Comecei a notar que o Pietro ficava cada vez mais perto da televisão, quando estava assistindo algum desenho, até que o vi forçando os olhinhos para enxergar. Me lembrei de que aos 7 anos, quando estava no prézinho, comecei a usar óculos. Marcamos consulta no oftalmologista para ele, e: tiro e queda!
Pietro tem astigmatismo e hipermetropia, sendo a segunda algo mais comum na infância, de acordo com o médico. Mandamos fazer os óculos e ele começou a usá-los no fim da semana passada. Até que está se adaptando bem, apesar de ja ter tropeçado no chão assim que colocou os óculos, e às vezes ele esquece que está usando, então põe o dedo na lente... São coisas que ele vai se habituando aos poucos, na rotina diária, mas não tem jeito - tem que usar.
Como falei antes, eu mesma comecei a usar óculos aos sete anos. Já tinha miopia e com o tempo fui desenvolvendo astigmatismo, ambos em graus elevados. Herança genética dos meus pais.
Meu marido tem ambliopia, um problema em que um dos olhos fica "preguiçoso"e não aprende a enxergar. Portanto o grau em um dos olhos é bem mais alto que do outro.
Encontrei esse artigo no site do Dr. Dráuzio Varella e achei interessante compartilhar com outras mães, pois pode acontecer com qualquer criança e é melhor que se corrija o problema de visão o quanto antes, para que não se torne algo realmente sério no futuro.
Drauzio – É raro a criança ter consciência de que está
enxergando mal. Às vezes, mesmo cega de um olho, acha que tem visão
normal, porque nunca enxergou de outro jeito.
Rosana Cunha – É verdade. Criança com hipermetropia
de três, quatro, cinco graus tem um poder de focalização muito maior do
que o do adulto. Ela consegue ler ou enxergar a figura do livro que os
pais lhe mostram. Na escola, porém, é dispersiva, não para quieta na
carteira porque o esforço que faz para focalizar a imagem é
extremamente cansativo. O problema é que a criança não fala que parou de
fazer os deveres por causa da confusão visual, da imagem dupla. Não
fala nem quando um olho enxerga bem menos do que o outro. Por isso,
antes de encaminhá-la ao psicólogo, é importante excluir as causas
orgânicas do problema.
Leia mais: Os olhos das crianças
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