26 de março de 2015

Ovários Policísticos - O retorno.

Quando eu tinha uns 15 anos, descobri que tinha Síndrome dos Ovários Policíticos (SOP).
Minha mãe me levou ao ginecologista dela, e eu fazia acompanhamento de rotina quando o meu ciclo menstrual deu uma atrapalhada geral.
Fiquei menstruada aos 14 anos e não foi nada demais. Já sabia que hora ou outra isso ia acontecer.
Peguei um absorvente da minha mãe e coloquei na calcinha, depois contei pra ela.
Sempre achei super brega fazer "festa", comemorar o que costumavam chamar de "virar mocinha" haha....
Enfim, achei que era assim mesmo, tudo desregulado e era a época das espinhas (que não terminou até hoje rs) mas depois de fazer um ultrassom o médico me falou sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos, que até hoje não sei de onde veio. Se é hereditária eu não tenho idéia de quem tem, na minha família...
10 Coisas Que Você Precisa Saber Sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos
  • A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP ou PCOS, sigla em inglês) é uma doença endocrinológica caracterizada pelo aumento da produção de hormônios masculinos.
  • Para ser diagnosticada é preciso que a paciente apresente dois ou três sintomas combinados, e que seja excluída outra patologia. Além disso, o médico deve avaliar sua história clínica e realizar o exame físico. Os sintomas da SOP são: aumento do volume ovariano, ausência ou irregularidade da menstruação, ausência de ovulação, aumento de peso, aparecimento de acne, hirsutismo (crescimento de pelos no rosto e outros locais em que a mulher normalmente não tem pelos), queda de cabelo, resistência insulínica (RI) e problemas com a fertilidade;
  • Segundo o Dr. Alexandre Hohl, 1 em cada 15 mulheres em idade reprodutiva tem SOP e a RI atinge de 50 a 70% das mulheres com a Síndrome. E, esta resistência independe do peso corporal da mulher. A literatura mostra a prevalência em torno de 5% a 10% da população feminina em idade fértil;
  • Apesar da SOP ser causa da irregularidade menstrual em 85% das jovens, é um distúrbio que pode se manifestar de diversas formas. Além disso, a SOP está associada com o maior risco para o desenvolvimento de outras doenças como câncer de endométrio (tumor localizado na parede interna do útero), ataque cardíaco e diabetes;
  • O tratamento da SOP deve estar acoplado ao incentivo a uma dieta alimentar e a prática de atividade física, pois, segundo o Dr. Alexandre, “Para se tratar SOP e RI, é fundamental a mudança no estilo de vida. Isso melhora a resistência insulínica, a fertilidade, regula a ovulação e aumenta a sensibilidade à insulina”;
  • Dentre as opções medicamentosas, os anticoncepcionais orais têm sido muito utilizados e são seguros e eficazes em pacientes sem maiores comorbidades metabólicas. Por ser uma síndrome, com vários sintomas, o tratamento deve englobar diversos medicamentos como hipoglicemiantes orais (nos casos de resistência à insulina); estimulantes da menstruação, medicamento para reverter o quadro de infertilidade, cosméticos conta a acne e terapias para o controle do estresse e da ansiedade;
  • Mulheres com SOP apresentam, em geral, valores mais elevados de percentual de gordura, adiposidade central (barriga), testosterona, glicose pós-prandial, insulina basal e pós-prandial, triglicerídeos, colesterol total e LDL colesterol. Além disso, apresentam fatores de risco cardiovasculares mais precocemente do que comparadas as mulheres sem SOP, com mesmo IMC;
  • De acordo com a Diretriz Brasileira sobre a SOP, dieta e exercícios físicos representam o tratamento de primeira linha, melhorando a resistência à insulina e retorno dos ciclos ovulatórios, mesmo na ausência de perda de peso. Com o tratamento medicamentoso adequado, cerca de 50% a 80% das pacientes apresentam ovulação e 40% a 50% engravidam. A fertilização in vitro (FIV) também é indicada nos casos em que a estimulação ovariana foi exagerada, com o objetivo de evitar o cancelamento do ciclo;
  • A perda de peso resultante das mudanças no estilo de vida “favorecerá a queda dos androgênios circulantes, melhorando o perfil lipídico e diminuindo a resistência periférica à insulina; dessa forma, contribuirá para o decréscimo no risco de aterosclerose, diabetes e regularização da função ovulatória. A prescrição de contraceptivos hormonais orais de baixa dose, por sua vez, propiciarão o controle da irregularidade menstrual e redução do risco de câncer endometrial” (Projeto Diretrizes AMB);
  • Apesar de ser comum, a Síndrome dos Ovários Policísticos manifesta-se de diferentes formas nas mulheres e por este motivo seu tratamento deve ser individualizado. Até o momento não foi descoberta a cura para a SOP, entretanto com o controle dos sintomas é possível prevenir os problemas associados. Em casos de suspeita de SOP, procure o seu endocrinologista.
Fomte: http://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-sindrome-dos-ovarios-policisticos/
Aqui tem todos os posts que escrevi até hoje com o tema SOP, e depois de fazer o tratamento com a Metformina pra baixar a glicose e conseguir engravidar do Pietro, os cistos tinham sumido.
Fiz exames depois do Pietro ter nascido e tava tudo OK, limpinho.
Mas recentemente minha pele voltou a ficar oleosa, meu cabelo começou a cair... E tá tudo bagunçado de novo.
Fiz o ultrassom, aquele bem legal de fazer - transvaginal maldito kkk! - e voilá: um dos ovários tá cheio de cistos. O outro tá menos pior :/

Vou marcar retorno na gineco pra levar o exame, mas já me vejo até a menopausa tendo que lidar com isso, já que a SOP não tem cura, só tratamento.
Não quero voltar a tomar o Diane 35 porque parei de ter enxaquecas depois que a Dra. Sandra me falou para tomar o Cerazette e o Metformina, então até receitas de chás e coisas naturais eu tenho procurado.
E a saga continua...


*Lembrando que ninguém deve se auto-medicar nem seguir o mesmo tratamento que tenho feito sem consultar um médico.

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