar um baque, uma época de depressão" braba" e ter conseguido sair do fundo do poço.
Bom, e agora...? A vida não pode ser só isso!
Daí conheci meu marido... E daí pra frente dá pra saber, lendo esse blog.
E o mais doido de tudo é que a quase-louca dos gatos não engravidou por acidente.
Eu quis ser mãe. Uma, duas vezes.
Nas duas vezes eu desejei, planejei. Sabe por quê?
Porque ser mãe é bom pra cacete!!!
É nascer de novo, se descobrir e se reinventar todo santo dia.

E hoje, vendo pessoas que continuaram naquele mesmo ritmo em que eu estava há uns 8 anos atrás, tenho a certeza do quanto essas experiências foram e têm sido transformadoras na minha vida: casar e ter filhos sem expectativas nem ilusões.
Sem achar que tudo seria um mar de rosas, uma fantasia.
Apenas aprendendo e quebrando a cara todos os dias, e amando tudo isso.
A verdade é que cada um escreve sua própria história. E a minha tem personagens maravilhosos: a minha própria família.
Aqui a gente se entende, se desentende, chora, ri, erra, pede desculpas... Passa por dificuldades financeiras, fica doente, cuida um do outro... A casa fica uma verdadeira zona durante a semana! É correria, então preferimos passar o pouco tempo que dá juntos, e deixar a faxina pra depois.
É isso. Nenhuma família é perfeita, mas é bom demais e faz tudo valer a pena.

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