29 de junho de 2015

Alergia ao leite de vaca x Intolerância à lactose

Nunca tinha falado sobre a Alergia ao leite de vaca e a Intolerância à lactose aqui no blog, porque o Pietro nunca deu sinais de nenhuma das duas situações. Mas percebi que sabia muito pouco sobre elas e tenho visto um número cada vez maior de relatos em grupos de maternidade.
Sendo assim, fiz uma pequena pesquisa a respeito e compartilho com vocês as informações que achei mais úteis.
Em primeiro lugar, vale ressaltar mais uma vez a importância do Aleitamento materno.
Ele (além de ser de graça e natural) protege a criança contra infecção respiratória e otites, além de diminuir o risco de alergia à proteína do leite de vaca, de dermatite atópica e de outros tipos de alergias, incluindo asma e sibilos recorrentes.
Porém, existem casos em que o bebê é descoberto com Alergia à proteína do leite de vaca (APLV) mesmo sendo amamentado exclusivamente com leite materno. Nesses casos, o recomendado é que se mantenha a amamentação, e que a mãe faça uma dieta restrita, retirando leite e derivados de seu cardápio.
No caso das crianças que não são amamentadas ao peito, o leite deverá ser substituído por uma fórmula especial. Existem várias no mercado, mas o profissional que acompanha a criança é quem deve indicar a mais apropriada.

E qual a diferença entre a Alergia e a Intolerância?
(Quadro reproduzido a partir do site http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br)



APLV Intolerância à Lactose
O que é Reação do sistema imunológico à(s) proteína(s) do leite de vaca Dificuldade do organismo em digerir e absorver o açúcar do leite (lactose) devido à diminuição ou ausência de lactase (enzima que digere a lactose).
Em que idade é mais comum? Muito mais comum em crianças, especialmente em bebês. Adultos raramente têm alergia à proteína do leite de vaca. É mais comum em adultos e idosos do que em crianças. Também pode ser uma consequência, às vezes temporária, em casos de diarreia prolongada ou doenças inflamatórias intestinais.
Quais os sinais e sintomas? Um ou mais dos seguintes sintomas: digestivos (vômitos, cólicas, diarreia, dor abdominal, prisão de ventre, presença de sangue nas fezes, refluxo, etc.), cutâneos (urticária, dermatite atópica de moderada a grave), respiratórios (asma, chiado no peito e rinite), reação anafilática, baixo ganho de peso e crescimento. Podem ocorrer em minutos, horas ou dias após a ingestão de leite de vaca ou derivados, de forma persistente ou repetitiva. Apenas intestinais: Diarreia, cólicas, gases, distensão abdominal (barriga estufada). Podem ocorrer em minutos ou horas após a ingestão do leite de vaca.
Como é feito o diagnóstico? Pelo médico. Inicia-se pela história clínica, associando os sintomas à ingestão do alimento suspeito. Alguns exames podem ajudar, mas o diagnóstico é confirmado apenas quando há remissão dos sintomas durante a dieta isenta das proteínas do leite e retorno após o Teste de Provocação Oral. Esse teste consiste em reintroduzir o leite em pequenas e progressivas doses e deve ser realizado na presença do médico. Pelo médico, por meio da observação dos sintomas associado à ingestão do alimento com lactose. Em alguns casos são solicitados exames específicos.
A mãe pode continuar amamentando o filho no peito? SIM, e DEVE. Neste caso, a mãe que amamenta deve seguir uma dieta especial isenta de leite, derivados e alimentos que possuem as proteínas do leite, sempre sob a orientação de um médico e/ou nutricionista. SIM. O leite materno deve ser sempre o principal alimento oferecido ao bebê. É muito raro ocorrer intolerância à lactose durante o aleitamento materno, pois apesar do leite materno ser rico em lactose ele possui agentes facilitadores que auxiliam sua digestão.
Se o bebê não estiver mais mamando no peito, é preciso que ele siga alguma dieta especial? SIM. É necessário retirar o leite de vaca e seus derivados da dieta, além de todos os alimentos preparados com as proteínas do leite. ATENÇÃO aos alimentos industrializados, que podem conter leite ou ingredientes derivados (como, por exemplo, caseína, caseinato, soro do leite ou proteínas do soro). SIM, mas o tratamento da IL é dose-dependente, ou seja, o aparecimento dos sintomas depende da quantidade de lactose ingerida. Não é necessário fazer a exclusão total de leite e derivados na dieta, apenas definir quanto o indivíduo consegue tolerar. Algumas pessoas conseguem consumir derivados de leite sem apresentar sintomas, uma vez que eles possuem menos lactose que o leite.
Bebês não amamentados precisam de algum leite ou fórmula especial? SIM, O médico e/ou nutricionista irão indicar a fórmula mais adequada de acordo com a idade e o tipo de reação que a criança apresenta (veja o material comparativo entre as fórmulas no site). ATENÇÃO – leite de cabra ou de outros mamíferos (ovelha, búfala) não são indicados para APLV, pois suas proteínas são semelhantes às do leite de vaca e podem causar as mesmas reações na criança. SIM. Crianças de 0 a 2 anos podem utilizar fórmulas especiais isentas de lactose. Acima de 2 anos os produtos com baixo teor de lactose são bem tolerados.


  
 É importante observar que ambos os casos devem ser diagnosticados pelo médico, através de exames clínicos.
Para mais informações, consulte um especialista. 

Leitura recomendada:

Aleitamento materno e Veganismo: Fazendo a conexão


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