Enjoos, vômitos, dores de cabeça, cansaço, hemorroidas, instabilidade no humor, manchas na pele, etc.
Mas daí você se lembra daquelas imagens publicitárias de grávidas maravilhosas e felizes, e pensa:
"Isso tudo deve estar acontecendo só comigo,não é possível!"
Algumas mulheres dizem até que se sentem mais bonitas durante a gravidez... Eu me sentia como um palito com uma batata espetada nele haha. Engordei mais na barriga do que no resto do corpo, então tinha que fazer esforço pra me equilibrar em pé.
E foi assim que trabalhei (na época dava aulas de inglês de dia e a noite) até o final da gestação.
De tanto ficar sentada, tive hemorroidas que até hoje "dão as caras" de vez em quando...
Bom, mas daí chegou a vez do "parto". Parto nada, porque foi uma cesariana né.
Estava hiper ansiosa, não tinha dormido nada na noite anterior, nem conseguia comer direito.
O Pietro nasceu, e quando olhei para o lado e vi a sonda quase desmaiei... Sempre tive nojo de sonda, e nem quis olhar pra minha.
A moça do meu lado vomitou assim que chegou do centro cirúrgico. É muita medicação, pra gente não sentir dor nem nada. Aliás, conto mais detalhes sobre a cesariana no post Coisas sobre cesareana que ninguém te conta - mas eu sim!.
E o pós-parto?
Ah, esse merece um livro de crônicas, viu. É um período CHEIO de conflitos emocionais, insegurança, desespero mesmo.
É quando a gente leva o bebê para casa e se dá conta que "aquilo" é seu, está sob sua responsabilidade.
Alguns maridos/pais da criança assumem seus papéis e dividem as tarefas, mas muitos outros não.
Sobre esse assunto vale a pena ler o texto:
PAI INCRÍVEL OU: COMO OS HOMENS SÃO EXALTADOS POR FAZEREM QUASE NADA
A gente amamenta, tem inúmeras dificuldades, sangra, dói (não aconteceu comigo mas aconteceu com amigas próximas) e o bebê não pára de chorar, de demandar atenção.Mais uma vez aquelas imagens de campanhas de amamentação parecem tão surreais, com mulheres perfeitas, lindas e felizes amamentando. Quando a gente na verdade mal consegue tomar um banho ou comer direito nos primeiros meses.
E tem horas em que a gente pensa em desistir de tudo, sumir, sei lá.
Voltar atrás, no tempo. Ou pelo menos dar um soco na cara de quem inventa essas imagens de mães perfeitas!
E então o que nos motiva, o que nos dá combustível para seguir em frente é quando a gente olha para aquele pequeno ser humano e tudo volta a valer a pena.
Não daquela forma "romantizada", nas propagandas de TV. Mas da forma mais real e verdadeira possível.
Cheia de imperfeições, de erros... Mas sempre tentando fazer o melhor.
Se essa não for a verdadeira forma do amor, não sei de mais nada...
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