4 de agosto de 2013

Semana Mundial do Aleitamento Materno 2013 e o meu relato

Começou hoje, dia 1/08/2013, em 170 países, a Semana Mundial do Aleitamento Materno.
No Brasil, o Ministério da Saúde lançou uma campanha para incentivar o aleitamento até os 2 anos de idade, e o envolvimento de toda a família. E o tema desse ano é "aconselhamento".
Mas qual a importância disso?
O leite materno salva vidas, pois é insubstituível em nutrientes para os bebês. E além de alimento, também é aconchego. 
O tema desse ano da SMAM tem tudo a ver com minha experiência de mãe mamífera. Se não fossem os conselhos que recebi do Grupo Virtual de Amamentação (quando ainda era no Orkut) e minha intuição de mãe, aliada ao apoio do meu marido, não teria tido sucesso no maior investimento na saúde do meu filho: a amamentação.
Meu filho nasceu de uma cesárea eletiva, e assim como sobre muitas outras coisas, não tinha informação alguma sobre amamentação. 
No final da gravidez comecei a notar colostro vazando dos meus seios. Acordava com a camisola um pouco molhada, mas nem imaginava como seria amamentar e ainda mais com peitos tão pequenos rsrs.
Logo após o nascimento, colocaram o Pietro ao meu lado na sala de pós-operatório, e comecei a entrar em desespero ao vê-lo sugando as mãozinhas, como se estivesse com fome.
A enfermeira me disse que assim que a anestesia começasse a passar, e quando eu conseguisse mexer minhas pernas, poderia então amamentá-lo.
Pra quem não sabe, a sensação da anestesia da cesareana é como se você tivesse ficado paraplégica. Bem perturbadora. E esses minutos pareciam durar séculos, até que finalmente consegui mexer o dedão do pé e avisei a enfermeira, pois queria amamentar.
Vieram duas enfermeiras me ajudar a colocar o Pietro no peito. Uma apertou bastante meu seio pra ver se saía colostro (aff como doeu) e a outra o colocou na posição. E assim, ele saiu sugando.
Confesso que foi a sensação mais estranha que já tive na vida, pelo menos até hoje. Mas com o tempo fui me acostumando.
Não tive problemas com rachaduras, só um pouco de sensibilidade na pele, afinal de contas meu organismo estava se adaptando.
No hospital fiquei com o Pietro no colo praticamente o tempo todo, porque as enfermeiras começaram a medir a glicemia dele e disseram que estava baixa. Se não aumentasse, teríamos que passar mais um dia no hospital. Desesperada, fiquei com ele no peito quase que as 72 horas inteiras.
Chegando em casa, sem descansar e muito menos dormir, continuei com ele no colo. Ainda bem que tinha meu marido pra me ajudar, e bem que ele tentou fazer o Pietro dormir várias vezes para eu poder descansar, mas o Pietro só pegava no sono quando estava no meu peito.
Depois de alguns dias quase caindo desmaiada de sono durante a madrugada, resolvi amamentar deitada. Santa cama compartilhada!
Me contaram várias "histórias de terror" sobre os perigos da cama compartilhada, mas meu marido e eu sempre tomamos muito cuidado. Além disso, logo que o Pietro completou 4 meses, tive que voltar a trabalhar. Portanto ia tirando minhas dúvidas e trocando experiências com outras mães do grupo no Orkut e com minha amiga Carol, que teve a filha alguns meses antes do Pietro nascer.
Nunca tivemos problemas em relação ao crescimento dele. Assim que saiu da maternidade ganhou peso rápido, apesar de ter nascido bem miúdinho. Em alguns momentos tivemos um pouco de insegurança pra saber se ele estava dentro da curva de crescimento normal, mas era pura insegurança de pais de primeira viagem.
O único "problema" maior era que ele tinha muita necessidade de ficar no meu colo. Hoje eu entendo muito melhor, mas quando você acabou de ter um filho e está cheia de incertezas misturadas ao cansaço e falta de informação útil, pode acabar cedendo e fazer coisas que não queria realmente fazer.  Por exemplo, eu não queria dar chupeta pro Pietro. Principalmente porque o uso da chupeta não trouxe coisas positivas pra mim. Mas acabamos achando que seria uma solução para a necessidade de sucção dele, e oferecemos. A sorte é que ele não gostou da chupeta, e a cuspiu.
Também chegamos a oferecer leite artificial por recomendação de "terceiros" (aquele papo de que talvez o leite materno não estivesse sustentando) e nessa época eu já estava participando do GVA, e já tinha uma noção de que aquilo poderia prejudicar a amamentação. E mais uma vez, o Pietro (mesmo tão novinho, recém-chegado ao mundo) já sabia o que queria: a mamãe.
Até hoje, com quase quatro anos, o Pietro não gosta de leite de vaca. Nunca pegou chupeta.
Exigiu muito colo sim, muito peito e aconchego. Tive que aprender a deixar a casa para arrumar depois, meu marido aprendeu a cozinhar. E eu também aprendi a confiar mais nos meus instintos e deixar conselhos de lado (mesmo de pessoas que se dizem muito experientes).
Meu filho é uma criança saudável, que nunca teve nenhuma infecção de qualquer tipo. É um menino amoroso, que se sente seguro comigo e com o pai. E é muito esperto.
Pietro mamou até os 2 anos e 3 meses, e posso dizer que valeu muito a pena.
Se eu puder dar um conselho para as mães que querem amamentar, digo que não é fácil como nos contos de fada. Precisa ter muita paciência e insistir bastante. Mas vale MUITO a pena.
E posso dizer com certeza que não existe leite fraco, peito pequeno também não é obstáculo, e dá pra amamentar sim depois de uma cesárea eletiva.
A cada dia surge uma novidade, mas a amamentação com certeza foi um grande investimento na saúde da pessoa mais importante para mim. 





22 de julho de 2013

Xixi com "pó"?

Há alguns dias atrás meu marido veio me dizer que viu algo estranho saindo da urina do Pietro, mas não me preocupei muito porque o comportamento dele estava normal e em nenhum momento reclamou de dor. Só notei que ele tem urinado com mais frequência.
Nessa última madrugada, ele fez xixi na cama e falei pra ir terminar de fazer no banheiro. Meu marido se levantou e foi com ele ao banheiro. Quando a urina estava terminando de sair, meu marido viu sair uma espécie de pó, ou areia bem fininha e branca do pipi do Pietro e me chamou pra ver.
Confesso que nunca vi algo assim na vida: um pouco desse pózinho ficou parado na beira do vaso sanitário, então pude ver e até coloquei o dedo, eram cristais muito fininhos.
Quem disse que eu consegui dormir daí em diante? Jamais.
Eram 3 horas da manhã e eu liguei o computador para pesquisar o que seria aquilo, e achei de tudo um pouco. Fiquei mais desesperada ainda!
Assim que amanheceu liguei para o pediatra dele, que não está na cidade mas me falou para levá-lo ao pronto-socorro se notasse alguma mudança de coportamento no Pietro. Meu marido e eu o levamos mesmo assim, e lá no hospital foi feito um exame de urina.
O resultado não apontou nenhuma alteração, está tudo normal.
O pediatra de plantão me disse que já viu alguns casos como esse, e até com pó de coloração preta saindo pela urina, e que não era nada(!).
Disse que pode ser alguma alteração no organismo simples, ou alguma coisa relacionada a alimentação...
Descartou a possibilidade de cálculo renal, porque a urina apresentaria sangue se esse fosse o caso. Recomendou que ele tome bastante água mas disse para ficarmos tranquilos pois o exame estava perfeito.
Estou contando isso aqui porque NUNCA tinha visto isso antes. Foi um baita susto, e estou observando atentamente. Daqui alguns dias ele tem consulta marcada com o pediatra, e se for o caso vamos avaliar a necessidade de se fazer outros exames...
Estranho, mas fica a dica.

*****Atualização: o pediatra do Pietro disse que pode ter sido uma leve infecção urinária ou simplesmente falta de beber líquidos. Não chegamos a um diagnóstico mais preciso porque logo tudo se normalizou no dia seguinte. A recomendação é sempre consultar um profissional de saúde.*****

19 de julho de 2013

Tristeza Pós-Parto: Pode ser o tal "baby blues"


Me lembro que assim que o Pietro nasceu comecei a me sentir um pouco deprimida. Temendo que fosse se transformar em algo sério, como a Depressão Pós-Parto, perguntei à minha ginecologista o que poderia ser.
Ela me disse que se fosse DPP eu nem teria vontade de olhar pro meu filho, e esse não era meu caso realmente. Era só uma melancolia que ficava pior principalmente à noite. Uma sensação de já ter cumprido com o "dever", e agora? Me sentia cansada, não conseguia dormir, não sabia se ia dar conta de tudo!
Colocar uma vida nesse planeta não é algo muito tranquilo de se fazer, não rs. Meu Deus e agora?!
Era o tal baby blues (tristeza da puérpera, que é hormonal e normal), e com o tempo essa tal tristeza foi passando.
Encontrei mais algumas informações sobre o baby blues, que nunca tinha ouvido falar e acabei descobrindo que é muito mais comum do que imaginei.
Conclusão: assim como muitas coisas na vida, isso passa!

E os hormônios? Eles são grandes vilões! Passaram por uma revolução durante a gravidez e outra revolução hormonal ocorre também após o nascimento, e muitas vezes eles continuam desregulados por um bom tempo. É natural a mãe se sentir cansada, um pouco triste, perdida, com um pouco de angústia, vontade de chorar, etc. É a fase baby blues, que segundo as pesquisas atinge cerca de 50 a 80% das mulheres no pós-parto, que tende a desaparecer de forma espontânea. Mas quando essa mudança de humor se prolonga por mais tempo, aí pode se caracterizar uma depressão pós-parto. Fonte: Portal Educação

Sentimentos como tristeza, angústia, irritabilidade e aumento de sensibilidade são sintomas de tristeza pós-parto ou baby blues e devem desaparecer naturalmente em até 15 dias após o nascimento do bebê. Porém se os sintomas persistirem por mais tempo e se intensificarem pode tratar-se do início de um quadro de depressão pós-parto. remédios emagrecer
Baby blues e Depressão Pós-Parto - Grupo Vínculo Campinas-SP

Sentimentos como tristeza, angústia, irritabilidade e aumento de sensibilidade são sintomas de tristeza pós-parto ou baby blues e devem desaparecer naturalmente em até 15 dias após o nascimento do bebê. Porém se os sintomas persistirem por mais tempo e se intensificarem pode tratar-se do início de um quadro de depressão pós-parto. remédios emagrecer
Sentimentos como tristeza, angústia, irritabilidade e aumento de sensibilidade são sintomas de tristeza pós-parto ou baby blues e devem desaparecer naturalmente em até 15 dias após o nascimento do bebê. Porém se os sintomas persistirem por mais tempo e se intensificarem pode tratar-se do início de um quadro de depressão pós-parto. remédios emagrecer

7 de julho de 2013

O primeiro show de rock a gente nunca esquece \m/

Pietro & Ayla curtindo um Rock n' Roll
Hoje, domingo, fomos a um evento de bandas de Rock independentes aqui de Campinas. Foi a primeira vez que o Pietro esteve em um show de Rock. E a reação não poderia ser melhor!
Fomos: eu, meu marido, Pietro, minha amiga Rubi e a filhinha linda Ayla. Encontramos amigos queridos e foi bem legal.
O que me deixou mais feliz foi ver as crianças curtindo a música. Dizem que gosto musical começa desde cedo e precisa ser incentivado... Estou procurando fazer a minha parte hehe.
Não se trata de querer obrigar meu filho a gostar de um estilo musical, mas acho natural essa tendência da criança ter mais contato e se interessar por gêneros musicais e gostos dos pais.
Quando éramos crianças, meu irmão e eu fomos incentivados pelo meu tio que sempre gostou de Heavy metal. Desde cedo a gente teve contato com o estilo musical. O que não interferiu nas nossas fases de ouvir músicas infantis e outros estilos.
Na adolescência nosso interesse pela música foi amadurecendo, e posso dizer tranquilamente que não tive problemas em compartilhar o mesmo espaço com meu irmão, já que ambos sempre fomos fãs de Rock e Metal em suas variadas vertentes. Já nossos pais gostavam de Discoteca, MPB, mas nada muito "chocante" às nossas preferências musicais.
Não sou a favor de impôr e obrigar nada. Pelo contrário, acho positivo o incentivo pelas coisas boas. E claro, a arte (música) é uma delas.
Com um pai músico, vai ser difícil o Pietro ter uma visão preconceituosa ou limitada sobre música.
Ele é e sempre será livre para gostar e ouvir o que quiser, pois é um ser humano livre. Nosso papel é só apontar o caminho, e ele escolhe se vai seguir ou não.
Alguns amigos brincam dizendo: "E se ele gostar de pagode, de samba, Carol?"
Isso pra mim não é o mais importante, já que a prioridade é a construção do caráter dele. Mas se ele gostar de um estilo musical que eu detesto, vou fazer o quê? Falta de incentivo não foi.
As crianças se divertiram bastante, e nós adultos, também.

1 de julho de 2013

'Home office' e criança em casa


Desde que ficou acordado com meu ex-gerente que eu faria home-office (trabalharia remotamente de casa) minha maior dúvida seria quanto aos momentos em que o Pietro estivesse em casa.
A verdade é que ele é justamente a razão de eu estar trabalhando em home office, mas fiquei insegura quanto ao comportamento dele durante uma reunião por telefone, por exemplo.
Nos primeiros dias tive que explicar bastante como era essa coisa da mamãe estar em casa mas não poder brincar porque está trabalhando. Ainda converso e explico que a mamãe precisa trabalhar no computador, e procuro mantê-lo distraído com alguma atividade. Deixo ele espalhar os brinquedos pela sala, assim ele vai brincando enquanto trabalho.
Acredito que ele tenha entendido, porque tem se comportado muito bem. Hoje mesmo começaram as férias escolares dele mas com tanta chuva e tempo frio ele aproveitou pra tirar uma soneca.
Já ouvi várias estórias de mães que trabalham de casa e algumas têm mais dificuldades que as outras, mas acredito que com o tempo as crianças vão se acostumando e entendem muito melhor do que alguns adultos. Estar em casa traz a comodidade de não ter que se deslocar ao ambiente de trabalho, mas não significa que irá trabalhar menos. Muito pelo contrário!
É mãe e trabalha de casa? Conte como é aí com você!