De quebra, minhas férias estão acabando e não consegui fazer algumas coisas que queria ter feito.
Também fiquei triste em saber que nossa sobrinha está doente. Juntei tudo isso com meus hormônios doidos e fiquei pra baixo, me sentindo #menasmain total.
Daí fiquei pensando em tudo que tenho lido sobre disciplina, tantas técnicas e teorias... E na hora em que vou aplicá-las, me sinto frustrada.
Teoria é muito, mas muito diferente de prática, simplesmente porque o que funciona pra um, pode não funcionar pra outros.
Mas acho importante ter idéias, trocar experiências, já que antigamente parecia que só havia uma maneira de educar filhos: impondo medo.
Criança não tinha vontades próprias, não tinha identidade, gostos e nem podia manifestar nada disso.
Senão apanhava de vara, de palmatória, de cinta, etc.
Funcionava? Claro.
Quem ia ser tonto suficiente para desafiar tudo isso e levar uma tremenda surra?
Daí hoje em dia esses mesmos adultos que tinham MEDO de apanhar dos pais, dizem que sentem orgulho porque assim se tornaram pessoas "de bem".
Mas o que quero comentar nesse post é que não podemos ser extremos. Nem oito e nem 80.
Só fazer o que se fazia há anos atrás também não é nada legal, porque muitas vezes são coisas que passam por cima de nossos instintos de pais, de seres humanos.
Também ficar só na teoria não dá.
Conheço pessoas que estudaram bastante, leram muito e achavam que estavam preparados para serem pais/ mães, só que no dia a dia a coisa é diferente.
Daí vem o sentimento de frustração, de culpa.
Eu nunca tinha planejado ser mãe, assim de verdade.
Achava que seria "a louca dos gatos", mas a vontade de ser mãe veio forte de uma hora pra outra, e embarcamos (eu e meu marido) nessa experiência.
Sempre soube que não queria repetir aquilo que achava errado e ruim.
É lógico que eles não fizeram e nem me ensinaram só coisas ruins e nem foi culpa deles que as informações não eram assim tão acessíveis como são hoje.
Mas tudo que eu tinha quando me tornei mãe - e ainda tenho - é o meu próprio histórico de vida, de infância.
Então eu sempre soube que não queria criar meu filho com agressões físicas; nada de palmadas ou beliscões, ou qualquer coisa parecida.
Mas confesso que já perdi a paciência algumas vezes, e depois me senti um lixo. Tudo aquilo que eu não queria ser.
Também já me peguei dando uns gritos, reclamando de bagunça, de mau comportamento.
E agora o Pietro está entrando numa fase bastante questionadora, precisando de orientação em relação a limites e MUITA paciência!!!
Agora sim eu vejo que ele tenta me testar, não quando ele era apenas um bebê.
Mas daí penso que é bem mais difícil criar filhos hoje em dia. Sabe por quê?
Como falei, antes os pais impunham uma disciplina acima de qualquer coisa. Hoje, a gente procura ouvir mais os filhos e os encaramos como seres de direito. Isso faz toda uma diferença!
Temos que determinar limites sem sermos inquisidores. Conversar, dialogar sem sermos ditadores.
Hoje temos informações a respeito de tudo que uma educação com base na agressão pode causar a longo prazo, ou seja, não podemos dizer que não sabíamos.
Fazer tudo isso e ainda ter que lidar com críticas é o desafio dos pais do século XXI. Porque para pitaqueiros de plantão, NUNCA está bom.
Mesmo que seu filho seja uma criança esperta, amável, sociável e apenas faça criancices, ainda não está perfeito. E nunca vai estar, porque perfeição não existe!
E a gente se cobra demais. Eu, pelo menos, me cobro bastante.
Só espero que lá no futuro meu filho seja uma pessoa "DO bem", e não essas que se dizem "de bem" e são cheias de traumas e rancores...