Eu poderia ficar aqui falando sobre as informações preciosas que o filme contém, falar sobre o absurdo de como os partos são tratados no Brasil, e pior: de toda a violência obstétrica que as mulheres sofrem durante o que considero o momento mais surreal da vida, que é colocar outra vida no mundo.
Mas o que quero dizer mesmo, é que eu chorei.
Chorei por ter visto as diferenças entre um bebê que vem ao mundo de forma respeitosa, e a forma como a que eu quis que meu filho viesse (cesariana).
Por medo. Insegurança. Falta de informação, de preparo.
De bom aconselhamento da profissional que me acompanhou todos os meses do pré-natal e em nenhum momento me incentivou a ter um parto normal.
Ela sabia que eu tinha medo, e nem se esforçou pra que eu mudasse de ideia.
Pelo contrário, só falou dos "benefícios da cesariana". Marcou a minha, e o Pietro acabou nascendo prematuro.
Contei com a sorte, e só por causa dela - a sorte - (e da nossa crença numa energia superior) é que meu filho não precisou ficar numa incubadora.
Escapou da UTI neonatal pelo bom peso. Senão, seria mais um a entrar para as estatísticas.
Ao contrário de muitas mulheres que optaram pela cesariana, não carrego esse complexo de "menos-mãe".
Quando vejo minhas amigas ativistas na luta pelo Parto Humanizado, fico feliz que as mulheres estejam se unindo para exigir o respeito que nos foi tirado.
Tenho orgulho delas, e sinto que precisava sim ter me informado e me empoderado muito mais.
Mas ao invés de ficar só lamentando e brigando numa disputa de egos, prefiro também ajudá-las a divulgar todas essas informações que não tive na época em que o Pietro nasceu.
Convido a todas que leem o meu blog a fazer o mesmo: assistam o documentário, leiam muito e empoderem-se!
A Mãe Natureza é sábia :-)