Quando a gente está solteira(o), come qualquer coisa na rua mesmo e pronto, o que for mais "prático" numa rotina de trabalho e estudos. Se morar com os pais, é mais prático ainda.
Mas tem uma hora em que precisamos seguir um rumo na vida.
Geralmente as pessoas saem de casa, algumas se casam e têm filhos - não necessariamente nessa mesma ordem - e essas mudanças requerem novas adaptações.
Todo mundo sabe (pelo menos deveria saber) que a vida depois dos filhos, muda.
Mudanças em certos aspectos da rotina, de hábitos diários, mesmo. Desde a hora de dormir, até locais que passamos a frequentar, outros que deixamos de frequentar, amizades que se findam e outras novas que surgem.
Mas uma coisa muito interessante que aconteceu com a gente aqui em casa foi a mudança de hábitos alimentares.
Eu, por exemplo, nunca comia feijão quando morava com meus pais. Água, pra mim, era o mesmo que coca-cola. Devorava pacotes de bolachas recheadas de uma vez só.
Meu marido também não comia muito bem. Me lembro de uma vez em que ele almoçou coxinha com toddynho!
Quando a gente começou a morar juntos, as coisas começaram a mudar.
Fui aprendendo a cozinhar algumas coisas, e como ele gostava muito de feijão, eu aprendi a fazer e passei a comer também.
Com o tempo fomos aprendendo a preparar alguns pratos em casa, mas ainda comíamos bastante fora de casa.
Na gravidez do Pietro me senti na obrigação de me alimentar melhor, então eliminei alguns hábitos antigos e passei a me preocupar mais com isso.
Depois que o Pietro nasceu, e quando começou a introdução alimentar, foi o auge da mudança de hábitos alimentares em casa.
Até cheguei a comprar algumas vezes aquelas papinhas industrializadas na intenção de facilitar as coisas para a minha mãe, que ficava com ele. Mas como aquele treco é horrível, além de nada nutritivo, fomos fazendo comida caseira e a minha mãe só tinha que esquentar a marmitinha.
Pietro foi aprendendo a comer todo tipo de legumes, verduras e frutas. Ele comia carnes também, já que na época não éramos vegetarianos.
O refrigerante nós conseguimos evitar até 2 anos. Se fosse hoje em dia, teríamos adiado por mais tempo, pois não queria que ele ficasse viciado como eu.
Ah, falando em refrigerante, meu marido conseguiu me ajudar a diminuir bastante o consumo substituindo por sucos de frutas.
Quando o Pietro tinha 2 anos, meu marido e eu decidimos nos tornar Vegetarianos (já contei aqui como foi essa decisão).
Para o Pietro não estranhar tanto, fomos deixando de fazer carnes pra ele aos poucos até chegar um ponto em que não fazíamos mais em casa. Ele comia carne na casa da minha mãe e dos parentes.
Um ano depois, ele decidiu ser Vegetariano também, e até hoje não demonstrou vontade de comer algum tipo de carne, mesmo tendo que comer pão com manteiga na escola quando o cardápio era pão com carne...
Então, especialmente depois que nos tornamos uma família Vegetariana, passamos a adicionar uma variedade cada vez maior de grãos, legumes, verduras e frutas em casa.
Não dá pra dizer que somos "naturezas", porque de final de semana as vezes comemos lanches, pizza, um pouco de refrigerante... Mas cozinhamos todos os dias.
Meu marido descobriu o gosto pela cozinha e faz as receitas que pega na internet, então todos os dias descascamos cebola e alho, colocamos algum tipo de grão pra cozinhar, fazemos saladas, refogados...
Nessa gravidez cortei refrigerantes e café, principalmente por causa da azia. E tenho comido arroz integral, alternando com o branco que eu tanto gosto.
Aprendi a gostar de muitas coisas que antes odiava, e meu marido também. É claro que o Pietro gosta de doces, frituras e afins. Mas ele não pode se alimentar só desse tipo de coisa.
O fato é que se quisermos que nossos filhos tenham bons hábitos alimentares e uma saúde melhor que a nossa, precisamos dar o exemplo, não é mesmo?
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