1 de dezembro de 2014

O encontro com o Sagrado e a maternidade

Hoje eu li um texto chamado Maternidade Espiritual, que me comoveu bastante, e me fez pensar em algo que já venho pensando e queria colocar em palavras aqui no blog.
Assim como a autora do texto, eu também tenho minha própria busca pela espiritualidade, só que independente de religiões.
Nasci e fui batizada na igreja católica, fiz primeira-comunhão. E dentro de mim já sabia que aquele não era o caminho espiritual que queria traçar.
Sempre respeitei muito quem o fizesse, mas sentia a necessidade de buscar, de aprender, e de formar minha própria conexão com o Divino, e sentia que aquela religião não me "preenchia".
Aos 12 anos me interessei pelo Espiritismo, já na adolescência conheci a Wicca, as vertentes do Paganismo Antigo e Moderno, Esoterismo, etc.
Com certeza posso dizer que a experiência que mais me "preencheu" até hoje, e me fez estar conectada ao Sagrado, foi ser mãe.
Discordo quando dizem que toda mulher nasceu pra ser mãe (cada uma é livre para escolher o que quer, e isso não diminui ninguém!).
Mas ser mãe é surreal, é ligar-se às raízes do feminino, é encontrar-se com o Divino dia após dia, todos os dias do ano.
A gravidez é uma fase cheia de coisas maravilhosas (outras nem tanto), e curiosas ao mesmo tempo.
Gerar um outro ser humano dentro de seu próprio corpo, sentir um coração batendo dentro da sua barriga, e amamentar, são sensações maravilhosas.
O parto.. Bem, ainda não passei pela experiência de parir (meu filho nasceu via cesariana). Mas um dia vou querer passar por isso, vou querer sentir a natureza falar mais alto em mim do que aquele monte de remédios. Mas só de saber que nossos corpos são capazes de parir outro ser humano, já é algo magnífico!
E depois que nascem? É uma surpresa atrás da outra, são manifestações da natureza acontecendo bem ali, à sua frente.
E quando meu filho me olha nos olhos, vejo a beleza infinita do que é a vida e da minha razão de existir. 
É através dele que me conheço mais profundamente, que aprendo a ser mãe e me esforço para ser um ser humano melhor.
É por ele que lido com meus maiores medos e inseguranças. 
Que passo a conhecer meus limites, que enfrento desafios.E é na alegria dele que encontro a minha paz.

Independente do caminho espiritual que cada uma segue (ou não), a maternidade é uma das experiências mais importantes e transformadoras quando se "mergulha de cabeça" nela.

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