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8 de julho de 2016
9 de março de 2016
Mitos e mentiras sobre amamentação que AINDA são muito comuns
- "Tiveram que dar
complemento ainda no hospital porque meu leite demorou a descer" -
mentira. Bebê tem que sugar colostro.
- "Eu não tinha bico
então me orientaram pra dar mamadeira" - mentira, bebê não suga o
bico, e sim a aoréola do seio. Um bom banco de leite, consultora ou até vídeos na internet podem ajudar.
- "Meu leite secou de um
dia pro outro" - mito, o leite materno demora vários dias pra parar
de ser produzido. Só que quanto menos o bebê sugar, menos o organismo vai
produzindo até secar de vez.
- “Meu bebê é preguiçoso e não
suga, briga com o peito, chora, então não soube mamar no peito” – mito, a
sucção é instintiva em todo bebê mamífero. O que acontece é que muitos
bebês humanos já saem da maternidade com chupetas e/ou mamadeiras, então
aprendem a sugar diferentemente do peito. Oferecer bicos artificiais logo
nas primeiras horas de vida é dar prazo de vencimento curto pra
amamentação.
- "A enfermeira apertou
meu peito e não saiu nada, então não tive leite" - essa daí te enganou
além de machucar seu peito (elas apertam né!). Peito não é estoque, é
fábrica que só funciona com o bebê plugado e sugando.
- "Meus seios estavam
murchos, então não tinha leite" - mito, mais uma vez: peito não é
estoque, é fábrica que só funciona com o bebê plugado e sugando.
- "O pediatra mandou
complementar porque meu leite era fraco" - seu bebê perdeu peso ao
invés de ganhar? Não. Ganhou pouco peso, mas ganhou? Então foi mais uma
mentira com patrocínio da Nestlé.
- "Meu bebê só quer ficar
no peito e me disseram que é porque meu leite não está sustentando" -
seu bebê está ganhando peso e se desenvolvendo bem? Então ele está
suprindo as necessidades dele que não são só de alimento. Ele precisa do
seu colo, do seu cheiro, sua proteção.
- "Meu bebê usa chupeta e/ou mamadeira e mesmo assim mama super bem no peito" - ele pode até mamar bem no peito usando bicos artificiais (a probabilidade disso acontecer é mínima, mas existe). Mas e os outros prejuízos a longo prazo causados pelo uso de chupeta e mamadeira? Alergias, problemas respiratórios, etc etc etc... Vale a pena arriscar?
- "O médico me mandou
desmamar porque meu bebê tem Alergia ao leite de vaca" - mito, se a
mãe fizer a dieta excluindo leite animal e derivados ela pode e deve
continuar amamentando. O leite materno é riquíssimo em anticorpos e
previne várias outras alergias e doenças.
- "O médico falou que
depois dos 6 meses não preciso amamentar mais, porque o LM vira água"
- mentira, várias pesquisas comprovam que o aleitamento materno deve se
estender até 2 anos ou mais. E se seu pediatra diz isso, ele está indo
contra as recomendações do Ministério da Saúde, OMS, etc. (está
desatualizadaço, na época das cavernas!)
- "Vou voltar a trabalhar
então preciso desmamar" - mito, no começo é mais difícil pela
angústia da separação entre mãe e bebê, e a mãe geralmente ordenha pouco
leite. Mas dá pra ir estocando no congelador e a pessoa que for ficar com
a criança oferece o LM em um copinho. Em creches públicas é preciso
reclamar esse direito.
- “A vizinha me recomendou
comer canjica, tomar cerveja preta, chá de algodoeiro, etc pra ter mais
leite” – mito. Pode até funcionar pelo psicológico, já que é no cérebro
que estão os comandos pro organismo fabricar o leite. Mas se a mãe beber
bastante água e amamentar em livre-demanda (sem horários marcados e sem
uso de bicos artificiais) ela vai ter leite suficiente.
- “O dentista mandou parar de
amamentar de noite porque leite materno dá cáries” – mentira, o que dá
cárie é leite artificial na mamadeira pelo teor de açúcar. Já existem
vários estudos recentes que derrubam esse mito.
- “Se eu amamentar por muito
tempo meu filho vai ficar dependente de mim, ou até virar homossexual” –
mentira, mito e preconceito né.
Tudo que listei aqui tem embasamento científico na pediatria moderna. Já postei vários artigos e links para referência, então vale a pena uma boa pesquisa em fontes confiáveis ;)
29 de fevereiro de 2016
Chá de Bebê & Bênçãos da Cibele
Contei aqui sobre a chegada das 32 semanas e o tratamento de canal no dente que tive que fazer. Mas também tivemos momentos maravilhosos nesse último final de semana :-)
Nesse último domingo fizemos em casa um Chá de Bebê para comemorar a chegada da Cibele.
É lógico que gostaríamos de ter condições financeiras para convidar mais pessoas, fazer uma festança... Mas foi tudo bem simples, mas com muito carinho.
Muitas amigas vieram com seus filhos, o Pietro amou brincar com todos eles.
Não fizemos brincadeiras constrangedoras. Fizemos uma brincadeira em que eu tinha que acertar o presente e se conseguisse, meu marido tocava Rock na guitarra. Se errasse, ele tocava alguma música que acho brega (teve Wando, Reginaldo Rossi e até eguinha pocotó, porque errei praticamente tudo haha...)
Algumas pessoas deixaram recados em um caderninho pra Cibele ler no futuro.
Também passei um vídeozinho que eu mesma fiz contando um resumo da nossa história até chegar na gravidez da Cibele.
E por último, mas não menos importante: recebi um escalda-pés preparado pela minha amiga Mariela e uma massagem da minha doula, Rubi Naves:
Teve sequilho vegano de coco, paçoquinhas, lanchinhos com pasta de soja, bolo vegano de chocolate trufado, bolo integral, pipoca, sucos... |
Lembrancinhas: sachês de sabonetinhos em formato de rosa. |
Decoração feita pela minha cunhada |
Escalda-pés maravilhoso por Gaia Orgânica |
Com certeza esses momentos ficarão em nossa memória para o resto de nossas vidas, e sei que a Cibele recebeu todo esse carinho mesmo estando no meu ventre.
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Último trimestre com mais "emoção": Tratamento de canal durante a gravidez
Depois dos enjôos (leia-se vômitos, tá?) até o quinto mês de gestação, estava tudo muito tranquilo, apesar das dores nas costas...
Foi então que o meu marido chegou em casa com uma baita gripe, e mesmo tendo ficado mais afastado de mim, o vírus bacaninha me pegou em cheio!
Passei o fim de semana anterior ao Chá de bebê completamente moída, deitada na cama e imprestável. Eu tinha que preparar as coisas, mas só conseguia ter dor de garganta e espirrar, espirrar muito!
Até agora estou espectorando (leia-se catarrenta que dá dó) mas conseguindo viver melhor do que há uma semana atrás.
Daí, como se já não bastasse, da madrugada de quinta-feira para sexta (do final de semana do Chá da Cibele, mesmo)me surgiu uma dor de dente descomunal.
Tinha feito uma limpeza bem recente, e quando comentei com a dentista sobre uma sensibilidade no tal dente, ela disse que a raíz estava um pouco exposta mas que não poderia fazer nada agora na gravidez. Só que aquela sensibilidade se transformou em uma dor-monstro e eu só conseguia chorar!
Tive que ir ao plantão de dentista de manhã, tirei raio-x (minha obstetra explicou que agora no final da gravidez é liberado, com aquele colete cobrindo a barriga) e foi constatado problema no canal do bendito dente.
Tive que pedir uma carta pra minha obstetra, autorizando o uso de anestesia com vaso constritor para eu poder fazer o tratamento, senão morreria de dor.
Quando perguntei pra ela se haveria algum problema com a Cibele, se eu fizesse esse tratamento com a anestesia, ela me disse que é melhor fazer do que deixar o dente infeccionar e correr risco da minha bolsa estourar. Então fui em frente.
Voltei à noite com a carta em mãos e o dentista fez um abcesso, ou seja, abriu meu dente pra dar início ao tratamento e tirar a dor. Realmente apesar das picadas das anestesias, foi um alívio!
No sábado fiquei correndo feito barata-tonta atrás das coisas pro Chá de bebê aqui em casa, e no domingo apesar do cansaço consegui aproveitar bem!
Fui dormir assim que pude depois do Chá, e hoje acordei beeeem cedinho pois tinha o tratamento de canal agendado para as 7h30 da manhã.
Confesso que fiquei muito nervosa, e principalmente preocupada com a saúde da minha bebê. Levei mais duas agulhadas bastante doloridas mas depois não senti mais nada.
Agora que a anestesia passou estou sentindo um pouco de dor, mas nada comparado com aquela de sexta. E já completei o tratamento hoje, com restauração e tudo.
Chega de dor de dente!!!
Leia: Como é feito um Tratamento de Canal?
Foi então que o meu marido chegou em casa com uma baita gripe, e mesmo tendo ficado mais afastado de mim, o vírus bacaninha me pegou em cheio!
Passei o fim de semana anterior ao Chá de bebê completamente moída, deitada na cama e imprestável. Eu tinha que preparar as coisas, mas só conseguia ter dor de garganta e espirrar, espirrar muito!
Até agora estou espectorando (leia-se catarrenta que dá dó) mas conseguindo viver melhor do que há uma semana atrás.
Daí, como se já não bastasse, da madrugada de quinta-feira para sexta (do final de semana do Chá da Cibele, mesmo)me surgiu uma dor de dente descomunal.
Tinha feito uma limpeza bem recente, e quando comentei com a dentista sobre uma sensibilidade no tal dente, ela disse que a raíz estava um pouco exposta mas que não poderia fazer nada agora na gravidez. Só que aquela sensibilidade se transformou em uma dor-monstro e eu só conseguia chorar!
Tive que ir ao plantão de dentista de manhã, tirei raio-x (minha obstetra explicou que agora no final da gravidez é liberado, com aquele colete cobrindo a barriga) e foi constatado problema no canal do bendito dente.
Tive que pedir uma carta pra minha obstetra, autorizando o uso de anestesia com vaso constritor para eu poder fazer o tratamento, senão morreria de dor.
Quando perguntei pra ela se haveria algum problema com a Cibele, se eu fizesse esse tratamento com a anestesia, ela me disse que é melhor fazer do que deixar o dente infeccionar e correr risco da minha bolsa estourar. Então fui em frente.
Voltei à noite com a carta em mãos e o dentista fez um abcesso, ou seja, abriu meu dente pra dar início ao tratamento e tirar a dor. Realmente apesar das picadas das anestesias, foi um alívio!
No sábado fiquei correndo feito barata-tonta atrás das coisas pro Chá de bebê aqui em casa, e no domingo apesar do cansaço consegui aproveitar bem!
Fui dormir assim que pude depois do Chá, e hoje acordei beeeem cedinho pois tinha o tratamento de canal agendado para as 7h30 da manhã.
Confesso que fiquei muito nervosa, e principalmente preocupada com a saúde da minha bebê. Levei mais duas agulhadas bastante doloridas mas depois não senti mais nada.
Agora que a anestesia passou estou sentindo um pouco de dor, mas nada comparado com aquela de sexta. E já completei o tratamento hoje, com restauração e tudo.
Chega de dor de dente!!!
Leia: Como é feito um Tratamento de Canal?
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Gravidez,
Tratamemto de canal
20 de fevereiro de 2016
A primeira semana do Pietro no Fundamental
Prometi pra mim mesma que faria um relato resumido sobre a primeira semana de aulas do Pietro no 1° ano do ensino fundamental. Primeiro, porque precisava desabafar. Segundo, porque tenho a esperança de poder compartilhar com outras mães o que estou sentindo no momento.
Essa semana não foi fácil...
Agora mesmo estou blogando pelo celular, quase que me arrastando para conseguir digitar sem espirrar na tela do aparelho. É que para encerrar "bem" a semana, peguei uma baita gripe do marido. Mas em tempos de zika, não posso reclamar né, já que podia ser pior...
Último trimestre de gravidez, sensibilidade à flor da pele. Daí temos que nos adaptar a uma nova rotina bem nesse momento, então pra mim tem sido pior do que para o Pietro.
Foi difícil deixá-lo na escola no primeiro dia. A diretoria e professoras não dão aquele mesmo tratamento que a creche, pois teoricamente ali eles já estão mais amadurecidos e não precisam de mãe e pai por perto.
Não consegui deixar o Pietro na porta da escola e ir embora a semana inteira, senti que precisava deixá-lo junto à professora e coleguinhas, então mesmo com a diretora gritando (berrando, na verdade) que era pra gente ir embora, entrei e o deixei no pátio com a turma. Eles não tiveram período de adaptação, entraram e saíram no horário normal desde o primeiro dia. O mínimo que eu queria fazer era deixá-lo seguro com a turma dele. Mas já ouvi bronquinha e não vou poder fazer maos isso a partir da semana que vem.
Bem, ele gostou da professora e dos colegas. Fiquei preocupada, porque ele caiu numa classe separada dos colegas da creche que vieram estudar nessa escola. Mas o Pietro faz amizades facilmente, bem diferente de mim quando eu era criança.
Num desses dias, a professora precisou faltar e então a turma ficou com uma substituta. Aí o caldo engrossou, porque essa professora falou que a lição dele estava feia e arrancou uma folha do caderno dele.
Segundo o Pietro, pras outras crianças ela disse que "odiou" o que eles tinham feito e também arrancou as folhas dos cadernos dele!
Nesse dia eu fiquei super tensa, porque era a primeira semana do primeiro ano, e logicamente eles não sabem escrever. Só copiam as palavras da lousa!
Cheguei a chorar escondido, não queria que ele me visse nervosa. Mas conversei e disse pra ele que no começo é assim mesmo, ninguém sabe mais que o outro porque todos estão na mesma turma. E como era a professora substituta, fiquei menos pior do que se tivesse sido a professora delemesmo.
Enfim, a escola tem regras bem severas, por exemplo, em relação às idas ao banheiro (ele precisou implorar pra ir fazer cocô porque a professora não queria deixá-lo ir) e faz separação por gênero em praticamente tudo (meninas x meninos): na fila, no recreio (tem mesa pros meninos e mesa pras meninas), e por aí vai.
E eu, que procurei uma escola mais laica possível, tenho que lidar com o fato de que todo dia no inicio da aula eles fazem uma oração.
Como já disse aqui, não acho que escola tem a ver com religião. E em casa damos a liberdade pro Pietro escolher o próprio caminho espiritual. MAS... Parece que alguns professores insistem em catequizar os alunos.
Pra não criar problemas, ia dizer pra ele fingir que estava rezando, mas ele foi mais esperto e disse que rezou pra Krishna, baixinho, sem a professora saber rs. Falei então pra ele rezar para quem quiser e como quiser.
Semana que vem haverá reunião de pais, e eu quero conversar sobre essas coisas para ter a posição da escola também, já que por mais que o Pietro não seja uma criança que mente, é sempre importante saber sobre "a outra parte".
Sobre a merenda: o cardápio parece ser o mesmo da Prefeitura, mas agora ele pode levar de casa. Para nós, vegetarianos é bem melhor.
Porém, confesso que estou sentindo saudades da creche...
Falou sobre bullying, sobre a merenda escolar, sobre piolhos, sobre eles cantarem o Hino Nacional toda segunda-feira seguido pelo Pai-Nosso... Segundo ela, porque é uma oração universal (judeus, muçulmanos, ateus, pagãos que o digam rs). Disse que reza quem quiser.
E na hora em que ela citou a importância de não rasgarmos nenhuma folha do caderno brochurão e sobre elogiar os feitos de nossos filhos (antes ela contou sobre a vida pessoal e como educou o filho) eu levantei a mão e comentei sobre o ocorrido com a professora substituta. Outra mãe confirmou que o filho chegou em casa falando que a lição dele estava "horrível".
Com uma risadinha sem graça, ela pediu desculpas pelo ocorrido e disse que ia conversar com a tal professora. E como ela mesma enfatizou que todas as salas têm câmeras, acho que não tinha nem como negar o acontecido. Enfim...
A professora do Pietro foi fazer um curso do governo e não estava presente na reunião.
Quem fez a reunião da sala dele foi a coordenadora. Perguntei sobre a separação entre meninos e meninas tanto na fila quanto na hora do recreio, e a explicação dela foi que "isso é um costume antigo da escola e que alguns professores separam meninas e meninos na fila e outros não. E que no recreio é assim, porque as meninas gostam de ficar conversando entre elas..."
Depois dessa resposta, confesso que desanimei em perguntar sobre as outras coisas. Desanimei mesmo.
Percebo que apesar da escola ser do primeiro ao quinto ano do fundamental I, o projeto pedagógico e o tratamento dispensado ao primeiro ano tende a desejar e muito. A diretora só grita, mesmo quando está falando normalmente. Não podemos entrar pra deixar as crianças dentro da escola, etc.
Sei que existem regras nas escolas estaduais para que elas funcionem como deve ser, mas acho que a humanização deveria começar pelas pessoas que trabalham nela.
A professora do Pietro é nova na escola, e por enquanto tem se mostrado competente. Vamos acompanhando de perto como vai ser ao longo do ano, afinal de contas não somos pais que procuram um depósito de crianças, apesar de não ter condições financeiras de colocá-lo em uma escola privada.
E sinceramente?
Tenho visto tanta porcaria nas escolas particulares também, que nem dá vontade de pagar.
Essa semana não foi fácil...
Agora mesmo estou blogando pelo celular, quase que me arrastando para conseguir digitar sem espirrar na tela do aparelho. É que para encerrar "bem" a semana, peguei uma baita gripe do marido. Mas em tempos de zika, não posso reclamar né, já que podia ser pior...
Último trimestre de gravidez, sensibilidade à flor da pele. Daí temos que nos adaptar a uma nova rotina bem nesse momento, então pra mim tem sido pior do que para o Pietro.
Foi difícil deixá-lo na escola no primeiro dia. A diretoria e professoras não dão aquele mesmo tratamento que a creche, pois teoricamente ali eles já estão mais amadurecidos e não precisam de mãe e pai por perto.
Não consegui deixar o Pietro na porta da escola e ir embora a semana inteira, senti que precisava deixá-lo junto à professora e coleguinhas, então mesmo com a diretora gritando (berrando, na verdade) que era pra gente ir embora, entrei e o deixei no pátio com a turma. Eles não tiveram período de adaptação, entraram e saíram no horário normal desde o primeiro dia. O mínimo que eu queria fazer era deixá-lo seguro com a turma dele. Mas já ouvi bronquinha e não vou poder fazer maos isso a partir da semana que vem.
Bem, ele gostou da professora e dos colegas. Fiquei preocupada, porque ele caiu numa classe separada dos colegas da creche que vieram estudar nessa escola. Mas o Pietro faz amizades facilmente, bem diferente de mim quando eu era criança.
Num desses dias, a professora precisou faltar e então a turma ficou com uma substituta. Aí o caldo engrossou, porque essa professora falou que a lição dele estava feia e arrancou uma folha do caderno dele.
Segundo o Pietro, pras outras crianças ela disse que "odiou" o que eles tinham feito e também arrancou as folhas dos cadernos dele!
Nesse dia eu fiquei super tensa, porque era a primeira semana do primeiro ano, e logicamente eles não sabem escrever. Só copiam as palavras da lousa!
Cheguei a chorar escondido, não queria que ele me visse nervosa. Mas conversei e disse pra ele que no começo é assim mesmo, ninguém sabe mais que o outro porque todos estão na mesma turma. E como era a professora substituta, fiquei menos pior do que se tivesse sido a professora delemesmo.
Enfim, a escola tem regras bem severas, por exemplo, em relação às idas ao banheiro (ele precisou implorar pra ir fazer cocô porque a professora não queria deixá-lo ir) e faz separação por gênero em praticamente tudo (meninas x meninos): na fila, no recreio (tem mesa pros meninos e mesa pras meninas), e por aí vai.
E eu, que procurei uma escola mais laica possível, tenho que lidar com o fato de que todo dia no inicio da aula eles fazem uma oração.
Como já disse aqui, não acho que escola tem a ver com religião. E em casa damos a liberdade pro Pietro escolher o próprio caminho espiritual. MAS... Parece que alguns professores insistem em catequizar os alunos.
Pra não criar problemas, ia dizer pra ele fingir que estava rezando, mas ele foi mais esperto e disse que rezou pra Krishna, baixinho, sem a professora saber rs. Falei então pra ele rezar para quem quiser e como quiser.
Semana que vem haverá reunião de pais, e eu quero conversar sobre essas coisas para ter a posição da escola também, já que por mais que o Pietro não seja uma criança que mente, é sempre importante saber sobre "a outra parte".
Sobre a merenda: o cardápio parece ser o mesmo da Prefeitura, mas agora ele pode levar de casa. Para nós, vegetarianos é bem melhor.
Porém, confesso que estou sentindo saudades da creche...
*** Atualização ***
Fui à primeira reunião de pais e a diretora iniciou a reunião fazendo alguns comunicados.Falou sobre bullying, sobre a merenda escolar, sobre piolhos, sobre eles cantarem o Hino Nacional toda segunda-feira seguido pelo Pai-Nosso... Segundo ela, porque é uma oração universal (judeus, muçulmanos, ateus, pagãos que o digam rs). Disse que reza quem quiser.
E na hora em que ela citou a importância de não rasgarmos nenhuma folha do caderno brochurão e sobre elogiar os feitos de nossos filhos (antes ela contou sobre a vida pessoal e como educou o filho) eu levantei a mão e comentei sobre o ocorrido com a professora substituta. Outra mãe confirmou que o filho chegou em casa falando que a lição dele estava "horrível".
Com uma risadinha sem graça, ela pediu desculpas pelo ocorrido e disse que ia conversar com a tal professora. E como ela mesma enfatizou que todas as salas têm câmeras, acho que não tinha nem como negar o acontecido. Enfim...
A professora do Pietro foi fazer um curso do governo e não estava presente na reunião.
Quem fez a reunião da sala dele foi a coordenadora. Perguntei sobre a separação entre meninos e meninas tanto na fila quanto na hora do recreio, e a explicação dela foi que "isso é um costume antigo da escola e que alguns professores separam meninas e meninos na fila e outros não. E que no recreio é assim, porque as meninas gostam de ficar conversando entre elas..."
Depois dessa resposta, confesso que desanimei em perguntar sobre as outras coisas. Desanimei mesmo.
Percebo que apesar da escola ser do primeiro ao quinto ano do fundamental I, o projeto pedagógico e o tratamento dispensado ao primeiro ano tende a desejar e muito. A diretora só grita, mesmo quando está falando normalmente. Não podemos entrar pra deixar as crianças dentro da escola, etc.
Sei que existem regras nas escolas estaduais para que elas funcionem como deve ser, mas acho que a humanização deveria começar pelas pessoas que trabalham nela.
A professora do Pietro é nova na escola, e por enquanto tem se mostrado competente. Vamos acompanhando de perto como vai ser ao longo do ano, afinal de contas não somos pais que procuram um depósito de crianças, apesar de não ter condições financeiras de colocá-lo em uma escola privada.
E sinceramente?
Tenho visto tanta porcaria nas escolas particulares também, que nem dá vontade de pagar.
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