24 de agosto de 2015

Por volta de 5 semanas e os primeiros "sintomas".

De acordo com o Beta Quantitativo devo estar aproximadamente na quinta semana de gravidez.
Hoje marquei o primeiro ultrassom que vai ser daqui 3 semanas, mas tenho notado alguns "sintomas" e mudanças no corpo já.
Fico pensando naqueles programas de TV a cabo, em que as mulheres relatam que não sabiam que estavam grávidas e só se dão conta no trabalho de parto!
Será que é possível mesmo???
Bom, há uns dias antes de fazer o teste, eu senti minha barriga um pouco dolorida, como se tivesse feito umas abdominais. Mas achei que tivesse dormido mal. Não era, era a barriga ficando sensível.
Meu olfato - que já é bom - está "máster-turbo-apurado", o que não é muito bom porque as sensações de enjôo já começam a aparecer rs.
Sinto tonturas quando levanto bruscamente, por exemplo.
Meus seios estão doloridos e um pouco inchados (os meus são minúsculos, então qualquer diferença é fácil perceber haha).
As " sensações de enjôo " têm aparecido mais no final do dia. Lembro que na gravidez do Pietro comecei a vomitar mesmo a partir do segundo mês de gestação.
Veremos como vai ser dessa vez :-)

22 de agosto de 2015

A SOP e o segundo Positivo - vou ser mãe aos 31!

Quem me conhece ou mesmo acompanha esse meu humilde blog, sabe que tenho a chamada Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).
Não vou me estender sobre ela, mas aqui nesse link estão meus posts sobre o assunto SOP.
Pois bem, essa síndrome dificulta as coisas para quem quer engravidar, já que deixa o ciclo menstrual todo desregulado.
Estava tomando o Glifage (remédio que controla a insulina) junto ao Cerazette (anticoncepcional) para não ter que continuar tomando o Diane 35 nem seus "amiguinhos" super fortes.
Depois de muitas "campanhas" aqui em casa, muitos pedidos para um(a) irmãozinho(a), mas principalmente - de trabalhar a idéia de ter mais um filho e sobre tudo o que isso envolve - decidi começar a fazer o tratamento com o Glifage pra regular meu ciclo e ao mesmo tempo deixar de usar o anticoncepcional.
No início do ano, os ciclos estavam bem irregulares. Em alguns meses nem tive menstruação.
Depois ela foi aparecendo, mas em cada mês era em um dia diferente, os ciclos ainda estavam espaçados mas pelo menos estavam "presentes".
Até que na última semana, pensando que mais uma vez estava tudo atrasado, não tinha dado muita bola. Mas tive uma crise dessas de enxaqueca com aura, que também já contei aqui, que acontecem principalmente quando estou super tensa (mudança de casa, aniversário do Pietro, certificação no trabalho, etc). Não teve jeito, tive que ir para casa.
Deitei no quarto escuro e fui deixando os sintomas passarem: formigamento, vista turva... Daí vem aquela dor horrorosa.
Enfim, assim que melhorei um pouco, pensei em ir ao PS tomar remédio na veia: mas e se...?
Fiz o teste de farmácia para gravidez e adivinha só:
Daí então, como eu tinha consulta numa ginecologista que iria conhecer na próxima semana, liguei no consultório dela e consegui um encaixe para o mesmo dia - que sorte!
Contei um resumão de todo meu histório pra ela, e então ela me passou várias guias de exames. O mais importante naquele momento pra mim, era o Beta HCG. Então saímos do consultório e já fiz.
O resultado foi esse aqui:
Apesar dos números de referência estarem claros, não tinha nada escrito de positivo ou negativo. 
Então, além de ligar no próprio laboratório também consultei o Dr. Google, que explica:

Tabela Beta hCG

Tempo mUI/mL

1 semana 5 a 50

1 a 2 semanas 50 a 100

2 a 3 semanas 100 a 5000

3 a 4 semanas 500 a 10.000

4 a 5 semanas 1000 a 50.000

5 a 6 semanas 10.000 a 100.000

6 a 8 semanas 15.000 a 200.000

2 a 3 meses 10.000 a 100.000

Como fazer a análise do resultado

Resultado (mUI/mL) Situação

Até 49 (mUI/ ml) Negativo

10 a 100 (mUI/ ml) Indeterminado

Acima de 100 (mUI/ ml) Positivo

Mulheres após a menopausa menos de 9.5

Fonte: http://www.engravidar.blog.br/beta-hcg-quantitativo/


Ou seja, estou grávida!!!
Vou ser mãe pela segunda vez, e agora aos 31 ;-)


19 de agosto de 2015

Por quê, e como deixar de usar a chupeta - Dicas do Dr Sears

Já contei aqui no blog sobre nossa relação com chupetas e bicos artificiais, e inclusive já citei esse artigo sobre as consequências do uso deles, que serve como um grande alerta para os pais que pensam em dar chupeta ao bebê, pois as consequências podem não ser somente restritas à dentição:


Observando experiências de outras mães, fica evidente o quanto esses bicos artificiais atrapalham o aleitamento materno (causam confusão de bicos, desmame)sem falar nas consequências sobre a saúde da criança -sou um exemplo disso. Por outro lado, também defendo o direito de cada família fazer escolhas conscientes. Se ela acredita na chupeta como uma alternativa viável, quem sou eu para questionar não é mesmo? Mesmo porque não sou eu que estou apontando os problemas que a chupeta causa, são os profissionais de saúde. Mas, enfim. Cada família sente e faz o que pensa ser o melhor no momento, assim como meus pais fizeram quando eu e meu irmão éramos pequenos.
Pensando nessas famílias, traduzi esse artigo com a pergunta de uma mãe e as dicas dadas pelo Dr William Sears para se fazer um "desmame" da chupeta; gradual e sem traumas para a criança - queacredito ser o mais importante.
E você, tem alguma dica sobre isso?
Quaisquer outras sugestões e compartilhamento de experiências para ajudar outras famílias serão bem-vindos nos comentários
 :-)

Pergunta: Minha filha de 1 ano e 5 meses ainda usa chupeta. Quero tirar a chupeta dela, mas me disseram que ela pode ajudar com a dentição. Há alguma verdade nisso? Eu sempre pensei que usar chupeta por muito tempo iria estragar os dentes. Além disso, quanto mais tempo eu deixá-la usar a chupeta, fica mais difícil de tirar?

Resposta: Enquanto o uso de chupeta pode "distrair" a criança do desconforto que ela sente no processo da dentição, ele não é benéfico para o processo de dentição em si. 
O ato de sucção é muito reconfortante para uma criança e aumenta a produção de saliva, que serve como um anti-séptico natural que é bom para a higiene oral. Apesar destes supostos benefícios, o uso estendido de chupeta pode, mais provavelmente, causar problemas dentários. 
A pressão extra exercida durante a sucção pode causar mau alinhamento dentário (conhecida como mordida aberta). Mordidas profundas (quando a parte de cima do maxilar é maior e cobre os dentes de baixo)  são mais comuns com a sucção do polegar do que com o uso de chupeta, mas o risco ainda está lá. E é verdade que quanto mais tempo você deixar a criança usando chupeta, mais difícil será para tirá-la mais tarde. 

Aqui estão algumas dicas testadas e aprovadas para se fazer a retirada da chupeta:

  • Desvie a atenção da criança

Identifique quais situações desencadeiam o desejo do seu filho pela chupeta - muitas crianças gostam de sugar algo quando estão chateadas. Além disso, observe suas próprias reações quando seu bebê está chateado. Você procura pela chupeta da criança ao invés de confortá-la?
Da próxima vez em que ela precisar se acalmar, tente oferecer conforto (colo, abraço, carinho) ao invés da chupeta. Pense nisso como uma oportunidade para aprofundar o seu vínculo com ela, já que ela vai passar muito mais tempo em seus braços e em seu colo.

  • Ensine-a outras técnicas para se acalmar

Além de ser sua "chupeta-humana" por um tempo, ensine-lhe maneiras de se auto-acalmar (sem ser chupar o dedo, é claro). Quando ela estiver chateada ou ansiosoa, distraia-a com uma atividade lúdica divertida.
Dê-lhe uma boneca ou outro objeto de transição para ajudá-la a fazer a troca da chupeta de borracha para um "calmante" mais adequado.

  • Negocie trocas.

Um truque que tem funcionado para vários dos meus pacientes é o de levar seu filho com a chupeta à uma loja de brinquedos e deixar a criança escolher um novo brinquedo ou bicho de pelúcia que vai agir como um substituto. No balcão, na hora de pagar, "troque" a chupeta pelo brinquedo.
Há muitos funcionários experientes da loja de brinquedos que estão acostumados a este pequeno truque e dispostos a brincar junto!

  • Utilize a "pressão" dos coleguinhas.

Rodeie-a com coleguinhas que não usam chupeta, para reforçar a ideia de que a chupeta não é necessária.

Se você tentar esses truques e a criança resistir a tal ponto em que ela se tornar uma criança mais triste, faça um balanço da situação.
Ela simplesmente pode não estar pronta para desistir da chupeta, e isso é razoável a curto prazo. 
Se você concluir que seu bebê ainda precisa da sua chupeta favorita por mais alguns meses, vá em frente, usando as seguintes precauções:

  • Acima de tudo, sempre tentar outras formas de consolá-lo no primeiro momento;
  • Não mergulhe a chupeta no mel ou qualquer solução açucarada que possa danificar os dentes;
  • Deixe-o usar a chupeta apenas por curtos períodos de tempo, e somente quando você sente que ele "precisa";
  • Gradualmente diminua a frequência e a duração de tempo em que ele estará "ligado" à chupeta.
  • Tenha certeza de que agora ou mais tarde, seu filho vai superar a necessidade da chupeta.

Tradução do inglês no site Parenting.com


Veja também:

Confusão de Bicos Artificiais - Dr Carlos González

Chupeta: Depoimento de uma ex-viciada


18 de agosto de 2015

Maternagem / Paternagem Positiva:

Traduzi esse texto do site Code Name: Mama com algumas dicas sobre como praticar a criação de filhos de forma mais positiva.
Acredito que de tempos em tempos precisamos ler textos como esse, para reforçar nossos ideias de uma maternidade consciente - e claro, obter mais forças já que enfrentamos vários desafios diários.
Espero que gostem das dicas tanto quanto eu gostei ;-)

Durante a preparação para o meu parto domiciliar da Ailia, eu tentei fazer algo que nunca aconteceu naturalmente para mim: relaxar.
Eu teria tido um parto longo e difícil do meu filho, e que terminaria em uma cesariana se eu não estivesse com uma parteira paciente na maternidade. Não queria que isso acontecesse novamente.
E então, eu "me ensinei" a relaxar. 
Deitada na cama, uma noite, em algum momento durante o meu segundo trimestre, eu expliquei a Kieran, meu filho então na época com três anos de idade, que eu iria praticar o relaxamento de todos os meus músculos. Eu disse a ele que aprender a relaxar foi importante para a mamãe ficar confortável durante o parto. 
O desejo de Kieran era ser meu acompanhante de parto, e ele imediatamente quis "ajudar." Então se deitou ao meu lado para aprender a relaxar também.
Com as luzes baixas e o quarto tranqüilo, eu disse: "Primeiro vamos pensar em um lugar seguro. Seu lugar seguro deve ser algum lugar que te faz se sentir confortável e seguro. 
Um lugar em que, se você estiver machucado ou com medo, vai fazer você se sentir melhor quando pensar em ir lá. "
Eu estava imaginando nossa cama familiar na praia, ondas quebrando suavemente à minha frente. 
Perguntei se ele poderia descrever seu lugar seguro, e foi isso que ele disse: "Nos braços da mamãe."

Eu amo ser o "lugar" seguro do meu filho. E essa é uma razão pela qual eu estou comprometida com a maternidade positiva - Eu quero ser um lugar de segurança e amor constante para os meus filhos, não de mágoa ou medo. 
Então, compartilho cinco das principais razões para que se pratiquem a maternidade / paternidade positiva.

Abaixo estão cinco declarações (use-as como afirmações!) Que eu escrevi para minha própria jornada de maternagem, juntamente com os recursos relacionados. 
Te convido a compartilhar suas próprias metas e recursos nos comentários. 
Se você tem interesse pela parentalidade mais positiva, independente de ser um profissional experiente ou apenas querer se tornar um pai/mãe mais consciente, espero que você encontre algo empoderador e útil nessa lista.

5 razões para praticar a maternagem / paternagem positiva:
1- Meus filhos são amáveis, pessoas compassivas, porque eles se preocupam com os outros e nossa comunidade.
A parentalidade positiva ensina as crianças a empatia e ajuda-os a interiorizar autocontrole e comportamento pró-social. 
Eu não quero que eles "se comportem" simplesmente para evitar a punição. Eu também não quero ensinar-lhes que a pessoa maior e com mais poder é quem "vence".

2- Meus filhos estão aprendendo habilidades positivas ao longo da vida para saberem lidar com a frustração.
Todo conflito é um problema para se resolver, não uma guerra para ganhar. Ao invés de empurrar a minha frustração de mãe, muitas vezes é preciso reconhecê-la, tomar um fôlego, e transformá-la em uma resposta mais construtiva.

3-Maternidade  positiva me ajuda a lidar com as necessidades - minhas e as da minha família.
Na raiz de todos os comportamentos, há necessidades. 
Quando levo tempo para descobrir o que o meu filho precisa (amor, comida, respeito, segurança) e o ajudo a descobrir /inventar uma estratégia para atender a essa necessidade, fica mais fácil lidar com qualquer comportamento indesejável. Se eu simplesmente apontar as consequências ou punir o mau comportamento, então eu não estou ajudando meus filhos a fazerem a ligação entre (a lidar com)as necessidades e emoções / comportamento.

4- Através da parentalidade positiva, eu estou construindo fortes relações com meus filhos, e relacionamentos entre irmãos mais fortes e mais felizes.
A criação com respeito é a base para uma família mais feliz. 
Não se limita a desenvolver apenas uma relação forte, positiva, mas pesquisas mostram que pais não-punitivos têm filhos que "brigam menos e são mais agradáveis para com os outros."

5- Exerço a maternidade intencionalmente. Para criar conexão, manter limites saudáveis, e promover os valores da nossa família.
Eu me esforço para a conexão e cooperação acontecerem, não a coerção. Respeito, não medo. 
A aceitação, não condições. 
Quero proporcionar um ambiente de segurança emocional para que os meus filhos possam vir a mim mesmo quando não for fácil para eles. 
Quero ensinar meus filhos a verem o conflito como um problema para resolver. Quero ser a face do amor para os meus filhos - gritar, humilhar, bater, culpando - essas ações não nascem do amor. Maternar conscientemente pode me ajudar. 
Reagir por medo ou raiva não ensina meus filhos os valores que eu quero que eles aprendam.

E você? Por que você pratica a parentalidade positiva?

17 de agosto de 2015

A Raposa, e Quando várias coisas acontecem em uma mesma época...

Tem épocas da vida em que várias coisas parecem se "acumular", parecem exigir mais esforço e energia do que a gente tem, não é mesmo?
Para quem não sabe, gosto muito de Oráculos, principalmente Tarô e Baralho Cigano. Eu sou o tipo de pessoa que detesta matemática, mas adora Numerologia.
Gosto de enxergar o Universo de vários pontos de vista. Enfim, pensando em todos os afazeres que tenho que completar até o meio do próximo mês, "tirei" essa carta em um site.
Claro que pra mim, os oráculos são mais precisos quando utilizados pessoalmente, mas achei a descrição muito precisa com o que estou passando no momento:
site Clube do Tarô

O fato é que o aniversário do Pietro se aproxima, e mesmo que a gente faça só um bolo e chame os coleguinhas para comemorar, preciso planejar e gastar algum dinheiro $$.
Também estamos organizando uma mudança de casa, já que aqui onde moramos o barulho é insuportável até altas horas da madrugada. Tem uns dois bares aqui na esquina com música ao vivo quase todos os dias, se é que dá pra chamar aquele barulho todo de música.
Ou seja, mais tempo e dinheiro $$.
A nova casa fica bem próximo a escola de fundamental que pretendo colocá-lo. Pública mesmo, mas ainda vamos conhecer pessoalmente e conto aqui sobre o que achei.
Em alguns dias também inicio um curso no trabalho, para tirar uma certificação. É bastante coisa pra uma cabecinha-ôca só né rs.
Semana passada fomos até um Homeopata, para ver se ele recomendaria algum remédio natural para o meu cansaço. Ando muito ansiosa por conta de tudo, não quero acabar descontando toda minha "pilha" no meu filho nem no meu marido. Espero que dê certo, tenho que ser otimista.
Afinal de contas, depois da tempestade vem a calmaria... Eu acho.
Enfim, muitas coisas acontecendo e muito stress também. Preciso lidar com isso sem me acabar mentalmente.

10 de agosto de 2015

O peso nos ombros dos humanos "do futuro".

Em meio a tantos problemas e injustiças sociais, tanta violência, discórdia, desunião e falta de conscientização, é normal que se depositem esperanças nas gerações futuras.
É um meio de se acreditar em um futuro melhor, em mudanças positivas. De renovar as esperanças.
E a gente vê que o número de pessoas que diz acreditar nessa geração de futuros seres-humanos "melhores" cresce a cada dia.
Dá para notar isso nos textos que a gente lê, nas conversas sobre política, meio ambiente, etc. Até mesmo em questões familiares. Acredita-se que as gerações mais novas serão responsáveis pela união de familiares que já não têm uma convivência boa.
Não estou aqui para jogar água fria nas crenças de ninguém, mesmo porque eu acredito SIM num futuro melhor com seres-humanos mais conscientes.
Mas... A questão é: será que estamos fazendo a nossa parte AGORA para que essa nova geração cresça REALMENTE com bases sólidas sobre amor ao próximo, compaixão, preocupação com o meio ambiente, senso crítico - e o mais importante - auto-estima e segurança pra tudo isso?
Será que estamos fazendo-os se sentirem amados e seguros o suficiente, para que então possam desenvolver todas as outras "habilidades" necessárias para JUNTOS construírem um futuro melhor?
Um futuro sem violência, sem preconceito, sem fanatismo. Com respeito ao próximo e à natureza, sem desigualdade, etc? Onde eles possam ter uma vida saudável e assim poderem educar seus próprios filhos, netos. Será?
Eu me pergunto isso todos os dias, mesmo que de forma inconsciente.
E quando vejo famílias ensinando seus filhos a serem egoístas, a maltratarem um coleguinha porque ele parece "diferente", maltratarem animais, entupindo seus próprios filhos de porcarias industrializadas e tentando "tampar" o buraco da ausência e do descaso com presentes caros... Confesso que perco um pouco dessa esperança que já citei ali acima.
Tenho uma "amostra" dessa nova geração dentro de casa. Se chama Pietro e vai fazer 6 anos em breve.
E é através dele que temos a oportunidade de procurar criar um ser humano para o futuro. Mas não podemos depositar todo o peso nos ombros dos humanos do futuro, e nem deixar de cumprir com nossas obrigações de agora.
Não são as crianças que vão mudar o futuro. A responsabilidade é de todos nós, e para agora.

Nenhuma criança cresce feliz e segura de si se não for amada pela família.
Nenhuma criança desenvolve consciência sobre o meio-ambiente, se não for ensinada que não se pode desperdiçar, estragar, maltratar a natureza.
Nenhuma criança cresce respeitando os coleguinhas, e As coleguinhAs, se assiste o pai batendo na mãe, os dois se xingando, se desrespeitando dentro de casa.
Nenhuma criança cresce tolerante, se vivencia a intolerância cotidianamente. Se a família ensina que homossexual é nojento, que deficiente é incapaz, que menina é burra, que negro é bandido. E os pais podem não dizer essas coisas com palavras, mas criança aprende através de gestos, de expressões faciais, de exemplos que ela presencia.
Por isso que detesto quando dizem: "Mas o filho é meu, eu crio como quiser!".
NÃO, filho não é propriedade nossa, e temos o dever de criá-los para conviverem em sociedade com os outros filhos e filhas.
Não é fácil assumir uma maternidade/ paternidade consciente, mas acho que mais do que pôr filhos no mundo, temos o dever de criar seres humanos melhores do que nós mesmos. E parar de jogar a responsabilidade toda neles, se não conseguimos ser pelo menos um pouco do que queremos que eles sejam no futuro.
"O futuro depende do que fazemos no presente."