Quando se junta os dois fatores, então, fica mais complicado e limitador ainda: preço e algumas expectativas básicas que uma escola deve preencher.
Ano que vem, o Pietro frequentará o primeiro ano do ensino Fundamental. O equivalente ao anitgo "prézinho" da minha época, já que agora existe um ano a mais na grade curricular.
Então, comecei a ir pessoalmente a algumas escolas particulares aqui da região para ver qual se encaixa mais no que espero de uma escola de ensino fundamental e matriculá-lo.
A primeira delas tem pouco espaço paras as crianças correrem (já achei ruim isso), tem várias matérias logo no primeiro ano e parece exigir bastante dos alunos.
Quando perguntei sobre ensino religioso, a resposta foi a mesma que ouvi na segunda escola:
"Nós não temos ensino religioso, apenas rezamos o pai-nosso, porque é uma oração universal."
Tive vontade de perguntar se eles tinham alunos budistas, judeus, ateus... Mas me calei, porque achei que não valeria a pena já que mentalmente já tinha descartado aquela escola.
A segunda escola é bem grande, tem espaço pra correr, e apesar de termos que desembolsar uma grana alta com apostila de método pedagógico já no primeiro ano (Pietro ainda vai ser alfabetizado), parece ser menos exigente do que a outra. Sobre ensino religioso, a resposta foi a mesma mas segundo a coordenadora o pai-nosso é rezado TODAS as segundas-feiras junto ao hino nacional. Quase caí de costas rs.
Gente, escola não é lugar de rezar. Não sou atéia, mas se deixei de batizar meu filho para que ele pudesse ter a liberdade de escolha sobre qual caminho espiritual ele quiser seguir (ou mesmo se não quiser seguir nenhum), por quê raios eu acharia bacana ele ser obrigado a rezar NA ESCOLA toda semana???!
"Ah, mas é oração universal" - Não, não é. É uma oração cristã, e o mundo inteiro não é cristão.
São escolas que precisam ter uma visão de mundo, acho o fim da picada isso.
Escola não tem que educar pra vida, quem faz isso é a família: mãe, pai, dois pais, duas mães, os dois, só um, ou seja lá quem for responsável prla criança. Não a escola.
Ainda mais espiritualmente falando, que é algo tão pessoal.
Penso que a escola tem o papel de educar para formar cidadãos críticos, capazes de interpretar situações, formarem opiniões, questionarem. Terem uma base para depois se especializarem em alguma profissão escolhida, se for o caso. A vida escolar nos ensina a conviver com as diferenças culturais e muitas outras questões, e é aí que essa coisa de reza não se encaixa. Ou se falam sobre TODAS as religiões, ou sobre nenhuma.
Eu sei que existem escolas que se encaixam bem mais no que eu procuro. Mas essas escolas também são caras, então não são totalmente inclusivas.
Acho um absurdo pagar mais de mil reais por mês em uma creche, ou nos primeiros anos do ensino fundamental. Fica parecendo que a pessoa está jogando toda a responsabilidade de educar aquela criança tão novinha, em cima da escola. Ou parece uma questão de status, mesmo: "meu filho estuda em uma escola x, que tem diversas aulas, ensino bilingue, etc."
Fui professora de Inglês por anos, e posso dizer uma coisa: se seu filho não se interessar por uma segunda língua, não vai adiantar nada pagar escolas caras. Imagino que seja a mesma coisa com as outras matérias.
Compensa muito mais incentivá-lo em casa, acompanhar os estudos juntos, sentar e discutir sobre a matéria estudada, estar presente. E isso não tem preço.
Vamos ver no que isso tudo vai dar, e o pior de tudo é que o horário da escola municipal não se encaixa com nosso expediente. Ou seja, preciso mesmo achar uma escola particular pro próximo ano e que fique perto de casa, ainda por cima.
Vou comentando aqui sobre essa "saga"...