14 de julho de 2014

Adeus à cabeleira.

O Pietro vinha deixando o cabelo crescer, porque queria ficar igual ao pai - palavras dele.
Como sempre procuro deixá-lo livre pra escolher sobre sua aparência, o cabelo foi crescendo.
Só que últimamente ele se mostrava incomodado quando as pessoas o confundiam com menina.
Não foi uma nem duas vezes, mas várias vezes em que o chamaram de menina por causa do cabelo comprido.
Pietro sempre se vestiu com bermudão, camiseta, e a cor favorita dele é o azul. O cabelo comprido era pra ficar como o do pai.
Por quê então aquilo começou a incomodá-lo?
Algumas vezes, voltando da escola, ele comentou comigo: "Mamãe, fulano falou que meu cabelo é de menina..."
Imagem: Blog Cientista que virou mãe
A gente sempre conversando com ele, explicando que criança é criança, perguntando se ele queria cortar, mas ele não queria.
Até que ontem, fomos ao cabeleireiro e ele pediu pra cortar bem curto.
O Pietro é muito novinho, nem fez 5 anos ainda. Tem todo o tempo do mundo pra deixar o cabelo como quiser.
Mas eu confesso que estou revoltada pelo modo ATRASADO E PRECONCEITUOSO que alguns pais criam seus filhos.

Cor-de-rosa pra menina x azul pra menino
Cabelo comprido pra menina  x curto pra menino
Brinquedo de menina x brinquedo de menino

 E assim, vamos separando, segregando e mantendo todo um histórico de machismo, violência e opressão.
Hoje, estou aqui no blog mandando um recado pra você que é pai/ mãe e ensina esse tipo de coisa pros seus filhos:
Quero que você se exploda!!!
O mundo de hoje não comporta mais gente atrasada. Deixem as crianças serem crianças! E só.

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